O GoalPoint analisou esta segunda-feira os jogadores mais ofensivos do topo do nosso campeonato (primeiros cinco classificados), chegando a algumas indicações na hora de conciliar quem melhor rematava (com acerto) e quem realizava mais passes para ocasião de golo para os colegas da sua equipa.
Desta feita avançamos para a avaliação de quem é, efectivamente, mais produtivo. Ou seja, pesámos o contributo efectivo para a concretização de golos por parte da equipa (média da soma de golos e assistências a cada 90 minutos), sobre o total de acções ofensivas que avaliámos no primeiro artigo desta análise. E os resultados são curiosos.

Ricardo Quaresma é um dos bons exemplos de como esta análise diverge da que iniciou este tema. O “Mustang” brilhava no quadro anterior como o jogador que mais passes para ocasião oferecia, dos 40 analisados. Na hora de medir a produtividade do que realiza Quaresma surge como o melhor exemplo de um jogador que faz muito (registo mais elevado no somatório de remates enquadrados e passes para golo), mas que vê poucos resultados do que realiza em campo. O extremo fica abaixo até de jogadores como Jefferson, um lateral que, curiosamente, já na análise anterior, mostrava um desempenho ofensivo mais interessante que Alex Sandro, Danilo e Maxi Pereira e que aqui volta a demonstrar razões para que muitos o considerem (ofensivamente) o melhor lateral da Liga. O brasileiro já contribuiu mais para os golos da sua equipa do que qualquer outro, produzindo também mais momentos ofensivos de qualidade
Os “leões” não têm, no entanto, grandes razões para sorrir nesta análise. O argelino Slimani é o único que consegue marcar presença no quadrante de maior produtividade, claramente entregue a “águias” e “dragões”, com Jackson, Gaitán e o recente Pizzi em destaque e com surpresas como Ola John, que dá por muito bem empregue o pouco tempo de jogo que usufrui, algo que também sucede com o portista Quintero. Tello e Jonas são certamente nomes em ascensão nesta análise face a um eventual exercício semelhante que tivéssemos realizado na primeira metade da época. Por fim mais um indicador preocupante para o Sporting: tal como sucedia na análise dos jogadores mais ofensivos, o triângulo do meio-campo leonino (William, Adrien e João Mário) apresenta uma produtividade ofensiva muito baixa (todos menos produtivos que Jefferson), colocando a maior parte da responsabilidade ofensiva nos extremos (Nani, Carrillo e Mané) e nos avançados (Slimani e Montero, este último com maior relevância), um facto que encontra tradução em alguns jogos e exibições realizadas pelos “verde-e-brancos” recentemente, sobretudo durante a ausência do avançado argelino na CAN.
Já as “águias” colocam nada menos do que sete jogadores na “zona quente” do quadro (quarto superior direito), sinal da (para alguns surpreendente) variedade de opções na hora de contribuir para os golos benfiquistas, algumas delas saídas do banco (Pizzi e Ola John). No Braga Zé Luís e Pedro Santos são expoentes de produtividade enquanto que no Vitória de Guimarães surge André André como o melhor neste capítulo, em boa parte (mas não só) pelo seu papel preponderante na hora de cobrar as grandes penalidades dos vitorianos.
A análise termina amanhã com o último gráfico, que nos dará conta dos jogadores com melhor taxa de aproveitamento da Liga até ao momento.
Nota metodológica: a análise contempla apenas jogadores dos cinco primeiro classificados da Liga NOS que tenham cumprido pelo menos 590 minutos de jogo e apresentam um mínimo de um golo e/ou assistência e uma média de pelo menos 1,0 acções ofensivas contempladas (remates enquadrados e passes para ocasião) a cada 90 minutos.
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