Sheriff 🆚 Braga | Erros individuais punidos em Tiraspol

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O adversário desta primeira mão do play-off da Liga Europa não era pêra-doce. O Sheriff de Tiraspol chegou da Liga dos Campeões onde, no grupo de Inter, Real Madrid e Shakhtar, lutou até quase ao fim pelo apuramento, tendo mesmo ganho em casa aos ucranianos e em pleno Santiago Bernabéu aos “merengues”. O Braga foi sem medo, teve ascendente em relação aos moldavos, mas dois erros individuais – e muita dificuldade para criar lances de perigo – acabaram por ser fatais e ditar uma derrota por 2-0. Há que dar a volta agora na Pedreira.

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Em termos de posse de bola, os minhotos estiveram quase sempre por cima no primeiro tempo, mas tiveram de lidar com a boa organização defensiva dos moldavos, que limitaram a produção atacante dos portugueses a somente três remates, dois enquadrados. Perto do descanso, o árbitro, com a ajuda do VAR, vislumbrou um braço na bola de Castro na grande área e Sebastien Thill não desperdiçou o castigo máximo. Uma sensação de injustiça pairava em Tiraspol.

O jogo manteve a toada no segundo tempo, com o Braga ainda mais interessado em chegar ao golo, para anular a desvantagem, mas as dificuldades para criar perigo mantiveram-se. Muita bola, ataques, mas as acções com bola na área eram praticamente as mesmas de lado a lado. Só que aos 82 minutos, os da casa ampliaram. Adama Traoré aproveitou uma escorregadela do central Bruno Rodrigues, isolou-se e não falhou. Um desfecho penoso para a equipa de Carlos Carvalhal que terá muito que fazer em casa para chegar à fase seguinte da Liga Europa.

[ Os muitos passes entre os centrais do Braga mostram a dificuldade minhota em “furar” ]

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Stefanos Evangelou 8.0 – O central grego foi uma parede para as pretensões bracarenses. Melhor em campo nesta partida, Evangelou terminou com números defensivos incríveis. Ao todo fez 21 acções defensivas – quatro desarmes, quatro intercepções, oito alívios, um bloqueio de remate, quatro de passe e ainda fez um corte decisivo. Teve frieza para subir e somar cinco acções defensivas no meio-campo contrário.

Yan Couto 5.9 – O melhor do Braga foi o lateral brasileiro, que tentou carrilar muito do jogo da equipa pelo flanco direito. Ao todo somou cinco cruzamentos de bola corrida, um eficaz, e fez cinco conduções aproximativas. Não chegou.

Pedro Tudela
Pedro Tudela
Profissional freelancer com mais de duas décadas de carreira no jornalismo desportivo, colaborou, entre outros media nacionais, com A Bola e o UEFA.com.