Gyokaro? A estreia de Gyokeres, ao pormenor

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Mostrou bons pormenores na pré-temporada, mas ainda não tinha impressionado ao ponto de erradicar as dúvidas dos sportinguistas sobre o seu custo. Mas chegada a estreia a doer, na Primeira Liga, Gyokeres entrou de rompante, com dois golos dos que impressionam e teve tal impacto que até ajudou o Sporting a bater recordes. Olhemos então, em pormenor, o que fez o novo “viking” do ataque leonino.

52 acções: muita bola para um “homem de área”

Gyokeres jogou os 90 minutos (mais descontos), o que ajuda, mas não explica tudo. No total somou 52 acções com bola, um número muito saudável para um avançado-centro, mesmo sabendo nós (e quem nos lê) que ele já trazia um CV de ponta-de-lança muito participativo na construção. Cá fica aliás a comparação: o sueco saiu do Coventry com uma média de 47 acções a cada 90 minutos e Paulinho, também ele um avançado associativo, ficou-se pelas 36 na Liga 22/23. Gyokeres promete, assim, ser muito mais do que apenas um finalizador, como já desconfiávamos. Das 52 acções que realizou, o avançado reservou 12 para o interior da área adversária, mais quatro do que o segundo mais activo nessa zona (“Pote”, com oito), uma delas um passe de cabeça decisivo na jogada do golo da vitória.

[ O mapa de acções de Gyokeres na estreia frente ao Vizela ]

22 passes progressivos recebidos: sai um recorde Amorim

Dos 26 passes recebidos com sucesso pelo sueco, 22 foram progressivos, ou seja, permitiram ao Sporting encurtar em 25% (ou mais) a distância inicial para a baliza minhota. O registo constitui um novo máximo na era Rúben Amorim, pois até agora nenhum avançado leonino tinha recebido tantos passes deste tipo, com o máximo de 19 a ser partilhado por Tiago Tomás e Sporar já na distante época de 2020/21.

[ Os 22 passes progressivos recebidos pelo Sueco, um novo máximo no reinado Amorim ]

3 recuperações de posse, uma para a apoteose

Defensivamente Gyokeres não somou números excepcionais (apenas duas acções defensivas intencionais), mas o mesmo já não se deve dizer no capítulo da recuperação posicional de posse. Foram “só” três as recuperações de Viktor, mas uma (aquela ali mais próxima da área, no mapa em baixo) deu início a nova explosão em Alvalade, com o sueco a recolher os frutos da pressão que realizou imediatamente após o segundo pontapé de saída e a partir para o segundo (belo) golo que ofereceu. Fulgurante.

[ As únicas mas preciosas três recuperações de posse de Gyokeres ]

4 remates (com um alerta para Amorim)

Dois golos em quatro remates, para Gyokeres. Um bom registo e um número saudável de tentativas para uma estreia… mas com um alerta para Amorim. É que o sueco “fechou a loja” das tentativas logo aos 27 minutos, não ensaiando mais o disparo à baliza adversária, um indicador que serve mais a Rúben Amorim para reflectir sobre o que sucedeu à ideia de jogo leonina após o 2-0 do que ao sueco como foco de reflexão, somados os pontos positivos da sua estreia. A fechar: os quatro remates de Gyokeres totalizaram 0.51 Expected Goals (xG), o que o deixa não só com um bis, como também com uma produção positiva de + 1,49 golos face ao esperado, o equivalente a… mais ou menos duas grandes penalidades.

[ Os quatro remates de Gyokeres frente aos minhotos ]

[ O StatsCard GoalPoint do sueco, o MVP GoalPoint Ratings do encontro. Clica aqui para todos os ratings do jogo ]

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