OFC Porto mantém a perseguição aos dois primeiros classificados, Sporting e Benfica, ao bater em casa o Vitória de Guimarães por 3-0. Um começo de partida algo lento rapidamente se transformou num jogo de sentido único, com os “dragões” a aproveitar de forma irrepreensível as oportunidades que foram construindo com o passar do tempo.
Dos zero aos 100 foi num instante
Pouco mais há a dizer sobre os primeiros 20 minutos do jogo do que o facto de apenas se ter registado um remate, e por parte do Vitória de Guimarães. Foi um começo de partida tão enfadonho que se pensava que esta seria uma daquelas noites de futebol de adormecer, mas tudo mudaria com o primeiro aviso do FC Porto, um golo anulado a André Silva por mão do jovem avançado português.
Começaram então a surgir sucessivos sinais de perigo junto à baliza de Douglas: se no primeiro caso, o guarda-redes vimaranense negou o golo a Depoitre com uma defesa acrobática, no segundo o único interveniente foi André Silva, que não teve pontaria para cabecear para o fundo das redes.
Nas bancadas do Dragão pressentia-se o golo, que acabaria por chegar por intermédio de Marcano, a aproveitar um desvio precioso de Depoitre depois de um canto de Layún.
⏰ 38’ | 1⃣-0
GOLO DO #FCPORTO! ⚽ 💥Marcano cabeceia p/ o 1º com assistência de Depoitre#SomosPorto#LigaNOS pic.twitter.com/v0np6AZPem
— GoalPoint.pt ⚽ (@_Goalpoint) September 10, 2016
Sem surpresas, Layún era um dos jogadores mais envolvidos nas manobras ofensivas dos “dragões”, e o internacional mexicano esteve perto de ser recompensado, vendo a barra negar-lhe o golo num livre à entrada da área.
Os números ao intervalo não enganavam: o FC Porto tinha dominado por completo as incidências, somando seis remates (três deles enquadrados) contra apenas dois dos vimaranenses. A posse de bola também favorecia largamente os homens da casa (59% contra 41%), sendo que os 65% de duelos ganhos por parte dos “dragões” faziam antever uma missão quase impossível para os comandados de Pedro Martins.
Findos os primeiros 45 minutos o destaque ia não só para Marcano, o autor do goloe de um GoalPoint Rating de 6.5, seguido de Layún, com 6.2, e do reforço Depoitre, com 6.2, este último fruto da assistência que fizera e do seu enorme contributo no jogo aéreo da sua equipa, com 100% de duelos ganhos.
Entrada de gigante
Pedro Martins tentou dar algum fulgor à sua equipa com a entrada de Bernard ao intervalo, mas o seu plano acabou por cair por terra ainda no primeiro minuto da segunda parte, quando Óliver desviou a bola para o fundo da baliza após remate de Ótavio (a Opta acabaria por atribuir o golo ao espanhol, e o GoalPoint acata, embora conceda que é uma decisão discutível).
Se as coisas já estavam más para o Vitória pior ficaram minutos depois, com o 3-0 fruto de um infortúnio de João Aurélio, que corta para o fundo da sua baliza um cruzamento de Layún.
João Aurélio (ag) | 56' | Reveja aqui o 3º golo do FC Porto! #seguejogo na SPORT TV. Adira já na sua box. https://t.co/BF0haeSSlv
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Até ao final do desafio as restantes oportunidade pertenceram todas ao FC Porto, que, no entanto, fez mais para gerir o resultado do que propriamente para chegar ao quarto golo. Mais do que o domínio dos “dragões”, há que salientar a tremenda eficácia dos homens de Nuno Espírito Santo, que fizeram três golos em apens três remates enquadrados.
O jogo terminou e o espectáculo acabou por ser bem mais interessante do que inicialmente prometia. Prova estatística disso mesmo? Zero foras-de-jogo.
O pequeno grande mágico
Embora tenha estado algo apagado no primeiro tempo, Óliver Torres assumiu preponderância na segunda parte e terminou o desafio como o melhor em campo. O criativo espanhol apontou um golo e esteve sempre envolvido nos processos ofensivos da sua equipa, terminando a partida com uma impressionante eficácia de passe de 91%, ao que somou ainda 70% de duelos ganhos e um passe para ocasião, números que lhe valeram um GoalPoint Rating de 7.4.
Outros números:
- Marcano 7.2 – Além do golo foi o portista com mais acções defensivas (11). Boly vai ter de esperar.
- Depoitre 6.5 – Excelente estreia a titular do belga. Anotou uma assistência e tirou partido da envergadura para ganhar os 5 duelos aéreos que disputou.
- Alex Telles 6.4 – Cruzou que se fartou e daí partiram duas ocasiões de golo. Ainda foi o portista com mais bola (91 toques) e somou 3 dribles eficazes.
- André Silva 5.2 – Movimentou-se muito e bem, mas acaba por ser prejudicado pela ocasião flagrante que perdeu quando ainda estava 0-0.