O SL Benfica estreou-se na Liga dos Campeões de 2015/16 com uma vitória frente ao Astana, por 2-0. Um bom arranque no Grupo C que parecia difícil de concretizar (no primeiro tempo), mas que a formação a Luz soube levar a bom porto graças a uma segunda parte em que corrigiu erros.

“Em equipa que ganha não se mexe”, foi este o lema de Rui Vitória. Uma frase que pode ter duas interpretações: ou foi encontrada a fórmula que melhor potencia as qualidades de uma equipa, ou não há ideia concreta sobre como joga um adversário e, então, o melhor é apostar na última formação que resultou. Não sabemos ao certo qual dos casos se aplica, mas, pela primeira parte, apostamos na segunda hipótese.
O Benfica entrou em campo com o mesmo “onze” que derrotou o Belenenses por 6-0 no fim-de-semana, uma aposta ofensiva que esbarrou num Astana muito bem posicionado, em especial as suas unidades de meio-campo. O posicionamento dos seus elementos foi sempre um problema para os criadores de jogo “encarnados”, que se viram numa floresta de camisolas amarelas a tapar os caminhos para a sua baliza.
INSISTÊNCIA NO ERRO
A primeira parte do Benfica tinha tudo para correr bem, não fosse o Astana estar no Estádio da Luz também para discutir o jogo. Não foram, certamente, convidados para assistirem ao espectáculo do adversário. A turma cazaque preencheu bem o meio-campo, posicionando unidades de forma a anular as zonas de acção de Talisca, incapaz de lateralizar jogo e com muita gente pela frente para tentar o remate com qualidade.

Aqui esteve parte do problema do Benfica, que assim insistiu num engano. Perante tanta gente na zona central, as “águias” não perceberam, até ao intervalo, que afunilar o jogo era um erro e até Gaitán, que a nível técnico esteve deslumbrante, não o percebeu a nível táctico e poucas vezes abriu o jogo benfiquista, para abrir, também, a defesa contrária.
Assim, o Benfica conseguiu dominar no primeiro tempo, com 65,2% de posse , 84,5% de passes certos, pois o Astana não pressionava muito, limitava-se a tapar espaços, mas na frente as coisas equilibraram-se: 8 – 7 em remates, 3 – 1 em disparos enquadrados. Mas pouco perigo.
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