O XI da fase de grupos da Champions 20/21 🌠

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A fase de grupos da Liga dos Campeões 2020/21 terminou e o nosso grande destaque vai para a campanha do FC Porto, que só registou uma derrota, na primeira jornada, e em casa do Manchester City, no único jogo em que sofreu golos. Todos os elogios são merecidos para a equipa de Sérgio Conceição, que se apurou no Grupo C com 13 pontos.

Como é hábito, apresentamos nesta fase o melhor “onze” GoalPoint Ratings da fase de grupos da Champions – jogadores com mais de 270 minutos de utilização -, e não podemos deixar de realçar, igualmente, para a presença de dois jogadores portugueses. São eles João Cancelo e Bruno Fernandes, este último com um excelente rating e verdadeiro “abono de família” de um Manchester United que tanto brilha, como anda à deriva – e acabou relegado para a Liga Europa.

Os melhores desempenhos acabaram por chegar de “homens da frente”. Neymar esteve em excelente nível, em especial na última jornada, na qual angariou um 10.0, Erling Haaland continua a espantar o mundo do futebol pela sua capacidade goleadora em tão tenra idade, e depois temos o homem do costume. Lionel Messi foi ele e mais dez (por vezes só mesmo ele) no Barcelona e terminou com um GPR extraordinário. É mesmo o único repetente no “onze” em relação ao da mesma fase da época passada. Vamos aos detalhes. E são muitos.

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Manuel Neuer (Bayern) 7.43 – O guarda-redes bávaro parece estar a voltar aos seus melhores dias, após duas temporadas de algum apagamento. Várias exibições de grande nível (com destaque para a recepção ao Salzburgo – ver tweet em baixo) garantiram-lhe um rating acumulado nesta fase de grupos pouco visto para um guardião. O alemão foi o segundo com mais defesas por 90 minutos (5,4, atrás das 5,5 de Matvei Safonov, do Krasnodar, mas com 27 no total, máximo da prova), correspondendo a extraordinários 87% de remates enquadrados defendidos, o quarto valor mais alto, tendo registado o terceiro (84%) de disparos na sua grande área defendidos. Nas saídas a cruzamentos teve êxito em todos os que enfrentou.

João Cancelo (Manchester City) 6.74 – O melhor lateral desta fase de grupos. O português tem evoluído bastante nesta segunda época no City e realizou algumas exibições muito conseguidas, sendo inclusive o melhor no empate dos ingleses na visita ao FC Porto. Cancelo foi o segundo lateral com mais tentativas de desarme (6,8 por 90 minutos, atrás dos 7,8 de Rafael da Silva, do İstanbul Başakşehir), com 57% de sucesso nesses lances, o que lhe permitiu atingir os 3,8 desarmes conseguidos, o registo mais elevado (2,7 completos, também o máximo). E foi também o lateral com mais tentativas de drible (4,7) e o terceiro nos eficazes (1,8). Está em grande forma.

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Cristián Romero (Atalanta) 7.37 – A campanha da Atalanta foi algo irregular, mas muito forte fora de casa, com três vitórias em três partidas. Ainda assim foi em casa, no empate com o Midtjylland, que o representante do emblema italiano neste “onze” mais brilhou. O argentino Cristián Romero acabou mesmo por ser o melhor central da competição, graças em grande medida a essa partida (ver tweet abaixo), terminando como líder em número absoluto de intercepções, nada menos que 20, correspondendo a 4,9 por 90 minutos. Destaque também para a qualidade de passe no terço defensivo (91% de eficácia) para os 77% de duelos aéreos defensivos ganhos.

Fabinho (Liverpool) 7.19 – A onda de lesões nos “reds” obrigou Jürgen Klopp a improvisar e Fabinho foi uma das “vítimas”. O habitual médio-defensivo foi também utilizado a central e não se deu nada mal. Quarto jogador com mais alívios (7,0), destaque para o passe (normal, sendo Fabinho um médio reconhecido), com 96% de eficácia no terço defensivo, mas também excelentes 8,6 passes progressivos eficazes. Uma bênção para uma equipa com tantos problemas físicos.

Jordi Alba (Barcelona) 6.51 – O emblema catalão atravessa momentos difíceis na Liga espanhola, mas na Champions (excepção para a derrota caseira com a Juventus, por 3-0) o ambiente é mais respirável. A lateral-esquerda do “onze” é ocupada precisamente por um jogador do Barça, Jordi Alba, que nos cinco jogos que disputou fez duas assistências e foi o segundo lateral (atrás de Alex Telles, do Manchester United) com mais passes para finalização (3,0), e o segundo, atrás de Nordi Mukiele (Leipzig), nas ocasiões flagrantes criadas (0,9, todas de bola corrida).

Leon Goretzka (Bayern) 6.96 – Um “monstro” no meio-campo bávaro. O alemão é um médio-defensivo por excelência, mas está em todo o lado, a defender, a construir, a atacar. Terminou esta fase de grupos com dois golos e uma assistência em quatro jogos, com uma média de 3,3 passes ofensivos valiosos por 90 minutos, 2,6 acções defensivas no meio-campo adversário e 100% de duelos aéreos defensivos ganhos. Fundamental na caminhada do Bayern rumo ao título europeu na época passada e igualmente um jogador-chave em 2020/21.

