A Soccerex, empresa ligada ao estudo e desenvolvimento do Futebol na vertente financeira e económica da modalidade, lançou o seu segundo relatório Football Finance 100 (FF100), onde estabelece um perfil financeiro dos principais 100 clubes a nível mundial. Este estudo, levado a cabo por especialistas no sector, tem por base precisamente o FF100, um modelo analítico que avalia o poder financeiro de clubes em todo o Mundo através de uma metodologia que inclui vários aspectos da realidade do futebol actual, como os activos de cada emblema (valor dos jogadores, património tangível), tesouraria, dívidas e capacidade financeira dos donos dos clubes.
O trabalho foi realizado com base em diversas fontes, como os próprios relatórios financeiros dos clubes, UEFA, Transfermarkt e outras publicações de referência na área financeira e incide sobre a época 2016/17. Os “três grandes” portugueses estão na segunda metade do “Top 100” deste índice, num contexto global em que os proprietários desta centena de clubes valem a cerca de €950 mil milhões. Confira o “Top 10”, bem como a posição e detalhes dos três emblemas lusos.
* Valores em milhões de Euros
Fonte: Soccerex Football Finance 100 (FF100) de 2019
Este estudo abarca também os clubes que não são detidos maioritariamente por proprietários privados, como os “três grandes” em Portugal ou emblemas como o Real Madrid e o Barcelona, algo que torna as contas mais interessantes, tendo em conta o “choque entre mundos” motivado por esta diferença.
Assim, talvez não espante que o Manchester City surja aqui destacado no primeiro lugar dos clubes com maior potencial financeiro, com um FFI de 4,21, aparecendo em seguida o Paris Saint-Germain (3,84) e o Bayern de Munique (2,67) a fechar o pódio. Real Madrid e Barcelona, os primeiros clubes deste índex “donos do seu destino”, surgem em sexto e sétimo lugares, respectivamente, contando somente com meios próprios na “luta” com a concorrência.
Quanto aos portugueses, o Benfica aparece no modesto 66º lugar (FFI 0,34), ainda assim à frente de Porto (70º, 0,31) e Sporting (98º, 0,10), o que mostra bem as dificuldades com que as formações lusas se batem com os “tubarões” do futebol europeu e mundial.
Interessante ainda conhecermos o perfil dos principais investidores no futebol, que mostramos num “Top 10” que inclui o número de clubes “dos sócios” e detidos por privados, listados por nacionalidades. O número de proprietários oriundos dos Estados Unidos e da China começa a dominar o panorama dos “stakeholders” futebolísticos mundiais.