Vitória SC 🆚 Porto | “Super” Samu espalha brasas no Castelo

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OFC Porto foi irresistível na segunda parte e saiu do Castelo vimaranense com um precioso e justo triunfo. A primeira parte foi do pior que já se viu nesta edição do campeonato, com inúmeras interrupções, faltas assinaladas, bolas perdidas e muito pouco futebol. Tudo foi diferente na etapa final, os “azuis-e-brancos” tiveram superioridade na zona central do terreno e descobriram um “furação” no ataque que tomou de assalto a área contrária. Samu Omorodion espalhou veneno com dois golos plenos de oportunismo, sendo que Pepê dissipou quaisquer dúvidas…

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“Dragão” dinamitou “conquistadores”

Muita parra e muito pouca uva na primeira parte. Houve muita tensão, principalmente nas bancadas – o duelo esteve parado alguns minutos -, mas o futebol praticado dentro das quatro linhas defraudou as expectativas e ficou abaixo daquilo que era esperado. Ainda assim, os “dragões” foram a única equipa a criar algum perigo com o lance protagonizado por Nico González a ser o mais vistoso…

Tudo foi diferente na etapa final. O FC Porto foi mais objectivo nas investidas à baliza contrária, explorando a verticalidade de Samu Omaradion, e a estratégia resultou em pleno. Primeiro, o campeão olímpico espanhol finalizou a preceito uma assistência de João Mário, 11 minutos volvidos foi accionado por Francisco Moura, ligou o turbo e bateu com classe Bruno Varela. Atordoado, o Vitória foi apanhando os cacos e apenas aos 77′ conseguiu criar um lance com pés e cabeça, mas Gustavo Silva não logrou acertar no alvo. Para consumar o triunfo, Francisco Moura voltou a ter precisão e ofereceu o 3-0 final a Pepê.

Triunfo categórico e justo do FC Porto, que desta forma cola-se ao Sporting na liderança da prova. Os “leões” sobem ao palco neste domingo na recepção ao AVS. Os vitorianos, que não sabem o que é travar os portistas no Estádio D. Afonso Henriques desde 2015/16, somam a segunda derrota na temporada e estacionam na classificação com 12 pontos.

[ Os posicionamentos médios apontam para um (inexistente) equilíbrio ]

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O Jogo em 5 Factos

1. Aposta certeira

Samu assumiu a titularidade e justificou a aposta com uma partida plena de oportunismo. Batalhou na primeira e aproveitou o desgaste dos defensores contrários para deixar a marca dele com três remates, dois golos, nove passes progressivos recebidos (recorde no duelo), quatro duelos conquistados, apenas um passe falhado em 17 feitos, atingiu as cinco recuperações de bola e as oito perdas da posse. 

2. Não há Otávio? “No problem”

No final do encontro, Vítor Bruno admitiu que “riscou” Otávio deste jogo para proteger o defensor das críticas. Zé Pedro foi chamado à acção e não claudicou. O central foi a terceira melhor unidade do FC Porto, fruto de um remate, seis passes progressivos, três duelos conquistados em quatro, cinco recuperações de boça e 15 acções defensivas, entre os quais dez alívios – dois recordes no jogo. Obteve um rating de 6.9 e a avaliação apenas não foi mais elevada devido aos quatro passes de risco que cometeu. 

3. Vitorianos sem sal no ataque

Exibição para esquecer… ou talvez não da equipa de Rui Borges. Os anfitriões nunca conseguiram criar lances de perigo, correram sempre atrás do prejuízo e saíram da partida com apenas sete remates (um enquadrado) e 11 acções com a bola na área contrária.

4. Chuva de passes… falhados

Nervos em franja e muitos passes desperdiçados. O Vitória falhou 69 – 14 dos quais de risco – em 282 tentados (eficácia de 80%), já os portistas apresentaram o mesmo número de passes sem a direcção esperada (69), sendo que 23 foram de risco em 357 realizados (eficácia de 84%). No terço defensivo, os “dragões” acumularam 14 perdas do esférico e o adversário apenas três.

5. “Dragões” mais faltosos

O FC Porto fez mais do dobro das infracções do Vitória, foram 18 faltas face às sete do opositor.

MVP GoalPoint: Francisco Moura 👑

Começa a soltar-se, ao cabo do segundo jogo de dragão ao peito, e foi fundamental no triunfo alcançado neste sábado. Francisco Moura deu asas ao ataque na etapa final e foi determinante com duas assistências, num total de três passes para remate, 37 passes correctos em 46 tentados (eficácia de 80%), cinco passes progressivos, dois super progressivos, 66 acções com a bola, três das quais na área contrária, venceu dois duelos em sete, acumulou sete recuperações de bola, 13 perdas da posse e seis acções defensivas. O antigo lateral-esquerdo do Famalicão foi o MVP com um rating de 8.0.

Outros Ratings 🔺🔻

Destaques do Vitória

Tomás Ribeiro 6.6

Podia ter feito melhor, no plano posicional, mas isso raramente tem consequência estatística. Fora isso foi o melhor da equipa da casa com 11 duelos vencidos em 14 realizados e 14 acções defensivas acumuladas, ficando apenas atrás de Zé Pedro.

Tomás Händel 5.3

Foi engolido pelo meio-campo do FC Porto. Fez um remate, dois passes para remate, oito passes falhados em 46 tentativas, sendo que dois foram de risco, 11 perdas de bola, três acções defensivas e oito duelos vencidos em 12 tentados.

 

Destaques do Porto

João Mário 6.4

Começa a afastar-se da “sombra” de Martim Fernandes. Esteve em foco com uma assistência, dois passes para remate, quatro centro eficazes em cinco tentados, seis conduções progressivas (máximo) e atingiu os 202 metros de progressão através de conduções de bola – recorde no embate.

Nehuén Pérez 6.0

Jogo sólido e consistente. Realce para oito acções defensivas, cinco duelos vencidos em sete realizados e 54 passes certos em 59 tentados.

Nico González 6.0

Autor de três remates, dez duelos conquistados em 23 realizados, quatro recuperações de bola e seis acções defesivas.

Alan Varela 6.0

Destacou-se com um remate, 62 acções com a bola, 11 perdas de bola e três acções defensivas.

Pepê 5.8

Estava a passar ao lado do jogo até que calou os críticos com um golo pleno de oportunismo. Realizou dois remates no total, falhou cinco passes em 22 tentados, sendo que dois foram de risco, numa eficácia de 77%, venceu apenas três duelos em 15 e atingiu as 15 perdas de bola.

Galeno 5.7

Longe do que tem feito neste arranque de temporada, protagonizou um remate, dez passes falhados em 29 tentados (eficácia de 66%), cinco duelos vencidos em 12 tentados e 15 perdas da posse.

Eustáquio 5.3

Foi uma das supressas no onze no dia em que comemorou o 100.º jogo com as cores azuis. Regular, gizou duas recuperações de bola, atingiu as 11 perdas e cinco acções defensivas.

Leonel Gomes
Leonel Gomeshttps://goalpoint.pt/
Amante das letras, já escreveu nos jornais A Bola, Público e o O Jogo, dedicando-se também ao Social Media Management desde 2014. Tornou-se GoalPointer na "janela de mercado" do verão de 2019.