Corona, talvez o mais subvalorizado da Liga 💸

-

Jesús Manuel Corona Ruíz, “Tecatito” para os amigos e não só, está em Portugal há dois anos e meio e, da mesma maneira que poucos saberão o seu nome completo, não há muitos que pareçam saber atribuir-lhe o verdadeiro valor.

O mexicano chegou ao Porto na era Julen Lopetegui, sendo utilizado com bastante regularidade na época de estreia. No entanto, desde a saída do treinador espanhol que Corona parece ser uma opção facilmente descartável para os treinadores portistas. Na temporada passada, Nuno Espírito Santo preferiu adaptar André Silva à direita a partir do momento em que teve Tiquinho Soares à disposição; esta época, Sérgio Conceição até inicialmente colocou o mexicano a titular, mas depois optou por usar Moussa Marega como “falso-extremo” do seu novo 4-3-3.

Na pausa do campeonato, “Tecatito” viajou até à América do Norte para ajudar o seu país a “carimbar o passaporte” para o Mundial da Rússia, e fê-lo em grande estilo.

Corona não só foi o melhor em campo no jogo contra Trinidad e Tobago como terminou mesmo a fase de qualificação como o melhor jogador da CONCACAF, com um GoalPoint Rating médio de 6.64, com a particularidade de ter actuado quase sempre como extremo… esquerdo.

No passado fim-de-semana, regressado à titularidade no seu clube depois de três jogos de ausência, Corona voltou a lembrar-nos da sua qualidade. Só uma esplêndida exibição do outro ocupante do flanco direito, Ricardo Pereira, ofuscou um pouco a produção do “camisola 17”, que, em apenas 74 minutos, atingiu um GoalPoint Rating de 8.6.

GoalPoint-Porto-Pacos-LIGA-NOS-201718-Ratings
Clique para ampliar

 

Num jogo em que o FC Porto bateu um recorde histórico da Liga NOS ao criar nove ocasiões flagrantes de golo, “Tecatico” foi responsável por duas delas, recordando-nos  de aquela que é uma das suas especialidades.

[vc_table vc_table_theme=”classic”][bg#000000;c#ffffff;align-center]%23,[bg#000000;c#ffffff]Jogador,[bg#000000;c#ffffff]Clube(s),[bg#000000;c#ffffff;align-center]Ocasi%C3%B5es%20flagrantes%20criadas|[align-center;b;u]1,[b;u]Jes%C3%BAs%20Corona,[b;u]Porto,[align-center;b;u]0%2C60|[align-center]2,Daniel%20Podence,Moreirense%20%2F%20Sporting,[align-center]0%2C36|[align-center]3,Yacine%20Brahimi,Porto,[align-center]0%2C34|[align-center]7,Gelson%20Martins,Sporting,[align-center]0%2C31|[align-center]15,Franco%20Cervi,Benfica,[align-center]0%2C24|[align-center]16,Eduardo%20Salvio,Benfica,[align-center]0%2C23[/vc_table]

Html code here! Replace this with any non empty text and that's it.

Médias por 90 minutos na Liga NOS, desde 2016/2017
Extremos com um mínimo de 1600 minutos jogados
 

Como se pode ver na tabela cima, “Tecatito” é, a larga distância, o extremo mais perigoso do campeonato no que toca à criação de ocasiões flagrantes, mantendo esta época a média de uma ocasião flagrante criada a cada 150 minutos com que havia terminado 2016-17. O registo de Corona é quase o dobro do de Gelson Martins e supera largamente, por exemplo, o dos extremos mais utilizados pelo Benfica desde a temporada passada.

Na próxima página: A comparação com Salvio e Gelson

Hernâni Ribeiro
Hernâni Ribeiro
Formado em estatística e gestão de informação, e Data Scientist profissional. É Head of Analytics na GoalPoint e responsável pela GoalPointPro