As 20 estrelas GoalPoint do EURO 2020 ⭐️

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O EURO 2020 já lá vai, sucedem-se os “onzes” do torneio, um pouco para todos os gostos, com concordâncias, discordâncias, polémica, mas é assim mesmo tudo o que rodeia o futebol. Nós na GoalPoint fomos mais longe e elegemos 20 nomes que brilharam intensamente na prova, não nos prendendo totalmente no GoalPoint Ratings, visto que esta é uma competição especial, na qual vários craques caíram cedo e acabaram por não ter a influência na prova que outros tiveram, apesar da sua “nota”.

Acompanhe-nos nesta lista extensa, com os dados estatísticos relevantes de todos os eleitos, mais alguns Tops a acompanhar a análise, e na qual tentámos distribuir da melhor forma possível os jogadores pelas diversas posições. Concorda? Escolhia outros?

Yann Sommer – Suíça 🇨🇭

O guarda-redes da Suíça há muito nos habituou a vê-lo como fonte de segurança e fiabilidade na baliza helvética, mas neste EURO 2020 subiu um patamar exibicional, com “performances” estupendas ao longo de um torneio que levou a sua selecção aos quartos-de-final. Apesar de ter apenas 1,83m, foi imperial nas saídas, e entre os postes fixou, frente a Espanha, o máximo de defesas num só jogo na prova, nada menos que dez – contribuindo para as 21 finais, recorde da prova. Sem dúvida uma das principais figuras das balizas neste certame.

Gianluigi Donnarumma – Itália 🇮🇹

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Primeiro guarda-redes a ser eleito Melhor Jogador de um EURO, foi decisivo na final, com as duas grandes penalidades defendidas no desempate por penáltis (já tinha defendido outra nas meias-finais), mas fez muito mais do que isso. Imperial pelo ar, na retina ficam também não só algumas grandes defesas (o que dizer daquela “parada” ao disparo de Kevin de Bruyne ante a Bélgica…), mas também, por exemplo, a forma como iniciou rapidamente o contra-ataque que resultaria no golo de Chiesa frente à Espanha, nas meias-finais. Provou que está longe de ser só um guarda-redes forte entre os postes.

Leonardo Bonucci – Itália 🇮🇹

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Aos 34 anos surgiu revigorado nesta fase final da prova, formou com Chiellini uma dupla sólida e foi um dos esteios da “azzurra” rumo ao título. Rápido e incisivo nas intercepções (12 acumuladas), imperial nas alturas e importante na primeira fase de construção (99% de passes certos no primeiro terço), Leo foi utilizado em todos sete encontros da prova e demonstrou que a idade é apenas um número. Na grande final silenciou o Wembley no período regulamentar e não vacilou no desempate por grandes penalidades.

Giorgio Chiellini – Itália 🇮🇹

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Parecem siameses. Ao lado de Bonucci, parceiro de longa data na Juventus, Chiellini foi outra das peças-chave na “squadra” de Mancini. Sempre bem posicionado, foi a voz de comando dos novos campeões europeus, acrescentando inteligência, maturidade e “ratice” (a forma como travou Saka na final é disso exemplo). Realce para a importância que teve na construção de jogo desde a zona mais recuada – 96% de passes certos no primeiro terço e 81% de passes verticais rasteiros correctos. Terá sido uma despedida em beleza da selecção? Parafraseando José Mourinho: “Bonucci e Chiellini podiam jogar de olhos fechados e dar algumas aulas em Harvard sobre como ser um defesa-central. Espantoso”.

Andreas Christensen – Dinamarca 🇩🇰

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Descaído sobre o lado direito na habitual linha de três defesas, o central da Dinamarca emergiu e foi uma das agradáveis surpresas da competição. Com um bom sentido posicional e timing de desarme, deu um passo em frente demonstrando todo o potencial que lhe foi detectado há vários anos. O defesa de 25 anos ainda deslumbrou ao assinar um dos melhores tentos da prova diante da Rússia. No alto do seu 1,88m foi “rei” nas alturas (venceu 79% dos duelos aéreos defensivos em que interveio) e demonstrou que sabe sair a jogar com precisão (92% de passes certos no primeiro terço do terreno). A próxima época poderá ser a da plena afirmação ao serviço do Chelsea.

Joakim Mæhle – Dinamarca 🇩🇰

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Uma das estrelas mais cintilantes na épica participação da Dinamarca neste Euro 2020. O lateral da Atalanta, de 24 anos, surgiu pelo lado esquerdo (apesar de ser destro) no sistema de três centrais e dois alas implementado por Kasper Hjulmand e foi uma autêntica locomotiva num vaivém constante por toda a ala, cumprindo todos os minutos de todos os jogos. Acabou por se destacar mais até no aspecto ofensivo, com dois golos e uma assistência, e já colecciona interessados nos seus serviços – entre os quais o campeão europeu (Chelsea) ou o campeão italiano (Inter).

