Sporting 🆚 Benfica | Águia sorri nos penáltis e vence 8ª Taça da Liga

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F oram precisos 14 penáltis para desempatarem Benfica e Sporting em Leiria, com as “águias” a erguerem o troféu. Uma primeira parte jogada a um ritmo frenético, equilibrada, com vários lances de perigo de parte a parte e muitas acções ofensivas nas grandes áreas adversárias terminou com uma igualdade a um, depois de Scheljdrup ter aberto o activo com um belo golo e Gyökeres empatado de penálti. Na segunda metade a velocidade diminui, e muito, e com o passar dos minutos percebeu-se que o medo de perder começava a superar a vontade de ganhar, seguindo a decisão para os pontapés da marca de grande penalidade. Aí, à 14.ª, Trubin defendeu o remate de Trincão e deu às “águias” a oitava Taça da Liga da sua história.

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Primeira parte vertiginosa, segunda adormecida

O encontro começou a todo o gás. Primeiro foi o Benfica a acercar-se da baliza do Sporting, com um futebol mais apoiado, depois os “leões” a responderem, mais em transição, e a serem os primeiros a criar perigo. As coisas seguiram nesta toada e Israel também disse presente na baliza do Sporting. Com as equipas a encontrarem muitos espaços depois de furarem a primeira linha de pressão contrária, cheirava a golo de um lado ou de outro e foi o Benfica que marcou. Scheljdrup passou por Eduardo Quaresma, que até aí tinha estado muito firme, ajeitou para o pé direito e atirou colocado para um belo golo.

Um tento que não mudou o jogo, com os lances de perigo a continuarem junto das duas balizas. Quenda ameaçou o empate, Pavlidis o 2-0, Quaresma também criou perigo e, perto do intervalo, Florentino derrubou Maxi Araújo na grande área “encarnada”. Gyökeres converteu um penálti, que Trubin quase defendeu e foi tudo empatado para os balneários, com as estatísticas também equilibradas: Benfica com um pouco mais de posse de bola, Sporting com mais um remate enquadrado e um elevado número de acções na grande área contrária de parte a parte (18 para os “leões”, 16 para as “águias”).

A segunda parte trouxe um jogo menos vertiginoso. O Benfica com mais bola, mas sem ameaçar, o Sporting a tentar sair rápido sempre que podia, mas lances de perigo só a meio do segundo tempo, com Israel a travar remates de longe de Di María e Kökçü. Com o passar dos minutos o Sporting também começou a conseguir ter alguma bola no meio-campo contrário, mas sem ameaçar Trubin. As mexidas que os treinadores foram introduzindo não trouxeram muito de novo e tudo foi decidido nos penáltis, onde toda a gente marcou até Trubin defender o remate de Trincão.

[ mapa de passes ]

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O Jogo em 5 Factos

1. Equilíbrio a vários níveis

O jogo em Leiria foi equilibrado em quase tudo, não apenas no resultado. A posse de bola foi de 50% para cada lado e vários outros dados estatísticos foram também nivelados, como o número de duelos ganhos (67 pelo Sporting, 65 pelo Benfica) ou o número de passes falhados (56 por parte dos “verdes e brancos”, 55 por parte dos “encarnados”).

2. Benfica rematou mais, Sporting mais na área

O Benfica terminou os 90 minutos com 16 remates (quatro na direcção do alvo), o Sporting com dez (três no alvo). Contudo, os “leões” terminaram a partida com número superior de acções com bola na área contrária. 

3. “Encarnados” melhores na pressão e desarme

O Benfica pressionou mais alto do que o Sporting e conseguiu mais acções defensivas do que a turma de Rui Borges no meio-campo contrário: 18, contra apenas 11 dos “verdes-e-brancos”. A nível defensivo, os “encarnados” superiorizaram-se ainda claramente no desarme (26-18) e nas intercepções (13-7).

[ As acções defensivas do Benfica ]

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4. “Leões” mais fortes no drible e a galgarem metros

A nível do drible foi o Sporting a levar a melhor, com 38 tentados e uns impressionantes 17 completados, face aos apenas sete dribles concretizados pelo Benfica em 22 tentados. Os “leões” apostaram claramente mais em transições com a bola nos pés, com um total de 1123 metros ganhos em conduções de bola em progressão, contra apenas 777 do Benfica.

[ As conduções com bola do Sporting ] 

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5. “Águias” bem mais fortes pelo ar

O Benfica superiorizou-se claramente quer nos duelos aéreos defensivos (ganhou seis dos oito que disputou) quer nos ofensivos (ganhou seis de dez), com os “leões”, apesar da estatura dos seus jogadores, a ficaram um pouco para trás neste detalhe.

