Em noite de estreia na fase final de um Mundial, arbitrando um não muito exigente Croácia-Camarões, Pedro Proença teve uma noite de acerto, excepto já no final, quando dois jogadores da selecção africana se envolveram em pleno relvado: Assou-Ekotto, jogador dos quadros do Tottenham, encostou a cabeça em Moukandjo, tentando agredi-lo, o que motivou uma enérgica reacção do avançado. O jogo prosseguiu e, no final, Proença terá expulsado Assou-Ekotto – foi visível que este entrou na zona dos balneários de cabeça perdida.

O jogo ficou ainda marcado pela expulsão de Alex Song, que agrediu um adversário na primeira parte. Num jogo com 20 faltas, para além do vermelho a Song, o árbitro português mostrou o cartão amarelo ao brasileiro naturalizado croata, Eduardo da Silva. Sendo ainda cedo para análises comparativas podemos no entanto salientar que a acção disciplinar de Pedro Proença ficou abaixo da sua média de carreira em jogos internacionais no que diz respeito à exibição de cartões amarelos (um, face a uma média de 2,01 exibidos a equipas visitantes) e acima no que toca à mostragem de cartões vermelhos (um, para uma média de 0,09 mostrados a equipas visitadas).
Muito bem os dois auxiliares de Pedro Proença na lei do fora-de-jogo, nomeadamente no lance do segundo golo de Mandzukic, que poderia, pela sua rapidez, induzir em erro Bertino Miranda.
Como avalia a estreia de Pedro Proença no Campeonato do Mundo? Até onde poderá chegar o árbitro português neste Mundial? Identifica diferenças no critério do português na arbitragem dos jogos internacionais por comparação com os arbitrados na Liga Portuguesa? Deixe-nos a sua opinião, obrigado.