Bélgica 🆚 Itália | Ouro sobre “azzurri” em jogo frenético

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Bravo, bravíssimo. Que jogão. Num verdadeiro hino ao futebol espectáculo, a Itália levou a melhor diante da Bélgica e na noite desta sexta-feira carimbou presença nas meias-finais deste EURO 2020, onde vai defrontar a Espanha. Os “azzurri” venceram por 2-1, chegaram ao 32º encontro consecutivo sem perder e saíram com triunfos nos últimos 13 duelos em que entraram em acção. Barella abriu a contagem com um grande golo, Insigne elevou a nota artística e Lukaku ainda deu esperanças aos belgas.

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Espectáculo “non stop” do início ao fim

Um verdadeiro recital. Foi aquilo a que se assistiu nos primeiros 47 minutos de jogo na Allianz Arena. Alta voltagem do primeiro instante até ao último, um jogo de parada e resposta que os transalpinos começaram a controlar a partir do minuto 25. A “bella” Itália abriu uma vantagem de dois golos – já após ter sido anulada festa a Bonucci (13′) -, graças às obras artes de Barella (31’) e Insigne (44’) – Expected Goals (xG) de 1,20 –, mas uma desatenção de Di Lorenzo deu vida aos belgas e Lukaku (47’) deixou tudo em aberto para a segunda etapa.

Se a primeira parte foi de cortar a respiração, o que escrever sobre a segunda metade? A Bélgica, em desvantagem, carregou, tentou desbloquear a defensiva transalpina, mas não conseguiu marcar, não obstante a ocasião flagrante que criou aos 61 minutos, quando Spinazzola impediu, com a coxa esquerda, que Lukaku fizesse o empate. Os “azzurri”, sempre que tiveram espaço, tentaram ameaçar e também rondaram o terceiro tento. Mas o marcador ficou carimbado com o 1-2 que coloca a Itália na rota das meias-finais, onde medirá forças com a Espanha na próxima terça-feira a partir das 20h00, enquanto os “diabos vermelhos” voltaram a falhar na “hora H” e saíram derrotados 13 encontros depois do último percalço.

[ Insigne (10), Verratti (6) e Jorginho (68, que trio! ]

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O MVP GoalPoint👑

“Performance” arrebatadora de Lorenzo Insigne. Sempre ligado à corrente, o virtuoso camisola “10” da Itália desequilibrou e deixou a defensiva belga com a cabeça à roda, a pintura que desenhou em cima do intervalo foi o ponto alto numa exibição na qual contabilizou o seguinte: três remates (dois enquadrados), três passes para finalização, seis acções com a bola na área contrária (mais ninguém o fez no jogo), seis conduções aproximativas (outro máximo) e 14 passes valiosos (mais um item que ninguém ousou ultrapassar). O GoalPoint Rating de 8.7 assenta na perfeição ao craque do Nápoles. 

Outros GoalPoint Ratings 🔺🔻

Destaques da Bélgica:

Vermaelen 7.6 – Foi o belga com melhor nota. O experiente defensor falhou apenas seis dos 55 passes que fez (eficácia de 89%), venceu os três duelos aéreos ofensivos em que interveio, recuperou a posse em seis ocasiões, tendo feito ainda quatro desarmes, cinco intercepções e quatro alívios.

Doku 5.6 – A surpresa no “onze” belga deixou a timidez de lado na segunda parte e mostrou-se. Esteve perto do empate aos 84 minutos, gizou quatro passes valiosos, cinco acções com a bola na área de Itália e acertou oito dos 13 dribles que tentou.

Vertonghen 5.4 – A exibição do benfiquista fica manchada pela perda de bola que esteve na génese do golo inaugural. Ainda assim, fez dois passes para finalização, acertou três variações de flanco, cinco recuperações da posse e dois desarmes.

Destaques da Itália

Barella 7.2 – Marcou um golaço após ter tirado três rivais do caminho e esteve ainda na origem do 0-2 com uma assistência.

Spinazzola 5.7 – Estava a fazer mais uma bela exibição, com disponibilidade para atacar e foi assertivo a defender (o corte que fez aos 61 minutos é disso exemplo). Mas numa arrancada lesionou-se com gravidade e, segundo as primeiras indicações, a rotura do tendão de Aquiles vai atirar o craque de José Mourinho muitos meses para o “estaleiro”.

Donnarumma 5.4 – Aos 22 minutos, após um “slalom” de De Bruyne, voou e fez uma intervenção de alto calibre. Depois, aos 26, voltou a agigantar-se e estragou a festa a Lukaku. Sem hipóteses no golo que sofreu. 

Leonel Gomes
Leonel Gomes
Amante das letras, já escreveu nos jornais A Bola, Público e o O Jogo, dedicando-se também ao Social Media Management desde 2014. Tornou-se GoalPointer na "janela de mercado" do verão de 2019.