Porto: Menos jogos e dificuldade progressiva
Atribuir o mérito do planeamento da pré-temporada do FC Porto a Lopetegui é provavelmente excessivo e apenas possível a quem não conheça os pormenores da “tarefa”: o timing de chegada do treinador espanhol permitiu-lhe, no máximo, validar o trabalho que já estaria a ser preparado. Mas ao validá-lo Lopetegui certamente mostrou já clarividência: o Porto apostou numa época com menos partidas (apenas sete, contra oito dos “encarnados” e dez dos “leões”) e numa evolução crescente do grau de dificuldade dos adversários (2,7 de dificuldade média global), opções naturais para um clube que projectaria já, no momento de planificar, uma profunda reestruturação do plantel, com a necessidade de muito trabalho de casa rumo ao entrosamento que um grupo tão modificado iria exigir.
O Porto termina a pré-temporada não só como o único dos três grandes que não perdeu qualquer jogo como também o que obteve melhor média de pontos por jogo (2,4). A juntar a isso, os “dragões” registam ainda um goal average francamente positivo, com uma média de 3,3 golos marcados contra apenas 0,7 sofridos apesar de terem defrontado duas equipas da Premier League e o quarto classificado da Ligue 1. Estando o grupo certamente ainda longe do que Lopetegui espera atingir, o Porto tem motivos para acreditar que planeou, em teoria, uma pré-temporada adequada. A prática apenas a partir desta sexta-feira poderá ser confirmada.
