O futebol é um dos maiores negócios ao nível mundial. É um setor que movimenta uma enorme quantidade de dinheiro, como é fácil comprovar a cada janela de transferência, olhando para os valores das transações entre os clubes ou prémios da UEFA, sejam eles de competições nacionais ou europeias. E, evidentemente, não se pode deixar de mencionar o que pode ser a maior fonte de recursos do desporto moderno – as receitas de marketing e os media sociais.
Porém, para conseguir saborear uma fatia maior do bolo, é necessário estar na elite. Sim, existem diferenças significativas entre os lucros de uma divisão principal ou secundária. Em Portugal não é diferente e os clubes que desejam ter sucesso financeiro precisam invariavelmente de estar a disputar a Primeira Liga.
Assim, vejamos então o que está por detrás desta necessidade.
As razões para estar na Primeira Liga em Portugal
A primeira boa razão para se perseguir um lugar no principal escalão de Portugal são os valores dos contratos dos direitos televisivos. Mais do que os lucros de bilheteira, que tendem obviamente a aumentar conforme existem partidas com os maiores clubes do país, o grande ganho está nas quantias pagas pela televisão aos clubes da liga principal, forçosamente muito superiores àqueles das demais divisões. E, enquanto os dividendos com os bilhetes podem variar, em caso de uma campanha oscilante, os da televisão permanecem firmes durante todo o ano.
A segunda razão é o facto de a Primeira Liga ser o caminho para aceder às competições europeias, seja a Europa League ou Champions League. E ainda que as ambições de conquista sejam limitadas, um determinado clube pode engordar os cofres se conseguir avançar até à fase de grupos. Além disso, disputar uma vaga com algum gigante europeu certamente chama a atenção não apenas dos adeptos lusos, mas de toda a comunidade futebolística mundial.
Terceira razão, mas não menos importante. Também há que se considerar a grande vitrina que se tem numa liga maior. Formar e vender jogadores é uma fonte de rendimentos imprescindível que, inclusive, se destaca nos relatórios de contas dos clubes. Logo, se a política desportiva for vender a prata da casa, estando numa liga maior, mais facilmente se chega a esse objetivo.
Por outro lado, também é necessário contar com reforços. O preço que se paga por um goleador da primeira Liga é certamente superior a um de divisões menores. Inversamente, é mais fácil atrair talentos, especialmente de mercados estrangeiros, quando a equipa disputa as maiores competições futebolísticas.
O outro lado do Futebol
Estar presente na divisão de elite também tem um impacto significativo no que concerne aos negócios paralelos ao futebol em si.
O mercado de apostas desportivas é um bom exemplo. Uma casa de apostas online de primeira linha, como a Betano, inclui os jogos da Primeira Liga – e somente dela – na sua página dedicada a este desporto em Portugal. Nela, há diversas modalidades de apostas, desde o simples resultado da partida até factos relacionados à postura em campo.
As inúmeras opções atraem milhares de apostadores, o que cria uma visibilidade extra ao clube, e aumenta o interesse dos adeptos por saber como está a equipa, quem são seus jogadores, diretor técnico ou qual a sua forma de jogar.
Qual é então o segredo?
Com efeito, poderia um clube menor, tal como o Famalicão, estando na Primeira Liga, atingir um patamar de igualdade com o trio de ouro do futebol português, nomeadamente Benfica, Porto e Sporting? Esta não é uma pergunta simples, e não há uma resposta fácil.
Os grandes clubes dispõem de uma legião de adeptos, uma história sólida de conquistas e – falando ao nível de mercado – uma marca já estabelecida no cenário nacional, europeu e mundial. Os “três grandes” portugueses ocupam um espaço e, para um clube pequeno competir com eles é preciso força e determinação para encontrar o seu próprio lugar ao sol. Isso requer vitórias e conquistas significativas no plano desportivo, o que só se pode conseguir com uma boa gestão de suficiente quantidade de recursos.
Como isso só está disponível no escalão principal, é fundamental estar e permanecer ali, preferencialmente por vários anos. Logo, se o futebol é cada vez mais business, a Primeira Liga de Portugal é o melhor plano de negócios.