Braga 🆚 Estoril | Gverreiros mais certeiros erguem o “caneco”

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SÓ nos penáltis o nó desatou em Leiria, na final da 17.ª edição da Taça da Liga, entre SC Braga e Estoril. Os “canarinhos” entraram melhor, Cassiano abriu o “placard”, 14 minutos depois Ricardo Horta deixou tudo empatado, a segunda parte foi caótica e menos interessante e a final voltou a ganhar emoção da sentença das grandes penalidades. Ninguém falhou até que chegou a vez de Tiago Araújo, que rematou com força, mas sem direcção. Os minhotos festejaram, o treinador Artur Jorge não escondeu a emoção e os estorilistas não conseguiram um inédito troféu.  

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Frieza minhota derruba “canarinhos”

Na inédita final da 17.ª edição da Taça da Liga, “gverreiros” e “canarinhos” foram protagonistas de primeiros 49 minutos de bom nível. Os da Amoreira entraram praticamente a vencer quando, ao minuto seis, Cassiano não vacilou e bateu Matheus da marca dos 11 metros, punindo uma entrada de José Fonte sobre o atacante.

Os bracarenses não acusaram o golpe, os dois laterais projectaram-se, João Moutinho assumiu a batuta e as ocasiões de perigo começaram a ser uma constante (apesar de pouco claras) junto à baliza de Dani Figueira. Até que, ao minuto 20, Ricardo Horta assinou uma obra de arte que deixou o guardião contrário pregado ao relvado.

O ritmo de jogo não baixou, mas o empate perdurou até ao descanso. O capitão Ricardo Horta era a unidade em foco neste período com dois remates, um golaço, um cruzamento, 19 acções com a bola e um cartão amarelo conquistado que lhe davam um GoalPoint Rating de 6.5.

O segundo período esteve longe de ser empolgante. O emblema da Linha corrigiu as marcações, o duelo entrou numa fase em que o medo de sofrer apoderou-se dos dois conjuntos e apenas a seis minutos dos 90 houve registo de uma boa oportunidade, que pertenceu aos minhotos, mas Pizzi não ultrapassou a muralha erguida por Dani Figueira. 

Com tudo empatado, o sucessor do FC Porto foi desvendado da conversão de grandes penalidades. Ricardo Horta marcou, Volnei atirou a contar, João Moutinho “bateu bem”, Alejandro Márquez fez o mesmo, Abel Ruiz fez o 3-2 para os bracarenses, Matheus ainda tocou na bola, mas não conseguiu defender o remate de Heriberto Tavares, Pizzi não vacilou, Wagner Pina deixou tudo empatado, Al Musrati não destoou e a fava calhou a Tiago Araújo, que não acertou no alvo e entregou em bandeja de ouro a terceira Taça da Liga para a turma do Minho.

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MVP GoalPoint: Ricardo Horta 👑

Quando a equipa mais precisou dele, o capitão assumiu as rédeas e comandou a conquista da terceira edição da Taça da Liga para o clube  sempre que marcou em finais, e o Braga saiu na mó de cima. Além do golaço, foi ainda certeiro na cobrança de grandes penalidades, terminando o jogo com três remates, 39 acções com a bola – três na área contrária -, três passes progressivos recebidos, três duelos ganhos, quatro perdidos, duas acções defensivas, duas recuperações de posse e sete perdas do esférico. O camisola 21 foi o MVP desta final com um GoalPoint Rating de 6.7.

Outros Ratings 🔺🔻

Destaques do Braga

Abel Ruiz 6.3

Foi o primeiro a tentar dar a volta à desvantagem, muito móvel, gizou um remate, dois passes para remate, 24 acções com a bola – quatro na área adversária -, venceu três duelos e perdeu quatro.

João Moutinho 6.1

Pura classe, naquela que foi a sua primeira conquista da Taça da Liga. É o “maestro” do Braga e voltou a exibir-se em pleno com um remate, dois passes para remate, 85 passes certeiros em 94 feitos (eficácia de 90%), 111 acções com a bola – máximo da final -, ganhou seis duelos, perdeu sete, alcançou cinco recuperações de bola, dez perdas e quatro acções defensivas.

Vítor Carvalho 6.0

Formou uma boa dupla com João Moutinho na zona central. Chegou às sete acções defensivas, seis duelos conquistados, dois perdidos e desperdiçou apenas dois dos 39 passes realizados (eficácia de 95%).

Paulo Oliveira 5.6

Cassiano deixou-lhe algumas “dores de cabeça” mas conseguiu aguentar-se acabando a partida com um remate, 95 acções com a bola, sete recuperações de bola, sete perdas de bola e quatro acções defensivas.

José Fonte 4.8

Ligado ao lance que redundou no primeiro golo da noite, fez três passes progressivos, venceu dois duelos, seis perdas de bola e duas recuperações de bola.

Destaques do Estoril Praia

Cassiano 6.4

Bom jogo do avançado que “moeu o juízo” a José Fonte e Paulo Oliveira. Sofreu a falta e cobrou com precisão a grande penalidade, soube pressionar os defensores contrários tendo ainda amealhado dez acções com a bola e um cartão amarelo conquistado.

João Marques 6.3

De volta ao onze, o médio ofensivo orquestrou dois remates, dois passes progressivos, 21 recebidos, seis duelos ganhos, apenas um perdido, oito perdas de bola e seis acções defensivas.

Mateus Fernandes 6.1

Boa exibição do “box-to-box” ele que foi autor de um remate, seis passes falhados em 32 (81% de eficácia), acertou quatro dos cinco passes longos feitos, ganhou 11 duelos (máximo na final), perdeu oito, atingiu as 11 perdas de bola, seis recuperações de bola, seis faltas (máximo na partida), três faltas sofridas e sete acções defensivas.

Koba Koindredi 5.3

Poderá ter feito o último jogo nos “canarinhos” numa altura em que se fala numa possível transferência para o Sporting. Na folha de serviços registou um remate, oito passes eficazes em nove tentados, cinco duelos conquistados, três perdidos, dois dribles eficazes em quatro tentados, uma recuperação de bola, cinco perdas de bola e duas acções defensivas.

Guitane 4.6

Teve uma recaída durante o aquecimento e isso poderá ter condicionado a exibição. O certo é que não desequilibrou, acabando por passar ao lado do encontro. Não realizou nenhum remate, dos 11 passes feitos, falhou três de risco, atingiu as cinco acções com a bola na área do Braga e foi certeiro em apenas dois dos seis dribles que arriscou.

Leonel Gomes
Leonel Gomes
Amante das letras, já escreveu nos jornais A Bola, Público e o O Jogo, dedicando-se também ao Social Media Management desde 2014. Tornou-se GoalPointer na "janela de mercado" do verão de 2019.