Benfica 🆚 Chaves | Águia imparável abre chaves para a goleada

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CATEGÓRICO. O Benfica continua imparável e, na noite deste sábado, somou o 21º jogo sem perder – 17 triunfos e quatro empates -, igualando o feito que durava desde 1982/83, na altura Sven-Göran Eriksson era o timoneiro. Os líderes do campeonato resolveram cedo o encontro, abriram uma vantagem de dois golos logo aos dez minutos e chegaram ao intervalo com uma almofada de três tentos. Na etapa final, ainda houve tempo para Roger Schmidt gerir o plantel e a equipa dilatou a vantagem. Com os golos de Neres, Grimaldo, Gonçalo Ramos, Musa e Rafa Silva, as “águias” aproveitaram o empate do FC Porto nos Açores e já têm mais oito pontos do que os campeões nacionais.

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Entrar “a matar” para depois gerir

As “águias” ligaram o turbo e logo aos dois minutos abriram a contagem numa obra de arte pintada por David Neres. Com um futebol envolvente, pressionante, de constantes trocas posicionais, que explorava os três corredores, os da casa continuaram insaciáveis e no segundo remate que enquadraram ao alvo voltaram a marcar, desta feita através da arte de Grimaldo que converteu um livre directo.

Só dava Benfica, Nélson Monte impediu o 3-0 a Rafa (21’) e pouco depois, aos 29, Gonçalo Ramos fez o mais difícil e cabeceou ao lado, na sequência de uma óptima combinação entre Rafa e Neres. Os flavienses começaram a esticar o jogo e num curto espaço de tempo estiveram próximos de reduzir, a melhor oportunidade pertenceu a Hector, que no cara-a-cara com Vlachodimos viu o grego brilhar e desperdiçou uma ocasião flagrante para encurtar as distâncias. Os sucessivos avisos voltaram a acordar a equipa de Schmidt, que ampliou a contagem por Gonçalo Ramos, assistido por Aursnes. Até ao intervalo, em mais uma jogada artística, João Mário não conseguiu concluir com êxito.

Neres era o melhor em cena neste período com um golo, quatro cruzamentos, 40 acções com a bola (quatro na área contrária), três dribles eficazes em outras tantas tentativas e um GoalPoint Rating de 7.7.

No período de descanso, Vítor Campelos mexeu na equipa, abdicou do 1x4x3x3 e passou a jogar com três centrais: 1x3x4x3, porém a mudança de estratégia não trouxe alterações e os anfitriões continuaram a controlar as incidências, ainda chegaram a festejar um golaço de Enzo à passagem do minuto 54, mas o lance foi anulado por fora-de-jogo de Aursnes no começo do lance.

Numa fase em que Juninho ameaçou (76’) e já tinham sido feitas várias alterações nos dois conjuntos, os “encarnados” fecharam o encontro com chave de ouro, graças ao acerto de Musa (81’) e de Rafa Silva (90+3’). O Benfica marcou em todos os jogos em casa esta época. Por sua vez, o Chaves voltou a escorregar depois de ter vencido dois duelos consecutivos.

[ Muito jogo benfiquista pelo flanco de Grimaldo ]

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MVP GoalPoint: Grimaldo 👑

Titular indiscutível, o espanhol está a atravessar uma grande fase. Eficaz a defender, continua a desequilibrar no ataque. Marcou um golaço, já tem dois esta temporada em 20 partidas. Além disso, foi responsável por três cruzamentos, dois passes aproximativos, três conduções aproximativas, recuperou a bola em seis ocasiões, tendo ainda realizado dois desarmes, uma intercepção e dois alívios. Foi o MVP desta partida com um GoalPoint Rating de 8.4.

 

Outros Ratings 🔺🔻

Destaques do Benfica

David Neres 8.1

Começou a partida e marcou um grande golo, semelhante ao que já tinha feito nesta edição da Liga ao Vizela. O extremo coleccionou, ainda, quatro cruzamentos, cinco passes aproximativos, dois super aproximativos, das 71 acções com a bola, cinco foram na área contrária, criou uma ocasião flagrante e apenas falhou um dos quatro dribles que arriscou.

Rafa 7.0

Mais uma vez decisivo, esteve sempre ligado à corrente e culminou a exibição com um golo – o terceiro seguido e o 10º esta temporada. A nota só não falhou ainda mais elevada por causa das duas ocasiões flagrantes que falhou. O camisola 27 destacou-se com quatro remates (metade enquadrados), quatro cruzamentos, 11 passes aproximativos recebidos, dez acções com a bola na área adversária (máximo no jogo) e seis conduções aproximativas.

Otamendi 6.9

No jogo 100 de águia ao peito, o argentino manteve a bitola que tem patenteado esta temporada. Fez um remate, revelou acerto no capítulo do passe (97% – dois falhados em 74 tentados), recuperou a posse por nove vezes (máximo no jogo) e assinou dois alívios.

Musa 6.6

Nos 21 minutos em campo esteve bastante activo, com um golo, o terceiro da época, e quatro acções com a bola na área do Chaves.

Vlachodimos 6.5

Não teve muito trabalho, mas quando foi chamado a intervir, não deixou os créditos por mãos alheias e protagonizou duas defesas – um golo evitado (defesas – xS).

António Silva 6.3

Ao nível do que tem feito, realizou o primeiro remate da partida, desperdiçou apenas um passe em 54 tentados (98% de eficácia), concluiu oito passes aproximativos, fez três desarmes, duas intercepções e um alívio.

Enzo Fernández 6.1

Imprescindível, o argentino exibiu-se a em bom plano com um remate, a assistência para o tento de Musa, três passes para finalização, quatro cruzamentos, 12 passes aproximativos, 122 acções com a bola (mais ninguém chegou a estes números) e recuperou a bola em seis ocasiões.

Gilberto 6.0

Deixou a sua marca nos cerca de 21 minutos em que actuou. O ponto alto foi o remate que atirou à barra e que esteve na génese do 5-0 apontado por Rafa. Neste período, teve 33 acções com a bola e duas conduções aproximativas.

Diogo Gonçalves 6.0

Outros dos suplentes que saíram do banco e acrescentaram algo à equipa. Muito mexido, imprimiu velocidade ao ataque, tendo gizado um remate, criado uma ocasião flagrante e feito dois cruzamentos.

Gonçalo Ramos 5.8

Chegou aos 11 golos (sete na Liga, onde é o melhor marcador). Fez dois remates, desperdiçou uma ocasião flagrante (29′) e das 24 acções com a bola, três ocorreram na área do Chaves.

Destaques do Chaves

João Mendes 5.8

O médio foi o melhor elemento dos flavienses em campo com um remate (o primeiro dos forasteiros, aos 32′), três cruzamentos, três variações de flanco, três recuperações de bola e dois desarmes.

Nélson Monte 5.7

O central concluiu três intercepções, outros tantos alívios e bloqueou dois remates.

Paulo Vítor 5.0

O guarda-redes, que sofreu cinco golos, teve muito trabalho, com quatro defesas, três das intervenções travaram remates que ocorreram na área dos transmontanos.

Leonel Gomes
Leonel Gomes
Amante das letras, já escreveu nos jornais A Bola, Público e o O Jogo, dedicando-se também ao Social Media Management desde 2014. Tornou-se GoalPointer na "janela de mercado" do verão de 2019.