Festa grande no Estádio do Dragão. O FC Porto ganhou 2-1 ao Chelsea (e Iker Casillas a José Mourinho) na segunda jornada da fase de grupos, mercê de uma exibição que poderia ter trazido números mais gordos.
O Porto apresentou-se com diversas alterações no “onze”, claramente a tentar adaptar-se a um adversário uns furos acima do que encontra na Liga NOS. A maior surpresa foi a inclusão de Martins Indi na lateral esquerda, em vez de Miguel Layún. No meio-campo registou-se o regresso de Giannelli Imbula e Rúben Neves, com André André mais para a direita e Danilo como médio mais recuado. Um desenho cauteloso, numa espécie de 4x4x1x1 que apresentou Yacine Brahimi solto e no apoio a Vincent Aboubakar, mas a descair para a esquerda.

José Mourinho respeitou o Porto. Obi Mikel surgiu como homem mais recuado num meio-campo que tinha a clara missão de conter o futebol portista e jogar pela certa, embora o passe longo para Diego Costa fosse, muitas vezes, a opção. Nemanja Matic e Eden Hazard ficaram no banco, com Ramires a surgir na esquerda e com missão táctica de ser um tampão à primeira fase de construção portista.
RECURSO AOS REMATES DE LONGE
O jogo começou com mais Porto, mais posse de bola e iniciativa, mas encontrou uma barreira defensiva complicada de anular e um meio-campo povoado (dos 11 remates da primeira parte, seis foram realizados de fora da área, o que demonstra dificuldades de penetração), pelo que o domínio inicial foi prontamente interrompido pelo Chelsea, que aos 20 minutos já invertera a tendência e vira Iker Casillas negar dois golos, um deles com Pedro Rodríguez isolado na sua cara.

Neste primeiro tempo destaque para dois médios. Cesc Fàbregas chegou ao intervalo com 31 passes, todos eles bem entregues, e do lado dos “dragões” apenas um jogador conseguiu rivalizar com o catalão: Imbula, com 32 passes e 97% de eficácia! Brahimi (2 remates, ambos enquadrados) ia causando desequilíbrios através de imparáveis “um-para-um” e foi de um disparo seu mal defendido por Asmir Begovic que André André aproveitou para fazer o 1-0 numa recarga oportuna, aos 39 minutos.
Diego Costa deu muito trabalho a Maicon e a Marcano, com 94,4% de passes certos e 57,1% de 14 duelos ganhos. Mas seria Willian a levar o Porto de cabeça baixa para o intervalo. Num livre directo bem apontado, nos descontos, a bola entrou à esquerda de Casillas, que nem se mexeu e queixou-se de não ver a bola partir.
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