Em 2015/16 o “campeão” do fora-de-jogo foi o Sporting CP, com nada menos do que 107 lances assinalados na Liga NOS, seguido pelo FC Porto com 88. O facto não é tão anormal quanto parece, sendo habitual ver as equipas que mais atacam liderar esta variável menos positiva. Os “leões” pagaram também a factura de um dos (poucos) defeitos do jogo de Islam Slimani: o argelino somou nada menos do que 52 foras-de-jogo, quase o dobro do segundo jogador mais castigado pela bandeirola, o avançado bracarense Stojiljkovic (28).
Ponte aérea em Santa Maria da Feira?
Ora a época 16/17 está a revelar um candidato a campeão do “offside” que fura a lógica referida. A equipa que mais foras-de-jogo soma até ao momento é o Feirense, que ocupa o modesto 17º lugar da tabela, lutando pela fuga à despromoção. São 35 infracções, 16 delas cometidas pelo avançado Karamanos. Próximo dele surgem Moussa Marega (V. Guimarães, 11 lances) e o portista André Silva (nove “offsides”) mas com uma diferença: enquanto o maliano e português caem na armadilha 1,1 vezes por cada golo que marcam, já o grego vê a bandeirola levantar-se quatro vezes por cada tento que oferece à equipa.
Fonte: GoalPoint / Opta
Como se explica a excepção? Provavelmente com um nome: José Mota, treinador experiente e conhecido por apostar no clássico “long ball”. O Feirense é a segunda equipa da Liga com menos posse por jogo (42,87%), a menos eficaz no passe (66,3% passes certos) e a quarta que soma mais duelos aéreos disputados (421), indicadores claros de um futebol mais… aéreo.