
Este domingo joga-se o último grande embate do ano em Portugal. FC Porto e SL Benfica defrontam-se no “clássico” maior do futebol luso, com os “dragões” a três pontos do líder Benfica. Uma partida que nada decidirá, mas que pode mostrar em que ponto estão as duas equipas em termos comparados.
Essa comparação vale o que vale, mas terá certamente pontos de interesse. Relativamente ao embate de domingo, o GoalPoint decidiu olhar com mais atenção para os pormenores tácticos que poderão decidir o “clássico”, em especial as fraquezas e pontos fortes de cada uma das equipas.
Acreditamos que não haverá grandes mudanças tácticas, e tanto uma equipa como outra irá com certeza apostar no seu “onze” mais rotinado, de forma a ter uma estrutura mais estabilizada e entrosada possível. Os treinadores poderão, obviamente, apostar num ou dois jogadores que tragam aquele factor-surpresa, mas a nível táctico nada se deverá alterar.
FC Porto
Força
A grande força deste FC Porto será, sem dúvida, a sua fase de construção alta. Apoiados na elevada qualidade de passe e visão de jogo de Óliver e Herrera, os “azuis-e-brancos” têm sempre um estilo de jogo em posse e futebol apoiado que privilegia a segurança e o ataque mais posicional. Jackson tem estado em boa forma e continua a ser o grande “abono de família” dos “dragões”; Brahimi é um extremo/avançado interior cuja velocidade e drible em progressão deixa qualquer defesa em apuros.
Fraqueza
Apesar do excelente futebol que pratica, a equipa de Julen Lopetegui revela um problema flagrante. Se analisarmos em detalhe o momento defensivo dos “dragões”, mais precisamente após a perda da bola, estes tendem a usar um método de zona pressionante onde, nos instantes após a perda da posse, tentam de imediato recuperá-la, com diversos jogadores a fazerem pressão sobre o adversário que transporta a bola. Perante equipas capazes de montar ataques rápidos ou empregar um estilo de jogo mais directo com eficácia o Porto corre maiores riscos, pelos desequilíbrios defensivos que este método de pressão, uma vez ultrapassado, coloca à equipa que o aplica.
Nessa altura, Casemiro é insuficiente para ajudar os defesas nos corredores laterais, pois os outros médios demoram a recuperar defensivamente quando o ritmo de jogo é mais elevado. Os próprios alas do Porto são muitas vezes apanhados em contra-pé no overlapping, e tendo o Porto centrais que não são muito rápidos, a cobertura torna-se algo deficitária.