José Mourinho não está a ter vida fácil na sua “cadeira de sonho” na Premier League. O impensável vai sucedendo: ao fim de 14 jogos o “special one” tem pior registo do que Van Gaal e David Moyes, os nada impressionantes sucessores do cada vez mais “insubstituível” Sir Alex Ferguson.
– Van Gaal: 25 points from 14 games.
– Moyes: 22 points from 14 games.
– Mourinho: 21 points from 14 games. pic.twitter.com/kzlX0rzDmk
— SPORF (@Sporf) December 4, 2016
Neste momento o United de Mourinho (6º com 21 pontos) está aliás mais próximo do último classificado da Premier (Swansea) que do primeiro, que é, por ironia suprema, o Chelsea, com 34 pontos. No entanto, a malapata do português já não é de agora e envolve mais do que um clube: Mourinho conquistou apenas 36 pontos nos últimos 30 jogos disputados na Liga inglesa. Irreconhecível.
Mas para lá das dificuldades do setubalense em pôr a outrora temível máquina de Manchester a funcionar, sobressai outro “falhanço” (temporário?), tão ou mais espectacular, dificilmente mais económico: Paul Pogba.
O jogador mais caro do mundo chegou a Manchester por 105 milhões de euros, após uma longa novela de Verão, com um EURO 2016 (pouco conseguido) pelo meio. Desde que chegou a Manchester, Pogba realizou 18 jogos, entre Premier League e Liga Europa. Se lhe somarmos o EURO 2016, o total de partidas disputadas desde Junho chega às 25. E apesar do francês ser até dos mais produtivos no arranque de época soluçante dos “red devils” existem números incontornáveis que apontam num sentido: todos esperávamos mais de Pogba.
O médio totaliza assim 2147 minutos jogados, durante os quais marcou cinco golos e somou… uma única assistência. No total são seis intervenções directas em golos das suas equipas, uma a cada 358 minutos em média.
Se lhe dissermos que, na última época ao serviço da Juventus, Pogba totalizou nove golos e 14 assistências em 3769 minutos jogados na Serie A e Champions League, o “eclipse” actual torna-se evidente. Nesses tempos o médio-centro influenciava o marcador a cada 164 minutos. Sendo certo que Pogba vai sendo influente noutros domínios do jogo do United é difícil não concluir que se espera mais daquele que pulverizou a história mundial das “transfer fees”.
Que o francês é um jogador com muito potencial poucos questionam mas o “price tag” que lhe foi atribuído é daqueles que exige rendimento imediato.