Itália 🆚 Espanha | “Azzurra” na final 21 anos depois 🏟️

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AItália é a primeira finalista to EURO 2020! Após uma igualdade a um golo ao fim de 120 minutos, a “squadra azzurra” foi mais eficaz no desempate por penáltis e, 21 anos depois, vai voltar a disputar uma final de um Campeonato da Europa, prova que só ganhou uma vez, em 1968. Frente a uma Espanha que, igual a si mesma, controlou largamente a posse de bola, a turma de Roberto Mancini não foi tão exuberante como o vinha sendo neste Europeu, chegando a fazer lembrar outras “Itálias” de outros tempos, mas foi a primeira a marcar, em contra-ataque, num grande golo de Frederico Chiesa. A Espanha ainda reagiu, empatou por intermédio de Morata e até foi mais perigosa no prolongamento, mas no desempate por penáltis só Locatelli falhou para os italianos, enquanto do lado espanhol Dani Olmo atirou por cima e Morata permitiu a defesa a Donnarumma.

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Domínio espanhol, pragmatismo italiano

Se dúvidas houvesse sobre quem iria mandar na posse de bola, a Espanha depressa as dissipou, terminando os primeiros 45 minutos com 65% de posse do esférico, cimentados pela sua já habitual certeza no capítulo do passe (90% de eficácia). Ao todo, os espanhóis desferiram cinco remates. Um deles levou a direcção do alvo e só não deu em golo devido a uma grande defesa de Donnarumma. A Itália apostou sobretudo em ataques rápidos pela esquerda, mostrando ser capaz de causar alguns problemas à defesa contrária, e foi por esse flanco que ameaçou o golo, no único remate que fez nos primeiros 45 minutos. Emerson, a alinhar na lateral-esquerda no lugar do lesionado Spinazzola, atirou de ângulo apertado e a bola ainda roçou na trave.

A segunda parte trouxe os golos. Espanha continuou a ter mais bola, mas a Itália saiu mais vezes para o ataque e até acabou os 90 minutos com mais remates na direcção do alvo (quatro, contra três da Espanha). Num deles, Chiesa abriu o activo com um excelente remate em arco. Os espanhóis, porém, não baixaram os braços, totalizaram 12 acções na grande área italiana no segundo tempo e Morata, que havia entrado pouco antes, aproveitou uma delas para restabelecer a igualdade, levando a decisão para o prolongamento. Nos 30 minutos de tempo extra a Espanha foi mais perigosa, rematou mais (quatro remates, dois dos quais na direcção do alvo contra apenas um remate da Itália) e reforçou o domínio na posse de bola, mas não marcou e acabou por pagar caro no desempate por penáltis.

[ Um autêntico “pingue-pongue” entre Eric García e Laporte ]

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O MVP GoalPoint👑

Dani Olmo não merecia a infelicidade de ter sido um dos dois espanhóis a falhar a respectiva grande penalidade no desempate. Ao longo dos 120 minutos, além de ter sido dele a assistência para o golo de Morata que evitou a derrota nos 90 minutos, foi quem mais rematou no jogo (cinco), quem mais faltas sofreu (cinco) e um dos que mais acções defensivas no meio-campo contrário logrou (três). A isso somou ainda um total de quatro recuperações de posse e três acções com bola na área italiana. Tudo junto valeu-lhe o título de MVP, com um GoalPoint Rating de 7.0.

Outros GoalPoint Ratings 🔺🔻

Destaques da Itália:

Federico Chiesa 6.5 – Um (grande) golo em dois remates à baliza (ambos enquadrados com o alvo) e mais uma ocasião flagrante criada. Foi o jogador italiano com mais acções com bola na grande área espanhola (três).

Jorginho 6.3 – Esta noite foi importante sobretudo na manobra defensiva da Itália, com oito recuperações de bola e, nada mais, nada menos do que sete intercepções (um máximo no jogo e neste EURO 2020).

Giorgio Chiellini 6.3 – O capitão da Itália mostrou a segurança do costume a defender, com cinco alívios, quatro desarmes e duas intercepções. Tentou ainda servir o ataque com 11 passes longos, dos quais acertou seis.

Destaques da Espanha:

Álvaro Morata 6.8 – O outro homem a falhar para a Espanha no desempate por penáltis era, tal como Olmo, outro dos que menos o merecia. Nos 60 minutos que esteve em campo marcou um golo, teve seis acções com bola na grande área da Itália e foi quem mais acções defensivas efectuou no meio campo adversário (quatro).

Aymeric Laporte 6.4 – Foi, de longe, quem mais acções com bola teve no jogo (160) e esteve em destaque nos passes longos tentados (13) e completados (sete). A defender somou cinco alívios e três intercepções.

Unai Simón 6.2 – Defendeu um penálti no desempate, mas antes tinha mostrado o seu valor com três defesas (duas das quais a remates já dentro da área), três saídas pelo solo eficazes e quatro alívios.

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