Inquestionavelmente, Luisão é o grande “patrão” do Benfica, mas a verdade é que Jardel tem trabalhado para atingir esse estatuto.
Com a saída de Garay, o central brasileiro aproveitou a oportunidade e tem rubricado exibições de grande nível, atingindo o seu melhor momento de forma aos 29 anos.
MURALHA DEFENSIVA
Independentemente do desfecho final desta temporada, Jardel ficará nos livros da história como um dos pilares do Benfica de 2014/15. O brasileiro já leva 38 jogos pelos “encarnados”, num total de 120 desde que assinou em Janeiro de 2011.
Defensivamente, Jardel conta uma média de 3,2 intercepções, 1,5 desarmes, 3,7 recuperações e 4,6 alívios a cada 90 minutos na Liga 2014/15. Números bem superiores aos do capitão Luisão, que conta com 1,9, 1,3, 2,8 e 2,8, respectivamente.
O camisola 33 do Benfica destaca-se pelos 28 desarmes eficazes (68,3%) e pelos 149 duelos ganhos (66,5%). Jardel é dos centrais que apresenta melhores números no nosso campeonato mas as boas referências não se ficam por aqui. Um cenário consistente quando também analisamos os duelos aéreos ganhos. O novo “patrão” da Luz já venceu 95 de um total de 129 (73,6%), superior aos 71 ganhos por Luisão.
Uma comparação que não serve para valorizar nenhum dos centrais perante o outro, uma vez que se trata de uma dupla que se tem complementado, criando uma excelente dinâmica defensiva no Benfica.
Ofensivamente ainda apresenta algumas lacunas, mas esta temporada tem sido decisivo. O central já leva quatro golos, todos eles para o campeonato, sendo que um deles aconteceu diante do Sporting já no período de descontos. Um golo fundamental para as pretensões do Benfica que conseguiu empatar o jogo e continuar na frente do campeonato.
No capítulo do passe, Jardel apresenta uma eficácia de 85,1% no total de 1162 passes realizados com sucesso. Uma percentagem elevada mas normal tendo em conta que a posse de bola do Benfica é feita de forma segura, principalmente na primeira fase de construção que começa com o guarda-redes e os centrais.
O central, que era visto como uma alternativa aos titulares, passou a ser um jogador indiscutível na estratégia defensiva do Benfica. Uma surpresa para muitos, talvez não tanto para o seu treinador, Jorge Jesus.