O FC Porto voltou a vencer por uns (muito) emotivos 3-2, tal como havia feito há três jornadas frente ao Moreirense, também no Estádio do Dragão. E as semelhanças não ficam por aqui: tal como nessa partida os “azuis-e-brancos” voltaram a somar 23 (!) passes para ocasião e… a sofrer para arrancar os três pontos, num jogo de enorme produção ofensiva polvilhada das habituais fragilidades defensivas que vão marcando a época portista.

Tudo parecia bem encaminhado até ao minuto 62. O Porto trazia do intervalo uma vantagem justa de um golo (com Aboubakar a marcar, algo que já não fazia desde a visita à Luz) e cerca de dez minutos antes tinha chegado a uns mais tranquilos 2-0 por intermédio do laborioso Herrera. Nada fazia prever a “surpresa” que a dupla Jhonder / Danilo Dias (lançada já na segunda parte por Norton de Matos) reservava: dois golos, sempre com o primeiro a assistir e o segundo a marcar. E era assim que, em cinco minutos, o Estádio do Dragão gelava e não era de frio.
A partir desse momento os “azuis-e-brancos” lançaram-se numa avalanche ofensiva que havia de não só surtir efeito ao minuto 87 (Corona) como coroaria um somatório estatístico que quase ameaçava o jogo mais produtivo da Liga NOS em remates e ocasiões (a visita do Benfica a Arouca). Os “dragões” igualaram aliás o recorde de remates enquadrados (11) e nunca tinham criado tantas ocasiões de bola corrida como neste jogo: 20. Vitória merecida mas, como já começa a ser hábito, muito suada.
Arriba Herrera!
O mexicano Hector Herrera pode não ter começado a época nos eleitos de Lopetegui mas lentamente tem reconquistado o seu lugar, já com José Peseiro. Depois de ter sido o melhor em campo GoalPoint na Luz Herrera voltou a destacar-se pelos números, num jogo onde atingiu o seu sétimo golo, tornando-se o terceiro melhor marcador dos “dragões” na Liga NOS, batido apenas por Aboubakar (12) e Corona, este por apenas mais um golo e obtido também neste jogo. Apesar de não ter somado qualquer assistência Herrera reclamou quatro dos 23 passes para ocasião dos “azuis-e-brancos” e poderia até ter bisado, numa excelente iniciativa individual. Uma noite em grande.
No Porto toda a gente produziu e bem, do meio campo para a frente. Do miolo para trás… nem por isso. Muitas fragilidades defensivas, num jogo onde os “dragões” sofreram dois golos em apenas cinco remates permitidos. Mau rácio. Do lado unionista o destaque vai todo para Jhonder e Danilo Dias, pelas razões já explicadas, mas Diego Galo (que já aqui destacámos várias vezes esta época) e o guardião Ricardo também merecem uma palavra: enquanto o central igualou o recorde de alívios defensivos da Liga NOS (17) o guardião que rendeu Gudiño ainda travou seis remates para golo, sendo grande responsável pela tardia confirmação da vitória de um Porto que não quer ver fugir os rivais.
Nota: Os GoalPoint Ratings resultam de um algoritmo proprietário desenvolvido pela GoalPoint que pondera exclusivamente o desempenho estatístico dos jogadores ao longo da partida, sem intervenção humana. Clique para saber mais.
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