Jesús Manuel Corona Ruíz, “Tecatito” para os amigos e não só, está em Portugal há dois anos e meio e, da mesma maneira que poucos saberão o seu nome completo, não há muitos que pareçam saber atribuir-lhe o verdadeiro valor.
O mexicano chegou ao Porto na era Julen Lopetegui, sendo utilizado com bastante regularidade na época de estreia. No entanto, desde a saída do treinador espanhol que Corona parece ser uma opção facilmente descartável para os treinadores portistas. Na temporada passada, Nuno Espírito Santo preferiu adaptar André Silva à direita a partir do momento em que teve Tiquinho Soares à disposição; esta época, Sérgio Conceição até inicialmente colocou o mexicano a titular, mas depois optou por usar Moussa Marega como “falso-extremo” do seu novo 4-3-3.
Na pausa do campeonato, “Tecatito” viajou até à América do Norte para ajudar o seu país a “carimbar o passaporte” para o Mundial da Rússia, e fê-lo em grande estilo.
🇲🇽 Os nums de Corona, hj de madrugada:
🔸2/5 remates enquad
🔸4 passes p/ finaliz
🔸4/4 cruz eficazes
🔸8/14 dribles eficazes
🔸GP Rating: 8.2 👑 pic.twitter.com/pppy8XGiOq— GoalPoint.pt ⚽ (@_Goalpoint) October 7, 2017
Corona não só foi o melhor em campo no jogo contra Trinidad e Tobago como terminou mesmo a fase de qualificação como o melhor jogador da CONCACAF, com um GoalPoint Rating médio de 6.64, com a particularidade de ter actuado quase sempre como extremo… esquerdo.
No passado fim-de-semana, regressado à titularidade no seu clube depois de três jogos de ausência, Corona voltou a lembrar-nos da sua qualidade. Só uma esplêndida exibição do outro ocupante do flanco direito, Ricardo Pereira, ofuscou um pouco a produção do “camisola 17”, que, em apenas 74 minutos, atingiu um GoalPoint Rating de 8.6.
Num jogo em que o FC Porto bateu um recorde histórico da Liga NOS ao criar nove ocasiões flagrantes de golo, “Tecatico” foi responsável por duas delas, recordando-nos de aquela que é uma das suas especialidades.
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Extremos com um mínimo de 1600 minutos jogados
Como se pode ver na tabela cima, “Tecatito” é, a larga distância, o extremo mais perigoso do campeonato no que toca à criação de ocasiões flagrantes, mantendo esta época a média de uma ocasião flagrante criada a cada 150 minutos com que havia terminado 2016-17. O registo de Corona é quase o dobro do de Gelson Martins e supera largamente, por exemplo, o dos extremos mais utilizados pelo Benfica desde a temporada passada.