José Mourinho é um dos grandes treinadores da história do futebol, com vários títulos importantes alcançados e, ao contrário de outros técnicos, em vários países. O treinador setubalense, depois de ter ganho tudo com o FC Porto, tanto em Portugal como na Europa, conquistou títulos em Inglaterra, Espanha e Itália, incluindo duas Ligas dos Campeões.
Por isso, onde quer que José Mourinho esteja a trabalhar, os portugueses – e os amantes de futebol, em geral – acabam por acompanhar de perto o percurso da sua equipa. Mesmo quando é um clube menor ou mais tradicionalmente afastado das grandes conquistas. Foi assim, por exemplo, com o Tottenham, entre 2019 e 2012, e é agora com a AS Roma, desde que assumiu o comando da equipa da capital italiana no início desta temporada.
Para já, tem sido uma época de construção, com muitas caras novas no plantel e uma filosofia de jogo diferente a implementar. No campeonato italiano, a prestação da Roma tem sido intermitente, estando a lutar pelo quarto lugar, que dá acesso à Liga dos Campeões. Também na Liga Conferência, a Roma tem tido um percurso de altos e baixos, mas a verdade é que está apurada para as meias-finais. E se no início da competição não eram favoritos a ganhar a taça, actualmente as apostas desportivas parecem indicar o oposto. Tanto em Portugal como no resto da Europa.
As probabilidades dos clubes ainda em competição
Dos oito apurados para as meias-finais da Liga Conferência, da UEFA, a Roma de José Mourinho, assim como o Leicester City, onde também joga o português Ricardo Pereira, são os favoritos à vitória. Pelo menos de acordo com as casas de apostas desportivas internacionais, que lhes dão uma probabilidade de 3/1. As apostas desportivas efectuadas nesta altura têm demonstrado claramente essa tendência.
O Leicester tem feito uma época mais sólida, tanto a nível interno como externo, com um plantel que se conhece bem e um treinador competente. Por sua vez, a Roma consegue alternar momentos de brilhantismo com outros de extrema decepção, como a goleada que sofreu na Noruega, ainda na fase de grupos, às mãos do Bodo-Glimt. No entanto, José Mourinho persegue o único título europeu que nunca conquistou, o que pode servir de motivação extra.
Quanto aos restantes, o único clube que parece competir com estes dois em termos de favoritismo é o Marselha. Os franceses estão a fazer um óptimo campeonato, liderados em campo pelo fantasista Payet, e as casas de apostas dão-lhes uma probabilidade de 10/3. Pelo contrário, os gregos do PAOK, onde joga o também português Vieirinha, é, de acordo com os especialistas, aquele que tem a menor possibilidade de sucesso, com as probabilidades a centrarem-se nos 20/1.
A Roma de José Mourinho
José Mourinho foi uma escolha pessoal de Tiago Pinto, o novo director desportivo da AS Roma, que no início da época trocou o Benfica pelos romanos. A ideia é voltar a restituir a glória passada ao clube da capital italiana, que não ganha o campeonato desde a última passagem de Fabio Capello pelo seu banco. A tarefa de Mourinho é hercúlea, tendo em conta que corre atrás dos milhões do Inter, actual campeão, e do AC Milan e Nápoles, cuja organização já vem de trás.
Para já, a Roma apostou em algumas contratações que parecem estar a fazer alguma diferença. A principal é a do ponta-de-lança inglês Tammy Abraham, que chegou do Chelsea, e já leva 15 golos apontados só na Serie A. A meio da época chegou Sérgio Oliveira, emprestado pelo FC Porto, que ajudou também a consolidar o meio-campo romano, mesmo sem ser um titular indiscutível da equipa.
Outra contratação importante foi também a do português Rui Patrício, para fechar a baliza romana. Vindo do Wolverhampton, o guardião da selecção das “quinas” tem a experiência suficiente para liderar uma defesa, onde se inclui também o ex-benfiquista Bryan Cristante. Mourinho conseguiu ainda recuperar o arménio Mkhitaryan, com quem já se tinha cruzado no Manchester United, para uma época bem conseguida, se bem que a principal estrela da companhia continua a ser Nicolò Zaniolo. Ainda na última partida dos quartos-de-final da Liga Conferência, o internacional transalpino apontou um “hat-trick”, que ajudou a afundar os noruegueses.