Leonardo Spinazzola – Itália 🇮🇹

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Uma das revelações do torneio e muitos terão pensado que a sua lesão nos quartos-de-final, frente à Bélgica, numa partida em que mais uma vez estava a ser decisivo, poderia travar a caminhada triunfal da Itália. Estavam enganados, como acabou por se ver, mas aquele corte milagroso de Spinazzola diante dos belgas com o resultado em 2-1, pouco antes de sair lesionado, ficará por muito tempo gravado na memória dos italianos e foi apenas um dos “highlights” do lateral-esquerdo da Roma, num EURO 2020 em que deu que falar pela sua velocidade e arrancadas pela esquerda, frequentemente culminadas com passes para finalização (8).

Steven Zuber – Suíça 🇨🇭

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Não utilizado na ronda inaugural e saído do banco no decorrer da segunda parte frente a Itália, o médio ala do Eintracht Frankfurt ganhou a titularidade apenas na terceira partida da Suíça e ainda foi a tempo de ser o jogador com mais assistências na prova: quatro. Foram dele os passes para os três golos helvéticos diante da Turquia (o primeiro dos quais apontado pelo benfiquista Seferovic), bem como para um ante a França, encaixando na perfeição no sistema de 3x5x2 e dominando o flanco esquerdo por completo. Aos 29 anos, e com sete de experiência na Bundesliga após ter provado o sucesso na Rússia ao serviço do gigante CSKA, Zuber está avaliado em “apenas” €7M e pode ser uma solução muito interessante para emblemas das principais Ligas com aspirações europeias.

Denzel Dumfries – Países Baixos 🇳🇱

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Antes de cair de forma surpreendente diante da República Checa nos oitavos-de-final, os Países Baixos venceram os três jogos na fase de grupos e o possante ala do PSV Eindhoven foi um dos nomes em maior destaque. Ficaram na retina as cavalgadas fulgurantes pelo flanco direito que resultaram em dois golos (um à Ucrânia e outro à Áustria) e na grande penalidade que inauguraria o marcador frente aos austríacos. Já se fala do interesse do Bayern no concurso do atleta de 25 anos, que curiosamente até já tinha feito dois jogos em 2014 pela selecção… de Aruba.

Marco Verratti – Itália 🇮🇹

O médio do PSG esteve de fora no arranque do EURO (dois primeiros jogos), devido a lesão, mas quando recuperou, nunca mais largou a titularidade. E os números (se é que eram necessários) explicam o porquê. De numa inteligência, posicionamento e qualidade nas decisões igualados por poucos, Marco Verratti espalhou classe e critério, sendo uma das figuras da Itália campeã. Em 391 minutos fez duas assistências, fixou o máximo de passes para finalização do EURO (14) e foi o segundo jogador com mais desarmes em todo o certame (18), apenas atrás do seu companheiro de selecção, Giovanni Di Lorenzo (19). Extraordinários os 91% de eficácia de passe para o último terço, segundo valor mais alto, somando ainda 12 acções defensivas no meio-campo contrário. Incrível.

Jorginho – Itália 🇮🇹

O Craque do EURO 2020, escolhido pelos GoalPointers após o jogo da final. Os seus números e influência na “squadra azzurra” podem ser comprovados no artigo dedicado que elaborámos após a grande decisão (link).

Pedri González – Espanha 🇪🇸

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Aos 18 anos, sucedeu a Renato Sanches como Melhor Jogador Jovem do EURO e, se alguém ainda não o conhecia depois de uma época em que fez 52 jogos pelo Barça, apresentou-se em grande estilo. Classe, técnica, criatividade e certeza no passe, características a fazerem lembrar os melhores tempos de Xavi ou Iniesta na era de ouro da selecção espanhola, entre 2008 e 2012. Os números com que terminou o torneio no capítulo do passe (totalizou 51 passes ofensivos valiosos, alguns deles deliciosos de se ver) são prova disso mesmo.

Pierre-Emile Højbjerg – Dinamarca 🇩🇰

A caminhada da Dinamarca rumo às meias-finais teve vários episódios marcantes – a começar pelo que aconteceu a Christian Eriksen -, protagonistas vários e jogadores a realizarem uma carreira extraordinária na prova. Um deles levou a formação nórdica às costas. Falamos de Pierre-Emile Højbjerg, o “carregador de piano” da equipa, o “box-to-box” que ligou todo o futebol dinamarquês, competente a defender, a construir, a atacar. Terminou o EURO 2020 com três assistências, dez passes para finalização de bola corrida, 20 passes ofensivos valiosos, mas também acções defensivas um pouco por todo o terreno de jogo.

