O Brasil afastou em definitivo o fantasma da goleada sofrida ante a Alemanha no Mundial de 2014. O “escrete” quis enterrar o seu passado doloroso e conseguiu-o graças a um triunfo por 1-0, desta feita em casa do seu “carrasco”, no Estádio Olímpico de Berlim. Gabriel Jesus fez o único golo da partida, dominada pelos germânicos, mas na qual a “canarinha” mostrou todo o seu realismo, assumindo as suas fragilidades e impondo as suas forças.
O jogo começou nervoso. O Brasil apresentou-se claramente empenhado (e até visivelmente ansioso) para apagar da memória o desastroso “mineiraço” das meias-finais do último Campeonato do Mundo, em 2014 – nas quais a “canarinha” perdeu em casa por copiosos 7-1.

Porém, desde cedo se notou que este não iria ser um encontro desequilibrado, ou digno de vergonha brasileira. O Brasil começou a partida com mais posse de bola, apesar de a Alemanha ter, aos poucos, assumido esse domínio. O “nervo” brasileiro acabou por dar frutos aos 37 minutos, quando Gabriel Jesus acorreu a um cruzamento de Willian e cabeceou. Kevin Trapp esboçou a defesa, mas quando afastou a bola já esta tinha passado a linha de golo.
⏰ 45’ | 🇩🇪 Alemanha 0 – 1 Brasil 🇧🇷
Ao intervalo nem sinal do "fantasma do Mineiraço" para a "canarinha" de Tite#GERBRA #ALExBRA #DieMannschaft #SeleçãoBrasileira pic.twitter.com/Z4YNUwPPfz
— GoalPoint.pt ⚽ (@_Goalpoint) March 27, 2018
O Brasil chegou ao intervalo a ganhar, apesar de ter tido menos bola e menos remates, mas foi a única equipa a enquadrar um dos seus disparos. Gabriel Jesus, com um GoalPoint Rating de 6.6, foi o melhor na etapa inicial. E no segundo tempo, a formação orientada por Tite surgiu solta, descomplexada e personalizada, claramente livre dos “fantasmas” do passado. Velocidade, criatividade e transições rápidas com muitos elementos a surgirem em posição de finalização, ao mesmo tempo que a Alemanha tentava, em vão, chegar ao empate.
No final, os números reflectem fielmente a realidade do jogo. Germânicos com o domínio da partida (58% de posse no total, 62% na segunda parte), mais acutilância ofensiva reflectida em 13 disparos, mas o Brasil foi mais eficaz, com três enquadrados em dez, contra apenas um dos europeus. Marcelo foi o melhor em campo, com um GoalPoint Rating de 6.6, registando assinaláveis cinco dribles certos em seis tentativas e seis intercepções.