A Liga Bwin parou para mais compromissos das selecções, com Portugal a defrontar República da Irlanda e Sérvia na luta por um lugar no Mundial do Qatar. Momento ideal para um “clássico” GoalPoint, revelando o melhor “onze” de portugueses do nosso campeonato, até agora, com base no nosso rating. Eis os eleitos e os seus feitos.
[ Onze eleito com base nos GoalPoint Ratings, entre jogadores com mais de 495 minutos de utilização ]

André Ferreira (P. Ferreira) 6.04 – Com o segunda média mais elevada de defesas por 90 minutos (2,9) entre portugueses, o guardião do Paços apresenta a melhor percentagem de remates de fora da área defendidos (89%) e é, destacado, o líder em defesas seguras (87%). Todas as suas saídas pelo solo foram eficazes.
João Mário (Porto) 6.07 – De médio-ala a lateral-direito titular do FC Porto. O jovem começou a mostrar serviço na época assada e na presente é o dono do lugar. Nestas 11 jornadas soma duas assistências e é o lateral luso com mais tentativas de drible (5,2) e dribles completos (2,7), e o mesmo aplica-se a estas acções no último terço (3,7-1,7). O “dragão” lidera também nas conduções (3,4), conduções aproximativas (3,0) e muito aproximativas (0,7).
Pepe (Porto) 6.32– O melhor central português até ao momento na Liga Bwin, sem surpresa, arriscamos afirmar. Os anos não passam por Pepe, que continua a mostrar velocidade, um posicionamento inatacável e uma grande qualidade no passe. Nos duelos aéreos defensivos (1,4) lidera nos ganhos, com 69%, chegando aos 80% na grande área. Nas entregas é o segundo em eficácia (91%), com 67% completos quando se trata de longos (de 9,0 por 90 minutos), 96% no terço defensivo, 92% no terço intermédio e 74% para o terço ofensivo, assim como lidera nos passes aproximativos (6,9) e muito aproximativos (1,1). Para lavar e durar.

Tomás Ribeiro (Belenenses SAD) 6.06 – Ao seu lado uma das boas surpresas na posição nas duas últimas épocas. Tomás Ribeiro tem sido um dos pilares da Belenenses SAD, e tal como Pepe também se tem destacado no passe, com os mesmos 96% de eficácia para o terço defensivo e 87% para o terço intermédio. Entre centrais portugueses lidera nos alívios (5,3) e é terceiro nos duelos aéreos defensivos ganhos (67%).
Nuno Santos (Sporting) 6.31 – O extremo tem sido regularmente utilizado por Rúben Amorim como ala-esquerdo do Sporting, posição que era ocupada na época passada por Nuno Mendes. Será, talvez, injusto para outros laterais realçar os dois golos e uma assistência registadas esta época por Nuno Santos, mas a verdade é que nos momentos defensivos também vai mostrando serviço. Destaque para 1,5 intercepções por 90 minutos, mas é nos momentos ofensivos que mostra ao que vem, com 1,5 passes para finalização e liderança, entre laterais portugueses, em ocasiões flagrantes criadas (0,5). Sem surpresa, lidera em remates, com 2,4.
João Palhinha (Sporting) 6.38 – O “trinco” leonino vai dando sequência à época passada de sonho. Palhinha continua a ser o “polvo” do costume, dominando por completo, não só entre os portugueses, mas também com todas as nacionalidades à mistura. Em termos absolutos ninguém tem mais desarmes que o “leão” (entre todas as posições), nada menos que 44, mais cinco que o segundo, Fábio Pacheco (embora este lidere na média por 90 minutos, com 4,4). Palhinha comanda também os lusos da posição em acções defensivas no meio-campo contrário (2,6), é segundo no terço intermédio (4,0, atrás dos 4,2 de Fábio Pacheco) e lidera no último terço (0,9). A sua apetência por subir no terreno já lhe garantiu dois golos.

João Mário (Benfica) 6.66 – O médio tem sido um dos jogadores em destaque na época do Benfica, mantendo um nível apreciável apesar da sobrecarga de jogos. João Mário leva um golo e uma assistência, lidera entre médios-centro (de todas as nacionalidades) em passes para finalização (2,8) e passes ofensivos valiosos (4,7), entre portugueses é primeiro passes aproximativos (4,8), segundo em intercepções (1,3) e comanda em acções defensivas no meio-campo contrário (2,2).
Pedro Gonçalves (Sporting) 6.65– Uma lesão afastou “Pote” durante algumas semanas esta temporada, pelo que soma apenas 581 minutos, mas nos sete jogos da Liga em que participou já fez quatro golos, mostrando (se necessário fosse) que tudo o que fez na época passada não foi por acaso. Pedro Gonçalves é, entre médios-ofensivos, o mais rematador da Liga, com uma média de 3,4 disparos por 90 minutos, e também de bola corrida (2,8), sendo líder em passes para finalização (2,0) entre portugueses da posição.

