Benfica 🆚 Nacional | Águia vence jogo com recorde de ocasiões

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N um jogo com três penáltis e em que foram muitas as ocasiões flagrantes, o Benfica – com muitas novidades no “onze” – entrou com tudo, marcou cedo e antes da meia-hora já ganhava por 2-0. À beira do intervalo Samuel Soares defendeu uma grande penalidade e no segundo tempo as oportunidades de golo continuaram para um lado e para o outro, mas o Nacional não foi capaz de aproveitar nenhuma e foram as “águias” a arrumar em definitivo com a questão, com Pavlidis – que foi suplente – a fazer o 3-0 final ao converter a segunda grande penalidade do Benfica no jogo.

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Chuva de ocasiões e triunfo folgado das “águias”

Minutos iniciais de sentido único, com o Benfica a ameaçar e a marcar mesmo, por Amdouni, numa perda de bola do Nacional em zona proibida. As “águias” continuaram a dominar, chegaram ao segundo de penálti e, à meia-hora, levavam sete remates, todos na direcção da baliza (terminaram o primeiro tempo com nove no alvo em dez). A partir daí, porém, o Nacional passou a ter alguma bola (a posse no primeiro tempo foi de 53% – 47% a favor do Benfica). Os madeirenses até tiveram mais acções defensivas no meio-campo do adversário e, em cima do intervalo, os insulares beneficiaram também de uma grande penalidade, defendida por Samuel Soares.

O segundo tempo começou com um remate de Bruma à trave, mas o Nacional apresentou-se mais subido no terreno no segundo tempo e também criou perigo, com as ocasiões flagrantes a acumularem-se junto de uma e de outra baliza. Mas foi o Benfica, que terminou a partida com 12 remates enquadrados e 32 acções na grande área do Nacional, a voltar a marcar, novamente de penálti, desta feita por Pavlidis, já para lá do minuto 90.

[ Houve equilíbrio nos posicionamentos médios ]

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[ A análise de Bruno Francisco à vitória do Benfica ]

O Jogo em 5 Factos

1. Novo máximo de ocasiões flagrantes

Foram oito para o Benfica e quatro para o Nacional: 12, ao todo, as ocasiões flagrantes no encontro, batendo o máximo do campeonato até à data, que era de 11, na recepção do Sporting ao Estrela da Amadora. Isso reflectiu-se também, naturalmente, nos Golos Esperados (xG), com o Benfica a fixar o terceiro valor mais alto da Liga (4,3) e o Nacional o seu máximo (2,5)… mas também o recorde de ineficácia da prova.

2. Benfica muito eficaz no remate

O Benfica terminou a partida com 18 remates. Dois terços deles (12) levaram a direcção da baliza e houve ainda um a embater na trave. Os primeiros sete remates das “águias” na partida foram todos no alvo e ao intervalo a eficácia nesse capítulo era de oito em nove. Só uma vez esta época o Benfica tinha acertado mais remates (16) na baliza para o campeonato (curiosamente – ou não -no anterior jogo em casa na prova, frente ao Boavista).

3. Certeza no passe de parte a parte

Ambas as equipas terminaram o encontro com percentagens de eficácia de passe acima dos 80%. O Benfica esteve melhor também a esse nível, com 85,2% (face aos 80,1% do Nacional). Ainda assim, as “águias” falharam 14 passes de alto risco e os madeirenses 18.

4. Mais de metade dos dribles das “águias” bem-sucedidos

Outro aspecto positivo do jogo do Benfica este sábado esteve no drible. Os “encarnados” tentaram-no por 26 vezes e em 14 delas tiveram sucesso.

[ Os dribles do Benfica, a azul os eficazes ]

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5. Equilíbrio nos duelos

Se nalguns aspectos do jogo a supremacia das “águias” foi evidente, no que toca aos duelos o Benfica também levou e melhor, mas o equilíbrio foi a nota dominante, com 60 ganhos pelos “encarnados” contra 56 do Nacional. Pelo ar o Benfica ganhou 50% dos duelos defensivos e apenas 42% dos ofensivos.

MVP GoalPoint: Orkun Kökçü 👑

O médio turco não perdoou na conversão do castigo máximo que deu o 2-0 ao Benfica e, além disso, esteve em grande no capítulo do passe: 90% de eficácia, com cinco passes para finalização e dez passes progressivos (ambos máximos do encontro), criando ainda uma ocasião flagrante.

Outros Ratings 🔺🔻

Destaques do Benfica

Zeki Amdouni 7.8

O suíço fez três remates enquadrados em três tentados, com um deles a resultar no primeiro golo do jogo. Foi um dos jogadores que mais passes progressivos recebeu no encontro e um dos que mais duelos travou (16, levando a melhor em metade) e esteve forte no drible, concluindo três dos quatro que tentou.

Leandro Santos 7.0

O jovem lateral-direito criou uma ocasião flagrante, totalizou quatro passes super progressivos, ganhou dez duelos em 16 e foi um dos jogadores com mais desares no encontro (cinco).

Nicolás Otamendi 6.5

Só perdeu dois duelos pelo ar (um no ataque, outro na defesa), foi o jogador que mais passes acertou no encontro, recuperou oito bolas e fez quatro intercepções.

Samuel Soares 6.2

De volta à titularidade, depois de Trubin ter jogado a meio da semana contra o Barcelona, defendeu a grande penalidade de Dudu Teodora a fechar a primeira parte e fez ainda mais duas defesas, num total de 1,1 golos evitados (defesas – xSaves).

Bruma 6.1

Não marcou (enviou uma bola aos ferros), desperdiçando duas ocasiões flagrantes e foi um dos menos inspirados no drible do lado das “águias”, completando apenas dois em sete. Esteve muito em jogo, com 60 acções e 11 passes progressivos recebidos, mas foi quem mais bolas perdeu no jogo (22).

Andrea Belotti 5.9

Este sábado titular como homem mais avançado do Benfica, o italiano não marcou, apesar de ter terminado a partida com 1.18 Expected Goals e de ter acertado no alvo os três remates que efectuou, mas foi o jogador com mais acções na grande área adversária no jogo e numa delas conquistou a grande penalidade que ditou o segundo golo dos “encarnados”.

Álvaro Carreras 5.9

Apenas quatro passes falhados em 53 tentados, incluindo oito longos acertados em 11 e ainda 11 passes progressivos (máximo do encontro). Ganhou quatro dos oito duelos que travou.

Destaques do Nacional

Lucas França 7.1

Acabou o jogo com nove defesas, quatro delas a negar ocasiões flagrantes, terminando a partida com um total de 2,1 golos evitados (Saves-xSaves).

Ulisses 6.9

O central brasileiro totalizou 13 acções defensivas, incluindo cinco desarmes e quatro alívios, perdendo apenas dois duelos em dez.

Dudu Teodora 3.6

Noite para esquecer: duas ocasiões flagrantes desperdiçadas (entre elas uma grande penalidade), acabando em branco apesar dos 1.62 xG. Só ganhou quatro duelos em 11 e viu-se desarmado por três vezes (mais do que qualquer outro jogador).

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