A Selecção de Portugal está a um triunfo de garantir a presença no Mundial de 2018, isto na sequência da vitória (sofrida) na visita a Andorra, por 2-0. Neste encontro, aparentemente fácil, os campeões da Europa precisaram de lançar Cristiano Ronaldo na segunda parte (começou no banco) para desatar um nó que poderia “apertar-se”, mercê do nulo com que se chegou ao descanso. O capitão entrou para resolver e ficou no ar a ideia de que, sem ele, a história poderia ter sido outra e bem menos risonha.
Ao olharmos para o passado recente da Selecção portuguesa no que toca a fases de qualificação para grandes competições (últimas três), chegamos à conclusão de que, de facto, Portugal nunca esteve tão dependente da estrela do Real Madrid para se apurar para fase finais de grandes competições. Os números são claros.
No que se refere ao Mundial de 2014, Ronaldo apontou oito golos nos 900 minutos que esteve em campo e fez três assistências, o que corresponde a 40% do total de tentos lusos e uma influência (golos + assistências) de 55% na produção ofensiva portuguesa. Números altos que, contudo, correspondem a bem mais minutos e ainda a participação num “play-off” – no qual Ronaldo marcou quatro golos à Suécia, três deles fora.
No apuramento para o Euro 2016, Ronaldo fez cinco dos 11 golos de Portugal, terminando com 45,5% dos tentos e de influência directa. Algo bem abaixo do que se verifica agora. Para o Mundial de 2018, com apenas 675 minutos jogados, Cristiano soma 15 dos 30 golos lusitanos, mais três assistências, pelo que, nesta fase, o capitão representa 60% de influência em todos os golos marcados. Palavras para quê…
⏰ 67’ | 🇦🇩 Andorra 0 – 1 Portugal 🇵🇹
62% dos 29 golos de Portugal na campanha foram marcados ou oferecidos por #CR7 ⭐#TeamPortugal pic.twitter.com/N9wuwknvV2
— GoalPoint.pt ⚽ (@_Goalpoint) October 7, 2017