Bruno Fernandes (Manchester United) 7.35 – Não fosse o nome do clube ser um dos maiores da Europa, quase dava vontade de dizer “um desperdício Bruno Fernandes estar onde está”. O United praticamente só funciona quando o português carbura, e isso não é dizer pouco, pois até ao último segundo desta fase de grupos a equipa inglesa lutou pelo apuramento. Não o conseguiu, mas ficaram os números do médio: seis jogos, quatro golos, uma assistência, contributo directo para 39% dos golos do United enquanto em campo, oitavo jogador mais rematador (4,1) em prova, sétimo com mais passes para finalização (3,1), nono em ocasiões flagrantes (0,8).

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Marcus Rashford (Man. United) 7.36 – Ao nível de Bruno Fernandes no United só mesmo Rashford. O atacante inglês evoluiu muito nas duas últimas épocas e, nesta fase de grupos, fez nada menos que seis golos em outros tantos jogos. Veloz, imprevisível, mortífero na finalização, foi o sétimo jogador mais rematador (4,2 por 90m, 3,7 dos quais de bola corrida, o quarto valor mais alto), e o quinto em tentativas de drible (6,6, com 50% de eficácia).

Neymar (Paris SG) 7.55 – A estrela brasileira esperou pela derradeira jornada para brilhar a grande altura, arrancando um 10.0 na goleada ao İstanbul Başakşehir. Neymar completou um “hat-trick” em oito remates (seis enquadrados), ganhou um penálti e criou uma ocasião flagrante. No cômputo geral da prova foi o jogador com mais tentativas de drible (10,5) e só não foi o que somou mais eficazes (5,0) porque houve um “extraterrestre” melhor neste capítulo. O jogador do PSG terminou esta fase com seis golos em cinco partidas e com 24 faltas sofridas, máximo da prova.

Lionel Messi (Barcelona) 9.03 – E chegámos ao “extraterrestre”. Muitos são os problemas que o Barcelona (e Messi) atravessa, mas o astro argentino não desilude, nem quando perde, como foi o caso do 0-3 em casa com a Juventus, na qual reencontrou Cristiano Ronaldo.

[ Os números do embate entre Messi e CR7 na 6ª jornada ]

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O rating acumulado final de Messi nesta fase de grupos não se resume apenas a golos. Ainda assim foram três, mais duas assistências, em quatro partidas, mas há mais que se lhe diga e o argentino aproveitou para bater alguns recordes absolutos, mesmo tendo falhado duas partidas:

    • Jogador com mais remates (28)
    • Jogador com mais passes para finalização (26)
    • Jogador com mais dribles eficazes (23)
    • Máximo de remates num jogo (11), frente à Juventus, na 6ª jornada
    • Máximo de remates enquadrados num jogo (7), neste mesmo jogo
    • Máximo de disparos de fora da área num jogo (8), idem
    • Máximo de passes ofensivos valiosos numa partida (eficazes a menos de 25 metros da baliza contrária), ibidem (19)

Na primeira jornada arrancou logo um 10.0 e prosseguiu a sua participação sempre num nível elevadíssimo. E os números falam por si.

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Erling Haaland (Dortmund) 7.73 – O gigante norueguês nem precisou de jogar os dois derradeiros encontros desta fase de grupos (está lesionado) para arrebatar o segundo melhor rating desta fase. Nas quatro partidas que disputou fez seis golos, o que correspondem a 1,6 tentos por cada 90 minutos, o registo mais elevado. Nem Cristiano Ronaldo (4,3) chegou perto de Haaland na frequência de remate (5,0, dos quais 4,5 de bola corrida) e só mesmo Messi (7,0) o ultrapassou neste detalhe, sendo que ninguém com mais de 1,5 ocasiões flagrantes por jogo aproveitou tanto estes lances como Haaland (71% convertidas de uma média de 1,9). Enquanto esteve em campo, o norueguês fez 67% dos golos do Dortmund. Incrível.

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Menções honrosas

Entre os melhores neste período, mas que, por uma ou outra razão, não couberam neste “onze”, estão estes craques:

Joshua Kimmich 7.58 – É duro, mas o médio do Bayern falha este “onze” por um minuto apenas. Em três jogos marcou um golo e fez três assistências.
Alex Sandro 6.93 – O mesmo aconteceu ao brasileiro ex-FC Porto. O lateral-esquerdo da Juventus só não desaloja Jordi Alba por ter jogado 270 minutos exactos, não entrando no critério definido. Registou 4,0 intercepções por 90 minutos, o segundo valor mais alto em jogadores com pelo menos os menos minutos.
Ciro Immobile 7.3 – A presença imponente de Haaland fecha a porta ao italiano que, ainda assim, em quatro jogos fez cinco golos e uma assistência.
Jadon Sancho 7.24 – No caso de Sancho o culpado é o seu compatriota Rashford, que monopolizou o lado direito do ataque, ou o extremo do Dortmund teria ficado com a vaga. Em cinco jogo fez dois golos e outras tantas assistências.

[ Os “tops” finais da fase de grupos da Champions 2020/21 ]

GoalPoint-Tops-Jornada-8-Champions-League-202021-2-infog
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Confira, jogo a jogo, os números que justificam a eleição dos melhores, na tabela de acompanhamento dos jogos GoalPoint, actualizada poucos minutos após o término de cada encontro da Liga dos Campeões! Pode também encontrar todo o histórico da época neste “link”, incluindo Champions e Liga NOS.

UCL | J6SUMGPRMVPPASxG
1-2
2-2
1-1
1-3
0-3
1-0
3-2
0-1
1-1
5-1
2-0
0-2
2-0
0-0
3-0
0-2
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