MVP GoalPoint: Andreas Schjelderup 👑

O atacante norueguês só jogou 45 minutos, mas chegou para ter o melhor rating entre todos os que estiveram em campo, muito por culpa da etapa complementar de menor qualidade. Numa primeira parte frenética, o norueguês assinou o golo (de belo efeito, num lance que tinha 0,08 de xG) do Benfica, não falhou qualquer passe, totalizou seis acções na grande área do Sporting e foi quem mais conduções progressivas (4) e super progressivas (2) logrou no encontro, sendo ainda bem-sucedido em dois dos cinco dribles que tentou. 

Outros Ratings 🔺🔻

Destaques do Sporting

Viktor Gyökeres 6.7

Marcou, de penálti, o golo do Sporting e foi o jogador com mais acções na grande área contrária (10) em todo o encontro, mas só ganhou dois dos 14 duelos que travou, perdendo por 15 vezes a bola. Como sempre disponível e muito solicitado pelos colegas, recebeu 15 passes progressivos (máximo do jogo).

Ousmane Diomande 6.5

Arriscou (e bem) no passe, com sete  longos concretizados em dez tentados e sete passes progressivos (cinco dos quais super progressivos). A defender destacou-se pelos quatro alívios efectuados.

Morten Hjulmand 6.2

O capitão leonino esteve imperial nos duelos, ganhando 13 dos 17 que travou (mais do que qualquer outro jogador em campo). Foi também quem mais bolas recuperou (nove) e ainda fez três desarmes e bloqueou dois remates. Não esteve tão bem no passe, com apenas 84% de eficácia nesse capítulo, perdendo 11 vezes a bola.

Eduardo Quaresma 6.0

Voltou a ser a escolha de Rui Borges para lateral-direito (e a ser substituído a meio do segundo tempo, com evidente cansaço no rosto) e foi por ele que Schjelderup teve de ultrapassar para marcar o golo do Benfica, tendo sido, no total, ultrapassado por três vezes em drible. A única lacuna num desempenho defensivo sólido, com seis alívios e quatro desarmes. E ainda teve uma boa oportunidade para marcar, depois de uma excelente desmarcação pela direita, em que acabou por rematar ao lado, de pé esquerdo.

Maxi Araújo 5.6

O uruguaio foi o jogador que mais duelos travou no jogo (21), ganhando 11 deles. Foi também o jogador que mais metros progrediu com bola (207) e o que mais dribles completou (seis, em 12 tentados). Foi ele que conquistou a grande penalidade que resultou no golo do Sporting, mas somou 14 perdas de bola.

Destaques do Benfica

Tomás Araújo 6.8

Mais um bom jogo do central a lateral-direito. Tomás Araújo criou uma ocasião flagrante em três passes para finalização, ganhou dez de 14 duelos, incluindo os três aéreos defensivos, e acumulou cinco desarmes, segundo valor mais alto da partida.

Ángel Di María 6.2

Não brilhou como na meia-final, contra o Braga, apesar de ter sido o jogador que mais rematou no encontro (seis remates, dois no alvo), sempre de fora da área. Foi um dos jogadores que mais vezes perdeu a bola (19), mas foi ele que se serviu Schjelderup para o golo do Benfica, num dos dois passes para finalização que efectou na partida. 

Álvaro Carreras 6.2

A atravessar um excelente momento de forma, o lateral-esquerdo espanhol foi quem mais tentou o cruzamento (seis cruzamentos, dois dos quais precisos) e foi um dos jogadores com mais acções defensivas no meio-campo contrário (quatro). Ganhou metade dos 14 duelos que travou, mas perdeu 19 vezes a bola.

Otamendi 6.1

O capitão do Benfica foi quem mais passes falhou no encontro (nove), mas foi também o jogador que mais acções teve na partida (80). Totalizou 12 acções defensivas, incluindo quatro alívios, três intercepções e três desarmes

Florentino 5.9

O médio-defensivo das águias foi, de longe, o jogador que mais acções defensivas teve no jogo (16, quatro das quais no meio-campo ofensivo), entre elas nada mais, nada menos do que nove desarmes. Foi o jogador do Benfica que mais duelos travou (19) e também o que mais ganhou (12). Só não esteve feliz no passe, falhando cinco de alto risco, e a nota é afectada pela grande penalidade que cometeu.

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