Sporting 🆚 Nacional | Pesos pesados saltam do banco para resolver

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Demorou, mas acabou por acontecer com naturalidade. Ao intervalo, este jogo dos quartos-de-final da Taça da Liga estava empatado sem golos e Rúben Amorim – talvez no seu derradeiro jogo como treinador leonino – teve de lançar Gyökeres e Trincão para abanar com o jogo. E abanou mesmo, com os golos todos a surgirem a partir dos 53 minutos até ao 3-1 final, com um bis do atacante sueco pelo meio. Sporting em frente na competição.

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Domínio leonino

Quase só deu Sporting no primeiro tempo, com muita posse e remates, mas sem a clarividência de outros jogos. O Nacional ia tapando bem os caminhos para a sua baliza e limitando a qualidade das finalizações leoninas. Ainda assim, os homens de Alvalade poderiam ter chegado em vantagem ao intervalo (xG), pois esteve sempre por cima no jogo.

Com Gyökeres em campo ao lado de Harder e Trincão em campo, lançados ao intervalo, o Sporting intensificou o seu domínio e o golo acabou por surgir com naturalidade, por Hjulmand, num remate cruzado. Estava feito mais difícil, prova disso o 2-0, pouco depois, por Gyökeres, de grande penalidade. O Nacional ainda reduziu por Rúben Macedo, mas Gyökeres recolocou a vantagem em dois golos através de um “míssil” num livre directo.

[ Quase se sente a vontade leonina em atacar olhando para os posicionamentos médios ]

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O Jogo em 5 Factos

1. Muita chegada à área

A superioridade leonina foi total e o Sporting terminou a contenda com 43 acções com bola na área contrária, mais 31 que o Nacional.

2. Loucos pelo drible

Os jogadores do Sporting não tiveram problema em partir para cima do adversário em busca do drible e tentaram-no por 50 vezes, com sucesso em 21 delas

3. Domínio aéreo

O “leão” não marcou qualquer golo de cabeça, mas dominou nos duelos aéreos ofensivos, com oito ganhos em 11. Também defensivamente a formação de Alvalade esteve melhor, com nove duelos aéreos ganhos em 13.

4. Matheus Reis o progressista

O defesa do Sporting esteve muito bem no passe, com 76 completos em 93, mas esteve particularmente activo nos passes progressivos, com 15 realizados, de longe o máximo do encontro.

5. “Leão” do fair-play

Não é muito habitual nas competições lusas ver equipas com apenas cinco faltas cometidas, mas foi precisamente isso que o Sporting fez. O Nacional cometeu 12 infracções.

MVP GoalPoint: João Aurélio 👑

Exibição incrível do experiente defesa dos insulares. As estrelas leoninas brilharam, mas João Aurélio foi o MVP, com pouco usuais 11 desarmes e 13 duelos ganhos em 19. E ainda registou três passes para finalização e dois cruzamentos de bola corrida eficazes em três tentados.

Outros Ratings 🔺🔻

Maxi Araújo 7.2

O uruguaio foi o principal municiador do ataque leonino, mesmo que Rúben Amorim tenha necessitado de Gyökeres e Trincão para desbloquear o jogo. Maxi fez estupendos sete passes para finalização, recebeu 12 passes progressivos, registou dez acções com bola na área contrária e tentou nove vezes o drible (com sucesso em três), tudo máximos. Os cinco maus controlos de bola penalizam-lhe a nota.

Viktor Gyökeres 7.0

O sueco entrou para desbaratar as marcações insulares e acabou com dois golos marcados, embora ambos de bola parada, de penálti (que o próprio sofreu) e de livre directo. Enquadrou dois de quatro remates e ainda falhou uma ocasião flagrante.

Pedro Tudela
Pedro Tudelahttps://goalpoint.pt/
Profissional freelancer com mais de duas décadas de carreira no jornalismo desportivo, colaborou, entre outros media nacionais, com A Bola e o UEFA.com.