Países Baixos 🆚 Argentina | Jogo palpitante apura albiceleste para as “meias”

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Osonho de Lionel Messi em levar a Argentina ao título neste que será o seu último Mundial continua. A selecção albiceleste esteve com o apuramento na mão nos 90 minutos, muito por culpa da magia do seu maior astro, mas um homem vindo do banco os Países Baixos quase deitou tudo por terra e a qualificação só chegou no desempate por pontapés da marca de grande penalidade. Um apuramento bem mais sofrido do que se chegou a pensar, mas merecido, pelo que os argentinos fizeram. Segue-se, terça-feira, a Croácia nas meias-finais deste Qatar 2022.

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Após magia de Messi, emoção chegou quando poucos esperavam

A primeira parte deste jogo dos quartos-de-final do Mundial 2022 começou lenta e aborrecida, sem remates na direcção do alvo (os Países Baixos acabariam mesmo o primeiro tempo sem qualquer remate enquadrado e apenas um disparo, para fora). Até que, num momento de magia pura, Lionel Messi, com um brilhante passe rasteiro, isolou o ala-direito Nahuel Molina que, na cara do guarda-redes contrário, não perdoou

Molina foi mesmo o MVP do primeiro tempo, graças não só ao golo – um dos seis passes progressivos que conseguiu captar -, mas também a uma intercepção e uma acção defensiva já no meio-campo contrário, terminando os primeiros 45 minutos com um GoalPoint Ratingde 6.6. O encontro animou um pouco até ao intervalo, mas mais no que diz respeito aos cartões amarelos (quatro de rajada) do que em lances de perigo (o primeiro tempo acabou com apenas seis acções com bola na grande área contrária para um lado e sete para o outro).

A segunda parte foi seguindo na mesma toada. Os Países Baixos continuavam sem conseguir rematar, apesar de terem mais bola, e só Messi animava o jogo quando embalava pelo meio-campo adversário numa velocidade bem acima de todos os outros. Messi viria mesmo a marcar, num penálti a castigar falta infantil de Dumfries sobre Acuña, e pensou-se que tudo estava decidido. 

Só que os Países Baixos conseguiram reagir, muito por culpa de um homem vindo do banco. Weghorst entrou aos 78 minutos e, aos 83, de cabeça após livre lateral, reduziu para 1-2, naquele que foi o primeiro remate dos neerlandeses direcção do alvo. Depois, em cima do fim do período de descontos, bisou (no segundo e último remate enquadrado da selecção “laranja” na partida), finalizando com classe um livre (muito bem) estudado.

O prolongamento só trouxe emoção a meio da segunda parte, com uma oportunidade de golo para a Argentina, que a partir daí acelerou e somou remates, em deles de Enzo Fernández ao poste, mas a decisão foi mesmo para penáltis. Aí, porém, Messi deu o mote na primeira grande penalidade, Enzo ainda falhou o seu pontapé, mas o sonho da “albiceleste” continua terça-feira, contra a Croácia, nas meias-finais.

[ Não houve um ascendente claro de qualquer uma das equipas ]

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MVP GoalPoint: Wout Weghorst 👑

O avançado de 30 anos do Besiktas saiu do banco para trazer emoção ao jogo. Os Países Baixos perdiam por 2-0 quando entrou, mas foram dele os dois únicos remates enquadrados da sua selecção ao longo dos 120 minutos… e ambos acabaram no fundo das redes, levando a decisão para prolongamento (e penáltis). Marcou o primeiro com um excelente golpe de cabeça e o segundo com um óptimo gesto técnico. Depois, ainda bloqueou um remate que levava selo de golo, acabando a partida com um GoalPoint Rating de 7.4.

Outros Ratings 🔺🔻

Países Baixos

Nathan Aké 6.3

O central do Manchester City esteve em destaque pelas suas cinco intercepções (máximo do encontro), às quais somou dois desarmes e seis recuperações de posse.

Timber 6.1

Foi quem mais acções com bola teve na partida (109) e só perdeu nove dos 93 passes que tentou, compensados por oito recuperações de posse, três intercepções e outros tantos desarmes.

Argentina

Nahuel Molina 6.6

Marcou o primeiro golo do jogo e, nos 105 minutos que esteve em campo, totalizou três passes valiosos e três acções com bola na grande área neerlandesa, a atacar, e cinco recuperações de posse, três alívios e dois cruzamentos bloqueados, a defender.

Lionel Messi 6.5

Um golo (na transformação, com muita classe, de uma grande penalidade) e uma assistência fenomenal que pareciam embalar a Argentina para uma vitória tranquila. Foi quem mais rematou (6) e quem mais passes valiosos (9) fez no jogo e muita das suas arrancadas só foram travadas em falta (sofreu oito ao longo dos 120 minutos).