O dia em que Haaland avisou o mundo (e rebentou o algoritmo)

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Erling Haaland é sinónimo de tempestade de golos neste momento. Os talentos demonstrados pelo portentoso norueguês já o prenunciavam, sobretudo nas suas passagens ascensionais pelo Molde, Salzburg e Dortmund, mas os 20 golos em 13 jogos já obtidos pelo City não deixam dúvidas: Haaland ameaça afirmar-se como a maior máquina goleadora que o mundo já viu, com números mais próprios do futebol… dos anos 50.

A lenda do jovem Haaland há muito se conta, mas foi em 2019, meses antes d3 o mundo descobrir o COVID, que Erling Haaland avisou o que aí vinha, com um feito deveras impressionante e que agora ganha outro significado. Corria o Mundial Sub-20 de 2019, na Polónia, e o avançado integrava o elenco de uma Noruega que (tal como Portugal) não viria a atingir grandes voos no torneio, tombando após a fase de grupos. Mas isso não o impediu de avisar o mundo daquilo em que se viria a tornar.

Monstro adormecido…

Os nórdicos perderam os primeiros dois encontros da fase de grupos, frente ao Uruguai e Nova Zelândia. À partida para o derradeiro duelo, frente às Honduras, restava-lhes a ténue esperança de se qualificarem como um dos melhores terceiros. Para isso teriam de bater as Honduras (de preferência com muitos golos), uma selecção com fraca prestação, mas que até permitiu menos um golo que os “vikings”, frente ao Uruguai. Já Haaland avançava para o jogo decisivo totalmente “adormecido”, sem ter assinado sequer o único tento obtido pelos nórdicos até então. Nada fazia adivinhar o que estaria para vir…

O acordar da besta

Nunca saberemos o que Erling almoçou tomou ao pequeno almoço nesse dia, mas talvez interessasse. É que Haaland iniciou o jogo sem golos e saiu do mesmo como melhor marcador do torneio… com NOVE tentos, marca que mais ninguém viria a bater, mesmo com o norueguês a despedir-se nesse dia do torneio. Mas chega de conversa, mais do que ler vale a pena ver o que fez (e como) Haaland nesse dia.

NOVE GOLOS. E mais podiam ter sido, ou não tivesse o norueguês desperdiçado duas ocasiões consideradas flagrantes. Haaland tocou ao todo 49 vezes na bola, 25 delas dentro da área adversária. Dos 13(!) remates que efectuou, dez saíram enquadrados, sendo que um dos desenquadrados inclui a bola que enviou aos ferros. Inacreditável.

[ Os números demoníacos de Haaland, no dia em que avisou o mundo do futebol do que aí vinha ]

Quem nos acompanha já o sabe. Façam os craques o que fizerem, o rating máximo marca sempre 10.0, como é o caso. Mas isso não significa que a base de dados do nosso Antunes não guarde, para sempre, as poucas vezes em que os “super-homens” rebentam o algoritmo, como foi o caso. É que Haaland, neste dia, teria tido um rating sem “capping” de… 15.80!

Quem testemunhou o acordar da besta nessa tarde, na Arena Lublin, fará certamente parte daqueles que dirão hoje, de forma arrogante: “Haaland? Sempre disse”.

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