Após lançarmos os cenários sobre os destinos de Jorge Jesus e Julen Lopetegui, concluímos a antevisão do futuro dos treinadores de Benfica, Porto e Sporting com o intrincado contexto de Marco Silva em Alvalade, mas antes de projectarmos o que poderá suceder com base nos indicadores e informações de que dispomos, analisamos primeiro o desempenho do jovem treinador de “leão” ao peito no primeiro de quatro anos de contrato.
1. UM ANO DIFÍCIL QUE PODE TERMINAR COM TÍTULO
Ao chegar a Alvalade, Marco Silva saberia certamente que o aguardava um desafio difícil. Ao contrário de Leonardo Jardim, que pegou num “leão” ferido pela pior classificação de sempre na Liga logo com um grau de expectativa e exigência convidativo a um trabalho positivo (aliado a uma ausência europeia propícia à gestão de um plantel curto em opções), Marco Silva chegou do Estoril sabendo que o segundo lugar na Liga e o acesso à Liga dos Campeões elevariam de forma clara o grau de dificuldade que o aguardava. O Sporting, ainda assim, acreditava inequivocamente na capacidade do treinador para cumprir com sucesso essa e muitas outras missões, tendo em conta que Bruno de Carvalho ofereceu ao treinador um contrato de quatro épocas – uma decisão inédita entre os “grandes” relativamente a treinadores recém-chegados. Pese o relativo falhanço que constituiu o afastamento da disputa do título de campeão (um objectivo verbalizado pela liderança, que desde cedo Marco Silva pareceu não subscrever), o desempenho do treinador leonino demonstra que, no mínimo, cumpriu o que lhe seria exigível.
Marco Silva atingiu a 30ª jornada da Liga NOS totalizando menos um ponto face ao registo final com que Leonardo Jardim colocou o Sporting no segundo lugar da prova em igual número de jornadas. O “pecado” maior do Sporting 2014/15 esteve claramente no elevado número de empates (9) que permitiu na maior prova nacional, visto que Marco Silva apenas por duas vezes conheceu a derrota (apenas o FC Porto iguala o registo leonino, o líder Benfica perdeu três encontros), contra três do madeirense na época 2013/14.
A este registo Marco Silva soma uma melhoria clara de desempenho contra os rivais, ainda que insuficiente: nos seis (em oito) jogos disputados (ou a disputar) com Benfica, Porto e Braga o Sporting perdeu apenas um (na visita ao FC Porto para a Liga, por 3-0) embora só por duas vezes tenha (até agora) vencido, na visita a Braga (1-0) e na importante vitória no Dragão para a Taça. Faltam ainda dois embates com os “guerreiros” do Minho para ser possível fechar esta contabilidade que, no entanto, é já claramente superior ao registo alcançado por Jardim neste capítulo.
Na Liga dos Campeões e Liga Europa o Sporting não foi capaz de levar longe o sonho que certamente acalentava, mas tendo em conta o grau de dificuldade dos adversários também aqui o desempenho leonino ficou bastante acima dos prognósticos mais pessimistas traçados aquando do sorteio da fase de grupos da Champions. Os “leões” estiveram, aliás, bem perto de conseguir o apuramento para os oitavos-de-final da prova, desafio que apenas perderam para o Schalke 04 na derradeira jornada da primeira fase.
Eis o resumo do desempenho de Marco Silva ao serviço do Sporting (até à Jornada 31 da Liga NOS e incluindo todas as provas disputadas), comparado com a performance de Leonardo Jardim:
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Ao garantir uma presença na final da Taça de Portugal, Marco Silva avança também para 90 a 120 minutos fundamentais na avaliação do seu desempenho na época em curso. A vitória colocará um sorriso nos adeptos leoninos e um primeiro troféu no currículo do jovem treinador, enquanto uma eventual derrota criará um clima com compreensível impacto no que se poderá seguir.
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