O ano civil está a findar e com ele os balanços mais ou menos “obrigatórios”. Esqueçamos a época em curso da Liga NOS, ou mesmo a anterior. Juntemos ambas num só período temporal, de 1 de Janeiro a 31 de Dezembro, para descobrir, com base no nosso GoalPoint Ratings, qual o melhor “onze” do nosso campeonato – com um mínimo de 1330 minutos jogados – em 2016.
“Craques” que falham (por pouco) o XI ideal
Minorando a óbvia injustiça que decorre da eleição de um “onze” ideal destacamos alguns nomes que falham por muito pouco a “titularidade” mas cujo desempenho acima a média, nos últimos 12 meses, merece a chamada menção honrosa.
Bryan Ruiz (Sporting CP) 6.34 – O costa-riquenho pode não estar tão exuberante ou influente em 2016/17 como o foi na época passada mas se lhe dissermos que, na Liga NOS, ninguém somou mais assistências neste ano civil (14) arrumamos logo quaisquer dúvidas. Tivesse o avançado sido mais certeiro (10 ocasiões flagrantes desperdiçadas) e dificilmente não teria lugar de destaque no XI de 2016.
Gelson Martins (Sporting CP) 6.31 – O jovem extremo leonino é outro que falha por pouco o “onze”, aqui por mérito total do companheiro de equipa que lhe rouba o lugar (mas já lá iremos). Ao contrário de Ruiz, Gelson guardou o melhor para a segunda metade do ano e isso impacta claramente o seu rating, “polvilhado” com cinco golos e seis assistências em 2016 bem como uma impressionante média de 2.7 dribles eficazes a cada 90 dos 1.837 minutos que jogou.
Pedro Santos (Sp. Braga) 6.31 – Se Rafa roubou os “holofotes”, títulos e “milhões” no mercado de transferências a verdade é que em Braga ainda ficaram homens capazes de fazer esquecer a herança do agora avançado benfiquista e um deles foi Pedro Santos, protagonista de um 2016 bem com números bem menos humildes do que a sua postura: 11 golos, seis assistências, 1.7 passes para ocasião a cada 90 minutos e 39% de dribles eficazes são alguns números que atestam o seu valor, tudo menos discreto.
Otávio (Vitória SC / FC Porto) 6.23 – Bem cedo indicámos Otávio como exemplo de um jogador cujo desempenho excedia muito o valor atribuído pelo “achómetro”. O brasileiro estava ainda em Guimarães. Regressado ao Dragão começou a época em grande e apenas uma lesão terá supostamente interrompido o inevitável percurso ascendente. Pelo caminho o desequilibrador somou 4 golos e 11 assistências em 2016 saindo vencedor de metade dos 119 dribles que totalizou. Um diabrete.
Diogo Jota (P. Ferreira / FC Porto) 6.19 – Chegou a ser dado como certo no Benfica mas acabou emprestado ao “dragão” pelo comprador Atlético de Madrid. Para trás deixou uma época de precoce afirmação em Paços de Ferreira, cuja confirmação já de “azul-e-branco” não deixa grandes dúvidas sobre o seu valor. Totalizou 10 golos e quatro assistências em 2016, enquadrando 46% dos remates. Venenoso.
As merecidas menções honrosas não ficariam por aqui, com homens como Islam Slimani, Jesús Corona, João Palhinha, Nélson Semedo, Cauê, Maurício Antônio entre outros a ficarem bem próximos dos eleitos mas manda a já comprometida obrigação de síntese refrearmos o nosso apreço pelos bons desempenhos.