O melhor 11 GoalPoint do Qatar 2022 ⭐️

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Fim de festa e do Mundial 2022. Este foi, para muitos, um dos melhores Campeonatos do Mundo de sempre, com jogos incríveis, golos, emoção, reviravoltas e grandes espectáculos. A final foi a cereja no topo do bolo, um encontro fantástico entre as duas melhores equipas da competição, os melhores intérpretes, que teve seis golos e só foi decidido nos penáltis. A Argentina acabou coroada com o seu terceiro título mundial e Messi entrou, em definitivo, no clube dos imortais, para muitos o passo que faltava para se tornar no melhor de sempre.

Tempo de rescaldos e para o “onze” GoalPoint Ratings da competição. Só jogadores com mais de 390 minutos disputados, que nos oferecem uma equipa fenomenal e com dois MVPs da prova, Kylian Mbappé e Antoine Griezmann. Os fãs de Lionel Messi que não fiquem tristes, não há motivos para isso. Os amigos do “se fosse o Messi tinha 10.0” que se segurem nas cadeiras.

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Surpresas e confirmações na retaguarda

No final a FIFA atribuiu o prémio de melhor guarda-redes do Mundial 2022 a Emiliano Martínez, guardião da Argentina, mas nas contas do desempenho objectivo, o rating do Antunes tem outra perspectiva. O surpreendente Andries Noppert, guardião dos Países Baixos, terminou com o melhor GoalPoint Rating acumulado da posição, não só porque somou a melhor média de defesas por 90 minutos (3,4), como foi o que apresentou a maior percentagem de defesas a remates enquadrados (81,8%) e foi o segundo com mais golos evitados (defesas- xSaves), excelentes 2,3.

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Ao olharmos para o quarteto defensivo, salta-nos à vista a presença de Harry Maguire. O central inglês, que já entrou no clube de jogadores alvo de memes na Internet devido às suas exibições pelo Manchester United, costuma surgir transfigurado nas grandes competições, tal como aconteceu no EURO 2020. Por isso mesmo aparece aqui como o melhor central do Qatar 2022, com 1,5 desarmes (segundo valor mais alto entre centrais) e 0,8 acções defensivas no meio-campo contrário, máximo da posição. Ficou à frente de Joško Gvardiol, o extraordinário central de 20 anos da Croácia, que fez um golo, registou 1,4 intercepções, 4,8 alívios (ambos segundo valor mais alto), mas acaba penalizado por só ter ganho 29% dos duelos aéreos defensivos.

A lateral-direita acaba por confirmar um nome por muitos considerado um dos melhores da posição, apenas surpreende o rating relativamente modesto, mas a verdade é que foi o mais alto entre a concorrência. O marroquino Achraf Hakimi, craque do PSG, foi o lateral (direito ou esquerdo) com melhor média de desarmes por 90 minutos (3,7, equivalente ao máximo absoluto de 26), de intercepções (1,3) e de recuperações de posse (6,6), e com uma assistência em seu nome. Do lado oposto surge Theo Hernández. O lateral do Milan começou no banco e aproveitou a lesão do irmão Lucas Hernández na primeira jornada da prova para brilhar. Theo fez um golo, a Marrocos, e foi o lateral com melhor média de passes para finalização (2,0), de ocasiões flagrantes criadas (0,4) e o terceiro em desarmes (2,8).

Enzo, Bellingham e o extraordinário Griezmann

Apenas um jogador a actuar em Portugal integra este “onze” do Mundial 2022. Trata-se de Enzo Fernández, médio do Benfica que até começou a prova no banco, mas após entrar nunca mais largou o lugar de início, terminando mesmo com o prémio de melhor jovem do Qatar 2022. A médio-defensivo ou médio-centro, Enzo brilhou intensamente, dando critério, inteligência e capacidade de trabalho. Terminou a prova com o terceiro valor mais alto de desarmes (22) em termos absolutos, somente atrás de Hakimi (26) e Mateo Kovačić (24), também o terceiro em média (3,5, atrás de Hakimi e Jude Bellingham), mas foi também o sétimo jogador em média de acções com bola por 90 minutos (89,1). Fez um golo e uma assistência.

À sua frente dois jogadores extraordinários, separados por alguns aninhos. Jude Bellingham, de somente 19 anos, provou ser o “patrão” da selecção de Inglaterra, com uma maturidade incrível e uma inteligência de jogo à prova de crítica. Brilhou, como referimos anteriormente, nos desarmes, foi o quarto em recuperações de posse (6,8) e o líder em acções defensivas no meio-campo adversário (3,3). O inglês terminou com o terceiro melhor rating, atrás de dois franceses, um deles Antoine Griezmann. A final não correu bem ao jogador do Atlético, mas Griezmann realizou um Mundial 2022 incrível, como tivemos oportunidade de destacar, com números e mapas, numa peça na véspera da final.

Um neerlandês entre dois extraterrestres

Uma das surpresas deste Mundial 2022, não pela sua já conhecida qualidade, mas pela influência que teve na sua selecção, foi o atacante Cody Gakpo, que surge no “onze” como o melhor ponta-de-lança. Jogador veloz, sem uma posição demasiado fixa, com capacidade para surgir em terrenos mais recuados ou nas alas, fez três golos, um em cada um dos jogos que fez na fase de grupos, e andou com a “laranja” às costas.

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As duas principais figuras do Mundial 2022: Kylian Mbappé e Lionel Messi. A FIFA elegeu o argentino como o melhor da competição, ele que se tornou no jogador com mais partidas em Mundiais, nada menos que 26. Nas contas do nosso rating, Mbappé terminou mais acima, com a mesma nota acumulada de Griezmann – que teria sido o nosso MVP caso tivesse jogado um pouco melhor na final, dividindo, assim, a distinção.

Com a conquista do Mundial, Messi tornou-se, para muitos, o melhor jogador da História. Deixamos esse debate para outros espaços, o que interessa ao caso é que realizou o melhor Mundial da sua carreira, com extraordinários sete golos e três assistências, sendo, a par de Mbappé, o jogador com mais acções para golo (10).

O francês, por seu turno, foi o melhor marcador da competição, com oito golos e um “hat-trick” na final – o segundo em toda a competição, o outro foi o de Gonçalo Ramos. Mbappé fez ainda duas assistências, foi o jogador com mais tentativas de drible (8,4) e o que completou mais (3,7). Extraordinário e uma declaração clara para as futuras eleições de melhor do Mundo.

Destaque ainda para alguns tops importantes do Qatar 2022, em termos absolutos. Messi foi quem mais rematou (32), quem fez mais passes progressivos (48) e sofreu mais faltas (22); Mbappé brilhou nos dribles eficazes (25), Griezmann nos passes para finalização (22). En-Nesyri dominou pelos ares (para mal dos pecados lusos), com 22 duelos ganhos, Hakimi liderou nos desarmes (26), Tchouaméni nas intercepções (14), Gvardiol arrasou nos alívios (37) e Livakovic nas defesas (25).

Parabéns aos eleitos!

Nota metodológica: O “onze” foi elaborado de acordo com o GoalPoint Rating médio dos jogadores que cumpriram mais de 390 minutos no Qatar 2022.

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