Famalicão 🆚 Porto | Dragão falha assalto à liderança

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O Porto entrou para o jogo em Famalicão sabendo que uma vitória colocaria a equipa com os mesmos 33 pontos que o líder Sporting. Contudo, o empate final coloca, ao invés, a equipa no terceiro lugar, empatado com o Benfica, mas em desvantagem no confronto directo e nos golos. O “Fama” marcou na única oportunidade que teve no primeiro tempo, o “dragão” reagiu bem no segundo tempo e chegou mesmo a dar a volta ao marcador, mas o futebol é uma caixinha de surpresas.

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Clímax e anticlímax

Quase só deu Porto no primeiro tempo. Muita bola, cruzamentos (14 na primeira parte, metade eficazes), acções na área contrária, mas o “dragão” pecou no mais importante, na eficácia de remate, somando somente um enquadrado em oito. Ao invés, o Famalicão fez valer aquela que foi a sua única verdadeira oportunidade, com Óscar Aranda a aproveitar uma defesa incompleta de Diogo Costa para fazer o único tento da etapa inicial.

O Porto começou a segunda parte de rompante, com Samu a empatar a partida aos 52 minutos. O Famalicão estava a sentir muitas dificuldades para sair e travar a velocidade e boas combinações portistas, mas então veio o lance que marcou a partida. Galeno deu a Samu a possibilidade de dar a volta ao marcador e conseguiu-o, porém, após revisão do VAR, o árbitro anulou o bis do espanhol por braço de Pepê na área uns momentos antes. Penálti para o “Fama”, porém, Aranda permitiu a defesa de Diogo Costa e tudo ficou na mesma: 1-1.

[ Quase só deu Porto ]

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O Jogo em 5 Factos

1. Cruzar em busca da felicidade

Isto foi o que o Porto fez. Os “dragões” usaram os cruzamentos de bola corrida como forma de fazerem golo, terminando com 22 (9 eficazes), novo máximo da equipa no campeonato, bem acima da média de 12 por jogo até aqui.

2. Dois recordes seguidos

Na jornada transacta falámos da “atitude” dos jogadores portistas, que fixaram novo máximo de duelos individuais ganhos (60) ante o Casa Pia. Em Famalicão, os “dragões” mantiveram a bitola e fixaram mais uma vez o valor mais alto de duelos vencidos, desta feita com 62

3. “Dragão” faltoso

Outra prova dessa “atitude” portista foi o número de faltas que os “azuis-e-brancos” cometeram neste desafio. Ao todo foram 19, novo máximo da equipa na Liga, quando a média era de cerca de 14 por desafio. Eustaquio fez seis e igualou o máximo de um jogador numa só partida.

4. Porto conquista área minhota

A pressão portista foi constante e esse facto originou um elevado número de acções com bola na área contrária, no total 40. Em comparação, o Famalicão não passou das seis na outra extremidade do campo.  

5. Pressão portista

O sentido quase único do jogo fica também patente no número de acções defensivas no meio-campo contrário. O Porto pressionou bastante e acumulou 20, contra sete do “Fama”.

MVP GoalPoint: Otávio Ataide 👑

O central do Porto foi fundamental nesta partida, muito por culpa da sua grande velocidade, que lhe permitiu anular contra-ataques venenosos por parte do Famalicão. O brasileiro foi o melhor em campo, com dois passes para finalização, 92% de eficácia nas entregas, 13 passes progressivos (máximo), o valor mais alto de acções com bola (96), dois duelos aéreos defensivos ganhos em quatro, nove recuperações de posse (valor mais elevado), três intercepções e um corte decisivo.

Outros Ratings 🔺🔻

Destaques do Famalicão

Enea Mihaj 6.1

Muito atento o central albanês do Famalicão. Mihaj ganhou os dois duelos aéreos defensivos que disputou e acumulou excelentes 15 acções defensivas, com destaque para oito alívios e dois bloqueios de remate.

Zaydou Youssouf 6.0

O médio, talvez a grande figura dos minhotos, fez um jogo competente, definido por oito duelos ganhos em 12, sete recuperações de posse e cinco desarmes (um dos máximos do jogo).

Destaques do Porto

Martim Fernandes 7.3

Grande jogo do jovem lateral-direito, que actuou na vaga do lesionado João Mário. Martim ganhou dez de 14 duelos individuais, criou uma ocasião flagrante em três passes para finalização, somou dois passes de ruptura, dois cruzamentos eficazes em quatro, três passes super progressivos, completou duas de três tentativas de drible e assinou três desarmes. De negativo os 15 passes falhados (máximo do jogo).

Nico González 6.7

Bom jogo do médio espanhol, em especial no passe e na pressão. Em 53 entregas acertou 50 e, no “trabalho de sapa”, somou cinco desarmes e seis acções defensivas no meio-campo contrário, ambos máximos. Ganhou também três de cinco duelos aéreos ofensivos.

Diogo Costa 6.3

O guardião portista ficou mal na fotografia no golo famalicenses, mas acabou por ser herói. A única defesa que realizou foi para travar a grande penalidade de Aranda e evitar a derrota “azul-e-branca”.

Samu 6.3

O atacante espanhol voltou a marcar e foi o seu golo que deu um ponto ao Porto. Samu até bisou, mas o seu segundo tento foi anulado devido à tal mão de Pepê. O ponta-de-lança chegou aos dez golos na Liga, o quinto com impacto no marcador. O espanhol leva cinco golos marcados acima dos Golos Esperados (xG) na prova.

Fábio Vieira 6.1

Desta feita o criativo não foi decisivo como tem sido nas últimas semanas. Fábio destacou-se, sobretudo, pelo bom posicionamento, que lhe permitiu somar oito recuperações de posse, segundo valor mais alto.

Nehuén Pérez 5.7

O central esteve muito bem no passe, registando os valores mais altos de tentados (79) e concluídos (75). Destaque ainda para o segundo número mais elevado de acções com bola (84).

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