A papel químico do último jogo do Sporting, em casa ante o Estoril Praia. Gonçalo Inácio inaugurou o marcador, Viktor Gyökeres ampliou, o adversário reduziu e o sueco fechou a contagem de penálti em 3-1. Coisa rara que o nosso Antunes nunca viu, mas foi isso mesmo que aconteceu. O “leão” foi melhor na primeira parte, o Casa Pia assumiu as rédeas da partida na segunda, mas não evitou a primeira derrota caseira desde Agosto de 2024.



“Leão” sempre no controlo
O Casa Pia começou melhor a partida, com bola e iniciativa atacante, mas aos poucos o Sporting começou a travar as investidas contrárias e assumiu o comando das operações, chegando ao golo por Gonçalo Inácio, a marcar pelo segundo jogo consecutivo, de cabeça, após cruzamento de Quenda. Tal como no anterior desafio, com o Estoril Praia, logo a seguir a Inácio marcar foi Gyökeres a fazê-lo, num lance típico pela esquerda. Responderam os “gansos” perto do fim do primeiro tempo… num autogolo de Ricardo Esgaio que manteve o jogo vivo.
Bem os homens da casa no arranque do segundo tempo, a criar diversos lances de perigo, o maior aos 52 minutos, com José Fonte a obrigar Rui Silva a uma grande defesa. Os “leões” recuavam em demasia, sem grande ligação com o ataque, mas iam aguentando as investidas contrárias. E numa das subidas leoninas, Duplexe Tchamba fez falta sobre Trincão na área e Gyökeres, de penálti, fez o 3-1, igualando na perfeição a mesma evolução do resultado, com os mesmos protagonistas, do jogo ante o Estoril Praia. Logo a seguir, Tchamba evitou, em cima da linha, a evitar o “hat-trick” do sueco.
[ mapa de passes ]

O Jogo em 5 Factos
1. “Leão” bem mais perigoso
No final do jogo os Golos Esperados (xG) não deixavam margem para dúvida. O Sporting foi mais perigoso e terminou com 2,3 xG, bem acima dos 0,4 dos “gansos”.
2. O dobro das acções na área
Apesar de algum domínio casapiano no segundo tempo, tal de nada valeu aos homens da casa. O Sporting conseguiu sempre chegar à área adversária e terminou com 28 acções com bola nesta zona, o dobro do que registaram os anfitriões.
3. Muitos dribles completos
Palavra especial neste detalhe para o Casa Pia. Os “gansos” tentaram 12 vezes o drible e tiveram sucesso em nove. O Sporting também esteve bem neste detalhe, embora com melhor eficácia, completando dez de 23.
4. Casa Pia pressionante
Os números finais foram mais ou menos equilibrados, mas os casapianos terminaram com ligeira vantagem nas acções defensivas no meio-campo contrário. Foram 15, contra 12 dos homens de Alvalade.
5. “Gansos” melhor pelo ar
Nos duelos aéreos, o Casa Pia esteve melhor que o Sporting. Os da casa venceram 62% dos 13 duelos aéreos ofensivos que disputaram e 60% dos defensivos.
MVP GoalPoint: Viktor Gyökeres 
O sueco está definitivamente de volta à melhor forma. Tal como na derradeira jornada, Gyökeres bisou, sendo um dos golos de penálti, foi o mais rematador da partida, com seis tentos, enquadrou quatro, perdeu uma ocasião flagrante, somou quatro passes para finalização, recebeu 13 progressivos, acumulou o máximo de acções com bola na área contrária (11), completou três de sete tentativas de drible e registou sete conduções progressivas e cinco super progressivas (ambas segundo valor mais alto da Liga). De negativo os sete maus controlos de bola.
Outros Ratings 🔺🔻
Destaques do Casa Pia
Leonardo Lelo 7.0
De longe o melhor elemento do Casa Pia. O lateral-esquerdo registou o segundo melhor rating do jogo, com oito duelos ganhos em 13, uma ocasião flagrante criada em três passes para finalização, completou as três tentativas de drible e acumulou 12 acções defensivas, com destaque para quatro desarmes e três intercepções.
Destaques do Sporting
Gonçalo Inácio 6.6
O central marcou pela segunda jornada consecutiva. Além disso, Inácio ganhou três de seis duelos aéreos e registou oito recuperações de posse.
Fresneda 6.5
Mais um bom jogo do lateral espanhol. Jogador com mais duelos disputados (18), ganhou oito deles. Além disso, registou dois passes para finalização, teve eficácia em dois de quatro cruzamentos de bola corrida e somou quatro desarmes. Contabilizou o máximo de perdas de posse (22).
Geny 6.2
O moçambicano vai entrando aos poucos para ganhar ritmo e já vai deixando a sua marca. Entrado aos 64 minutos, Geny criou uma ocasião flagrante e fez um passe de ruptura.
Rui Silva 5.8
O guardião leonino acabou por ter algum trabalho e respondeu sempre bem, terminando com três defesas e com 0,5 golos evitados (defesas – xSaves).
Trincão 5.8
Jogo de altos e baixos para o extremo. Trincão fez quatro remates, mas não enquadrou nenhum. Em 18 passes errou somente um, somou cinco acções com bola na área contrária e sofreu falta para grande penalidade. Tirando isso esteve algo discreto.