O FC Porto venceu em casa o Club Brugge por 1-0 e subiu ao segundo lugar do Grupo G da Liga dos Campeões, com sete pontos, a três do líder Leicester. Para além de reforçar a candidatura aos oitavos-de-final, os “dragões” garantiram, pelo menos, a passagem aos 16 avos-de-final da Liga Europa. Mas nem tudo foi fácil e valeu a exibição portista pela primeira parte, pois na segunda o ascendente foi belga.
O Jogo explicado em Números 📊
- Herrera viu amarelo logo aos três minutos, por cortar um ataque do Brugge potencialmente perigoso. Não impediu isto que o Porto entrasse de rompante, com 78% de posse de bola nos primeiros oito minutos.
- Danilo Pereira e Octávio muito activos nos primeiros 20 minutos, com 26 e 24 toques na bola, respectivamente, em contraste com Diogo Jota, que apenas tocou na bola oito vezes neste período. Nesta altura apenas dois remates para o Porto (nenhum para os belgas), ambos desenquadrados.
- Primeiro remate do Brugge aos 25 minutos, de Wesley, e logo para grande defesa de Iker Casillas. Primeiro disparo enquadrado dos “dragões” aos 33 minutos, à sexta tentativa e por um central, Felipe. Aos 34 a bola foi ao ferro, num livre, e aos 37, Tomás Pina fez autogolo na sequência de cabeceamento de André Silva e colocou o Porto na frente.
André Silva | 37' | Reveja aqui o 1º golo do @FCPorto! #seguejogo na SPORT TV. Adira já na sua box. https://t.co/IESqMuu9a7
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- Intervalo Vantagem natural, mas sofrida, do Porto, que chegou ao intervalo dono do jogo, com 64% de posse, 80% de passes certos, 23 entradas na área, 11 remates, mas apenas dois enquadrados. Destaque inteirinho para Danilo Pereira, que chegou ao descanso na frente do GoalPoint Ratings, com 7.2. O médio conseguiu ganhar 11 dos 12 duelos em que participou, sete de oito aéreos, e ainda somou seis alívios e cinco recuperações. O segundo classificado, Dion Cools, do Brugge, não foi além de 5.9.
- Mudança completa de tendência no início da segunda parte, com o Brugge a atingir os 67% de posse de bola nos primeiros 15 minutos da etapa complementar, após a entrada de Anthony Limbombe ao intervalo para saída de Abdoulaye Diaby. Nuno Espírito Santo respondeu com a saída do apagado Herrera (71,8% de passes certos, nenhum duelo ganho em oito, mas nove recuperações) para a entrada de Rúben Neves.
⏰ 60’ | Porto 1-0 Brugge
Felipe já tem 14 acções defensivas.e fez 1 dos remates enquadrados do Porto.#UCL #FCPCBKV pic.twitter.com/CDp0HuOXaf
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- O balanceamento ofensivo do Brugge foi permitindo ao Porto algumas transições perigosas, com cruzamentos rasteiros invariavelmente perdidos, por chegadas atrasadas dos jogadores alvo dessas entregas. Mas os belgas mandavam e somavam 63% de posse na segunda parte, por volta dos 80 minutos, com sete remates contra seis do Porto (1-2 enquadrados).
- Aos 85 minutos, Casillas realizou uma defesa importante para negar o empate. Resultado ajusta-se, apesar de no segundo tempo o Brugge ter registado 65% de posse, terminando com um total de 52%. Valeu a má pontaria visitante (11 remates, três enquadrados).
O Homem do Jogo 👑
Escasseiam adjectivos para definir a exibição de Danilo Pereira. O médio não assistiu, não marcou, fez somente um passe para ocasião, mas fez dois remates e enquadrou ambos. Porém, a sua exibição pautou-se pela excelência com que deu equilíbrio aos portistas, num exercício de autoridade impressionante. Não é normal um jogador terminar com 8.3 no GoalPoint Ratings sem marcar ou assistir, mas Danilo conseguiu-o. Fez 44 passes, acertou 91% deles, ganhou 17 dos 21 duelos que disputou (!), nove de dez aéreos, e ainda fez oito alívios e recuperou oito vezes a bola. Impressionante!
⏰ 70’ | Porto 1-0 Brugge
Danilo lidera em:
– rem. enquad
– drib. eficazes
– duelos ganhos
– alívios
– faltas sofridas#UCL #FCPCBKV pic.twitter.com/QoJ88JF1CC— GoalPoint.pt ⚽ (@_Goalpoint) November 2, 2016
Jogadores em foco 🔺🔻
- Maxi Pereira 7.0 – O lateral-direito regressou finalmente à titularidade após um grande período lesionado e não desiludiu, com inúmeras incursões pelo seu corredor. Ganhou nove de 16 duelos e ainda fez dois passes para ocasião.
- André Silva 6.1 – Não marcou desta vez (não para a Opta, embora a UEFA lhe tivesse atribuído o golo), mas foi dele o cabeceamento para o autogolo de Pina. Fez três remates e dois passes para ocasião.
- Felipe 6.1 – Teve muito trabalho, em especial na segunda parte. Na etapa inicial fez o primeiro remate enquadrado do Porto e no total realizou 16 acções defensivas, entre elas nove alívios.
- Casillas 6.0 – Teve uma primeira metade tranquila, mas mesmo aí esteve bem, ao realizar excelente defesa ao primeiro remate enquadrado do Brugge. Aos 85 evitou o empate e terminou com quatro intervenções.