O resultado do sorteio da Liga dos Campeões não parecia mau para o FC Porto. À excepção do Leicester, os “dragões” encontravam campeões de Ligas reconhecidamente mais fracas que a portuguesa, e o apuramento parecia bem ao alcance.
Certo é que à entrada para a última jornada, o passaporte para os oitavos-de-final ainda não está carimbado e o Porto tem sentido dificuldades em todos os jogos. Um dos motivos pode ter que ver com o estilo de jogo das equipas que encontrou.
Na Liga NOS o Porto disputa uma média de 26,3 duelos aéreos por jogo, vencendo 60% dos mesmos. Até está entre as equipas mais eficazes pelo ar, mas a verdade é que tipicamente opta por jogar a bola rente à relva, algo que com o Leicester, Copenhaga e Club Brugge tem sido bem mais difícil. Ora vejamos.
Fonte: GoalPoint.pt / Opta
As quatro equipas do Grupo G, com o Leicester à cabeça, são as que mais duelos aéreos disputam em toda a Liga dos Campeões, e graças a elas o Porto tem sido “obrigado” a disputar mais 16,5 duelos por jogo do que faz no campeonato. Tendo em conta a maior valia/hábito dos opositores em explorar esse recurso, a eficácia dos “dragões” também diminuiu, com particular incidência num jogador.
Felipe, que no campeonato não chega aos três duelos aéreos por jogo e ganha 70% dos mesmos, disputa na Liga dos Campeões uma média de 8,4, e a sua eficácia desce para 48%.
Destaque ainda neste capítulo para o Benfica. Os “encarnados” são a equipa com pior eficácia aérea da prova (36%) e os quatro jogadores mais avançados (Salvio, Cervi, Gonçalo Guedes e Mitroglou) já disputaram um total de 34 desses lances, tendo ganho apenas quatro (!).
Não é por acaso que os dois jogadores mais eficazes pelo ar em prova são do Besiktas, Tosic (100%) e Marcelo (88%).