Craque do Dia | Super-Shaqiri volta a brilhar na selecção 🦸‍♂️

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Domingo foi dia de a Suíça brilhar. Só com dois jogos agendados neste dia, os helvéticos bateram a Turquia por 3-1, terminaram no terceiro lugar do Grupo A e ficaram à espera de saber se são um dos melhores terceiros classificados. Dois jogadores brilharam fortemente, o benfiquista Haris Seferovic e o jogador do Liverpool, Xherdan Shaqiri, que foi eleito pelos GoalPointers como Craque do Dia, com 51,5% dos votos.

Seferovic abriu a contagem, mas foi a velocidade e mobilidade de Shaqiri – habituado a brilhar sempre em fases finais – que acabou com a pálida resistência da Turquia, terminando com números que lhe valeram o GoalPoint Rating mais alto deste EURO 2020, a par de Gareth Bale ante este mesmo adversário.

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Shaqiri fez dois golos em sete remates, dos quais quatro foram enquadrados (dois deles bloqueados). Mas a sua influência ofensiva foi mais ampla, tendo realizado dois passes para finalização, seis ofensivos valiosos e completou as duas únicas tentativas de drible.

[ Shaqiri fez sete remates, mas dois foram bloqueados, pelo que não figuram neste mapa – a amarelo os golos ]

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A sua movimentação, diagonais e capacidade para aparecer nos espaços vazios foram praticamente impossíveis de travar pelos turcos, e o jogador do Liverpool poderia mesmo ter terminado com um “hat-trick”, não tivesse desperdiçado uma ocasião flagrante, sozinho perante o guarda-redes adversário.

Apagamento nos clubes, brilho na selecção

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O helvético é um caso curioso no futebol europeu. Estrela do Basel – onde foi formado -, acabou por ser contratado pelo Bayern em 2012/13, por perto de €12M, e esteve três temporadas no emblema de Munique, onde venceu três Bundesligas e uma Liga dos Campeões. Ainda assim o seu protagonismo foi intermitente, acabando emprestado ao Inter de Milão, que ainda assim o contratou em definitivo por €15M. Não ficou em Itália, pois nesse mesmo Verão o Stoke City pagou €17M pelo suíço. Aí ficou três épocas, até que o Liverpool pagou €14,7M para ter o craque.

Em Liverpool há três temporadas, venceu uma Premier League e mais uma Liga dos Campeões pelos “reds”, juntando ainda mais um Campeonato do Mundo de clubes (soma dois). A verdade é que a consistência e regularidade de Shaqiri nos clubes onde passou deixa algo a desejar, seja devido a lesões ou a quebras de forma – como as duas últimas temporadas em Inglaterra atestam. Pela Suíça a “música” é outra.

Pedro Tudela
Pedro Tudela
Profissional freelancer com mais de duas décadas de carreira no jornalismo desportivo, colaborou, entre outros media nacionais, com A Bola e o UEFA.com.