O Benfica completou uma jornada “lusa” sensacional na Liga dos Campeões, ao bater o Atlético de Madrid por 2-1 no Vicente Calderón recorrendo precisamente às armas com que o “Atleti” de Simeone brilhou nos últimos anos: objectividade, eficácia, acutilância, rigor defensivo quando possível e… alguma “estrelinha”, que também faz falta.

No que toca aos onzes Rui Vitória apresentou o dispositivo habitual com apenas uma alteração relevante: o mexicano Jiménez rendeu Mitroglou como companheiro de aventuras de Jonas na frente de ataque “encarnada”. Do lado espanhol a dúvida sobre a titularidade na frente daria lugar à certeza de que Jackson Martínez voltaria a defrontar as “águias”. E que papel teria (pela negativa) o ex-“dragão”.
ENTRADA CALMA, APERTO E SAFANÃO
O Benfica parecia ter feito bem o “trabalho de casa”, surpreendendo nos primeiros dez minutos não só com um maior controlo das operações (54% de posse), como com o primeiro remate perigoso, da autoria de Jonas. A solidez que marcaria os “encarnados” durante a maior parte do encontro seria quebrada cerca de dez minutos depois (aos 23), quando Correa deu sequência goleadora a uma fase de maior pressão “atleti”.

Aos 35 minutos parecia ser o Atlético a dominar o campeão nacional (10-3 em passes para ocasião), mas Nico Gaitán decidiu estragar a festa madrilena com um remate cruzado que selaria a maior eficácia dos homens da Luz: o Benfica atingia o intervalo com cinco remates contra 13 dos espanhóis, mas mais um (3) enquadrado com a baliza de Oblak do que os parados por Júlio César. Pontaria recompensada com um empate moralizador. Mas a coisa não ficaria por aqui.
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