Benfica 🆚 Barcelona | Raphinha castiga desperdício “encarnado”

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N um jogo em que esteve desde o minuto 22 em superioridade numérica, o Benfica viu-se novamente derrotado pelo Barcelona, uma vez mais por um golo de Raphinha. Desta feita, ao contrário do que havia acontecido no jogo louco de Janeiro, e apesar dos muitos lances de perigo, com os dois guarda-redes em grande plano só houve um golo, assinado pelo internacional brasileiro, que aproveitou um mau passe de António Silva para fazer a diferença. Com um homem a mais, o Benfica passou muito tempo no meio-campo contrário, chegou inúmeras vezes à grande área do Barça, mas não foi capaz de marcar.

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“Águia” errou atrás e esbarrou em Szczęsny

A primeira metade começou com os dois guarda-redes a brilharem. Primeiro Szczęsny, logo no primeiro lance do encontro. Depois, com o Barcelona a impor-se e a instalar-se no meio-campo contrário, foi Trubin a mostrar o que vale, com três grandes intervenções no mesmo lance. O Barça estava por cima, tinha 74% de posse de bola, mas aos 22 minutos viu-se reduzido a dez jogadores. A partir daí o Benfica passou mais tempo no meio-campo catalão, rematou mais, mas houve lances de perigo junto de ambas as balizas e muitas acções com bola nas grandes áreas de parte a parte.

A segunda parte começou com o Benfica melhor e a somar mais alguns lances de perigo. Só que a meio do segundo tempo, António Silva colocou a bola nos pés de Raphinha e este atirou para o único golo da partida. O Benfica tentou recompor-se, voltou à carga, chegou a ter quatro pontapés de canto consecutivos perto do fim, terminou a partida com 26 remates (oito no alvo) e umas impressionantes 47 acções na grande área do Barcelona, mas não evitou a derrota.

[ O Benfica acabou o jogo “em cima” do Barça ]

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O Jogo em 5 Factos

1. Benfica com novo mínimo de duelos ganhos

O Benfica ficou-se pelos 51 duelos ganhos, o seu pior registo na presente edição da Champions. A sua média na prova era de 62,2 duelos ganhos por jogo e nunca tinha ganho menos de 55. O Barcelona também levou a melhor neste capítulo, ganhando 68 duelos.

2. Barcelona melhor no passe

Bem à sua imagem, o Barcelona terminou o jogo com uma eficácia de passe superior a 85% (os catalães só erraram 58 passes em 392 tentados). O Benfica, ainda assim, melhorou neste capítulo no segundo tempo, e após ter terminado a primeira parte com uma eficácia de passe de apenas 73,4%, acabou a partida com 82,7%.

3. Muitas acções na área do Barça

O Benfica terminou a partida com 47 acções na grande área contrária, o seu máximo na presente edição da competição. Contudo, acabou com três ocasiões de golo flagrantes, tantas como as logradas pelo Barcelona, que só teve 19 acções na grande área do Benfica.

4. Aposta nos passes e conduções progressivas

O Benfica terminou também o encontro com o seu máximo de passes progressivos na prova (48) e com 14 conduções progressivas, igualando o seu recorde nesta edição da Champions. Ao todo, progrediu 1045 metros em condução. A sua média, até aqui, era de pouco mais de 635 metros ganhos em condução por jogo.

5. Catalães consistentes na defesa 

Perante o caudal ofensivo do Benfica face à superioridade numérica, o Barcelona viu as suas capacidades defensivas testadas ao máximo e respondeu com 38 alívios e dez remates bloqueados, superando claramente os seus máximos na competição até aqui.

MVP GoalPoint: Wojciech Szczęsny 👑

O guarda-redes polaco tinha pecado no anterior embate com o Benfica, mas teve desta feita uma noite imaculada, coroada com nada mais, nada menos do que oito defesas, cinco das quais em remates já dentro da sua grande área e uma delas a negar o golo numa ocasião flagrante. Terminou o jogo com 0,9 golos evitados na relação defesas – xSaves.

Outros Ratings 🔺🔻

Destaques do Benfica

Anatoliy Trubin 7.0

Se na baliza do Barcelona Szczęsny foi o MVP da partida, Trubin, na do Benfica, foi o jogador com melhor rating do lado das “águias”. Fez quatro defesas a remates dentro da área, três delas no mesmo lance, negando três ocasiões flagrantes ao Barcelona. Só não defendeu o remate de fora da área de Raphinha, que ainda sofreu um pequeno desvio em Otamendi.

Kerem Aktürkoğlu 6.6

Foi quem mais remates fez na direção do alvo, mas desperdiçou uma ocasião flagrante. Recebeu 12 passes progressivos (máximo do encontro) e teve um total de oito acções na grande área do Barcelona, fazendo ainda três passes para remate.

Fredrik Aursnes 6.3

Só errou cinco passes em 52 tentados (eficácia de 90%). Esteve discreto em termos defensivos, mas ainda assim somou duas intercepções e recuperou cinco vezes a posse de bola.

Nicolas Otamendi 6.3

Jogador do Benfica com mais acções na partida, ganhou 13 dos 20 duelos que travou. A defender, destacou-se com nove alívios. Contudo, deixou-se driblar em três ocasiões, duas delas no terço defensivo.

Andreas Schjelderup 6.0

De volta à titularidade, o jovem atacante norueguês fez três passes para remate e acertou os dois cruzamentos que tentou, mas só concluiu um drible durante os 67 minutos que esteve em campo e ganhou apenas quatro dos dez duelos em que esteve envolvido na partida.

Orkun Kökçü 5.9

Dois remates no alvo, dez passes progressivos e cinco passes longos precisos em sete tentados. O turco foi ainda o jogador do Benfica que mais metros progrediu em condução, mas foi também o que mais bolas perdeu (18), duas delas no terço defensivo.

Vangelis Pavlidis 5.3

Depois do “hat-trick” de Janeiro ao Barcelona, desta vez ficou em branco, apesar de ter sido quem mais remates fez (seis, mas nenhum na direcção da baliza) e de ter totalizado 13 acções dentro da grande área do Barça. Fez três passes para remates de colegas, mas só ganhou sete duelos em 20.

Destaques do Barcelona

Raphinha 6.8

O internacional brasileiro voltou a ser o carrasco do Benfica e, além do golo, criou ainda uma ocasião flagrante, fez dois passes para remates dos colegas e teve oito acções com bola na grande área do Benfica.

Pedri 6.8

Uns impressionantes 53 passes acertados em 58 tentados (91% de eficácia), ganhou mais de metade dos duelos que travou (nove em 16), recuperou dez vezes a posse de bola (máximo do encontro) e foi também quem mais metros progrediu em condução (170), num jogo em que mostrou bem toda a sua classe.

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