Dani Olmo – Espanha 🇪🇸

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Técnico, rápido, polivalente, virtuoso e altruísta. Para que a presença de Dani Olmo neste Campeonato da Europa fosse ainda mais cintilante só faltaram os golos – em 18 tentativas de bola corrida, distribuídas por cinco jogos, não conseguiu marcar. Letal a explorar o espaço entrelinhas, o avançado do Leipzig demonstrou que o presente e futuro da “La Roja” estão bem assegurados, aguçando o apetite daqueles que ainda não tinham sido presenteados a todo o seu reportório. Destaque para os 17 passes valiosos que delineou, três assistências e para as 13 faltas que sofreu.

Emil Forsberg – Suécia 🇸🇪

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A Suécia mostrou qualidade até cair por terra num emocionante embate com a Ucrânia nos oitavos-de-final e, na ausência de Zlatan Ibrahimovic, acabou por ser o criativo de 29 anos do Leipzig a revelar-se como a principal figura dos nórdicos. Marcou quatro golos em quatro jogos, nunca mostrou receio de partir em drible para cima dos adversários e os seus números podiam ter sido ainda melhores não fossem aquelas duas bolas quase consecutivas que esbarraram nos ferros da baliza ucraniana no tal encontro do adeus sueco ao EURO 2020.

Federico Chiesa – Itália 🇮🇹

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Sem dúvida uma das estrelas maiores do EURO. O seu impacto no futebol ofensivo italiano foi imenso. A “azzurra” chegou a ser sufocante em alguns jogos, quando não o foi optou por resguardar-se, mas aplicando transições em bloco e em velocidade, que desbarataram as defesas adversárias. Chiesa foi a referência nestes momentos, graças a uma velocidade estonteante, uma progressão com a bola colada ao pé pouco vista, uma incrível facilidade em mudar de ritmo e de direcção. Terminou com dois golos importantes, 15 remates de bola corrida, 16 tentativas de drible. Um foco constante de desequilíbrio.

Raheem Sterling – Inglaterra 🏴󠁧󠁢󠁥󠁮󠁧󠁿 

Golos (três), dribles (38 tentados, mais do que qualquer outro jogador na prova, 20 dos quais concluídos com êxito) e inúmeras arrancadas em velocidade que deixaram quase sempre os defesas contrários na incerteza se iria para a linha ou puxar para dentro e rematar. Foi assim o EURO 2020 do atacante do Manchester City, afirmando-se como um dos heróis da caminhada da Inglaterra até uma final, na qual acabou, depois, por estar algo desaparecido. Apesar dessa actuação menos conseguida no jogo decisivo, foi um dos jogadores mais entusiasmantes e empolgantes de ver ao longo da prova.

Mikkel Damsgaard – Dinamarca 🇩🇰

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Chegou ao Europeu com apenas três jogos na selecção dinamarquesa e votado a um papel residual, mas o incidente com Eriksen mudou tudo. O menino de 21 anos assumiu o lugar da estrela da companhia e fê-lo com total propriedade, usando do vasto reportório técnico de que dispõe para fazer miséria junto às defesas contrárias. Apontou dois golos, um dos quais absolutamente inesquecível (aquele livre directo frente à Inglaterra…), e registou mais uma assistência, transformando-se num dos jogadores mais influentes da equipa. A Sampdoria, que o foi buscar à Dinamarca por cerca de €6,7M no último Verão, já estabeleceu o preço para início de conversações com os eventuais interessados: €45M.

Cristiano Ronaldo – Portugal 🇵🇹

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O coleccionador de recordes, uma espécie de Benjamim Button, não deixou os créditos por pés alheios e saiu, aos 36 anos, da competição com o título de melhor marcador, graças aos cinco golos, ganhando a Schick no “photo finish” graças à assistência que gizou a Diogo Jota ante a Alemanha. Voraz, fez de tudo para que Portugal não caísse em cena nos “oitavos”. Nas quatro partidas em que actuou fez nove remates, marcou em cinco ocasiões, convertendo 67% das ocasiões flagrantes que protagonizou. Estupendo.

Patrik Schick – República Checa 🇨🇿

O único que pode equiparar-se a Cristiano Ronaldo com total propriedade – pelo menos no que respeita ao número de golos marcados no EURO. O avançado checo levou a sua selecção às costas, marcando cinco dos seis golos da equipa na prova, um dos quais absolutamente incrível a fechar o triunfo sobre a Escócia (2-0). Aos 25 anos, e depois da passagem agridoce por Itália (destacou-se na Sampdoria, mas fracassou na Roma), é agora um dos maiores activos do Bayer Leverkusen, que por ele pagou no último Verão cerca de €26,5M e agora estará a esfregar as mãos com a possibilidade de encaixar bem mais.

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