Otávio (Porto) 6.62 – O portista mantém o altíssimo nível que mostrava nas épocas passadas. Nesta fase da temporada soma já quatro assistências, o máximo da Liga (partilhado por seis jogadores), pelo que não espanta que lidere em passes para finalização (3,0, entre todas as posições e nacionalidades), igualmente quando são de bola corrida (2,1, idem). Em passes ofensivos valiosos é segundo (6,8), mas ninguém o bate em passes aproximativos (6,1) e muito aproximativos (1,8), o mesmo acontecendo nos desarmes (2,8) e acções defensivas no meio-campo contrário (3,5). Um garante de equilíbrios defensivos, com peso nas acções atacantes.

Rafa Silva (Benfica) 7.11 – E chegamos ao MVP “tuga” das primeiras 11 jornada das Liga Bwin. O extremo do Benfica, Rafa Silva, comanda os ratings com alguma vantagem, e os números mostram o porquê. Em dez jogos contabiliza cinco golos e três assistências, um contributo directo para 40% dos golos marcados pelas “águias” com Rafa em campo. O internacional luso lidera a Liga (em termos globais) nos passes ofensivos valiosos (8,4), em tentativas de drible (8,4) e dribles completos (4,7) – 4,6 tentados e 2,3 com êxito no último terço, também máximos. Está imparável.

Ricardo Horta (Braga) 6.71 – O “onze” luso fica completo com um dos jogadores em melhor forma no Sporting de Braga. Ricardo Horta é o representante máximo do espírito “guerreiro”, aliando qualidade ofensiva a ume entrega completa ao jogo. Horta regista o segundo mais alto rating entre portugueses, com cinco golos marcados e duas assistências. Encostado mais à linha do lado esquerdo, no apoio ao ponta-de-lança, ou como homem mais adiantado, Ricardo mantém a mesma qualidade, com destaque para 2,2 remates de bola corrida e 4,4 passes ofensivos valiosos (quarto registo entre portugueses de todas as posições).

Outros jogadores à porta do “onze”:
Vitinha Ferreira (Porto) 7.16 – Um daqueles casos de “arrancar os cabelos” (quem os tem). O jovem portista está a fazer uma grande época, mas fica fora do lote de jogadores com mais de 495 minutos. Com pelo menos os seus 442 é o médio luso com melhor eficácia de passe (91%).
Iuri Medeiros (Braga) 6.99 – Outro caso de minutos (436) insuficientes. O atacante do Braga vai driblando as lesões e leva quatro golos em nove jogos, 3,9 remates de bola corrida e 4,8 passes ofensivos valiosos.
André Franco (Estoril Praia) 6.44 – Uma das surpresas desta temporada. O jovem médio vai brilhando numa das equipas em melhor forma na Liga, já com cinco golos e duas assistências. Fica de fora tapado por João Mário e Pedro Gonçalves.
Diogo Leite (Braga) 6.05 – O central emprestado pelo Porto chegou a Braga, viu e venceu. Tapado por Pepe e Tomás Ribeiro, acertou 94% dos passes no terço defensivo e ganhou 65% de duelos aéreos defensivos.
Carraça (Belenenses SAD) 5.99 – Praticamente sem utilização no Porto, Carraça vai justificando nos “azuis”. Já com duas assistências, fica de fora devido à presença de João Mário, seu ex-colega no Porto.
Matheus Nunes (Sporting) 6.14 – Jogador importante na manobra dos “leões”, Matheus Nunes é garante de movimentos de ruptura, mas também de passes certos para o último terço (74%). De fora devido a Pedro Gonçalves e João Mário.
Diogo Costa (Porto) 5.60 – O guardião portista roubou definitivamente o lugar a Marchesín e manteve a baliza inviolada em quatro dos 11 jogos que fez, defendendo 70% dos remates que foram à sua baliza. Mas André Ferreira ficou uns furos acima.
Parabéns aos eleitos!
Descobre outros “onzes” GoalPoint neste link.
Nota metodológica: O “onze” foi elaborado de acordo com o GoalPoint Rating médio dos jogadores que cumpriram mais de 495 minutos na Liga Bwin, no período em questão. Jogadores naturalizados apenas são tidos em conta a partir do momento em que são convocados pela Selecção de Portugal.