Desta feita nem Ronaldo garante “party” para a Juventus. O crónico campeão da última década (nove títulos consecutivos) deu folga e o Inter conquistou um título que não festejava há muito, curiosamente sob o comando do mesmo homem que iniciou a série hegemónica dos “bianconeri”: Antonio Conte.
O contexto da época italiana torna ainda mais interessante o exercício a que o Óscar Botelho se propõe: escolher o melhor XI do campeonato transalpino, entre jogadores com pelo menos 1500 minutos jogados, e limitado a uma escolha por emblema. Complicado é, mas o Óscar não facilita pelo que aqui estão os seus eleitos, seguidos da devida justificação.
[ Os destaques de Óscar Botelho para a Serie A 20/21 e os respectivos GoalPoint Ratings ]
Emil Audero (Sampdoria)
Internacional transalpino dos sub-15 aos sub-21. Pelo seu clube de formação, a Juventus, fez apenas um jogo, mas os €20M de investimento reflectem todo o potencial deste gigante nascido na Indonésia. Rápido e ágil, sagaz nos duelos de onde emergem os braços como autênticos tentáculos.
Davide Calabria (Milan)
Só vestiu uma camisola ao longo da carreira, a dos “rossoneri”, agora em clara e evidente evolução/progressão, dadas as constantes incursões pelo flanco direito. Competente e inteligente a defender, atrevido e eficaz a atacar, solidário e sólido em ambos os processos.
Diego Godín (Cagliari)
“Marca o ritmo cardíaco da equipa”, afirmou o seleccionador Óscar Tabarez. Diego Godín é um homem reservado fora das quatro linhas, mas lá dentro é guerreiro, patrão e demonstra enorme capacidade de liderança, sendo uma referência nas duas áreas como reflectem os nove títulos no palmarés e mais de 130 internacionalizações pelos celestes.
Gianluca Mancini (Roma)
Nesta época superou a centena de jogos na Serie A, cinco depois de completar um quarto de século. Bom sentido posicional, agressivo nos duelos, visão de jogo, elegante com e sem bola, coordenado e com forte jogo aéreo, requisitos que o catapultaram já para uma mão cheia de jogos pela “squadra azzurra”.
Robin Gosens (Atalanta)
Além dos 20 golos e 15 assistências nestas últimas duas temporadas, destaca-se pela entrega e atitude competitiva, projectando-se na lateral-esquerda, envolvendo-se na manobra ofensiva. Intenso e rotativo, fruto da capacidade de trabalho, já chegou à titularidade da “Mannschaft”, apesar de nunca ter actuado na Bundesliga.
Rodrigo de Paul (Udinese)
Da Argentina rumou à Europa em 2014 e, após um fugaz regresso ao emblema onde se formou (Racing Club), o internacional albiceleste, tem aberto o livro ao serviço dos “bianconeri”. Realce não só para os golos, mas também pelo que joga e faz jogar quem o rodeia, honrando o “10” que ostenta nas costas, e está em ponto rebuçado para subir um patamar competitivo na carreira auspiciosa.
Sergej Milinkovic-Savic (Lazio)
Sejam colegas, adversários ou apreciadores de bom futebol, este craque dos Balcãs não deixa ninguém indiferente. Sabe e faz bem de tudo um pouco, numa área alargadíssima de jogo. Confere profundidade posicional e, ao nível do remate, é forte e colocado. Campeão europeu de sub-19 e mundial de sub-20 pelas “águias brancas”, tem perfume e “skills” para estar no topo.
Domenico Berardi (Sassuolo)
Talentoso e desequilibrador nato, partindo das alas com objectivas diagonais para rematar ou assistir, deixando a cabeça à roda quem o tenta travar. O italiano prova, com as camisolas dos “neroverdi” e da “azzurra”, que os seus atributos merecem outros palcos.
Lorenzo Insigne (Napoli)
A poucos dias de virar trintão e a caminho da década ao serviço dos napolitanos, Insigne é um perigo à solta e constante, a partir dos três corredores, sempre de olhos postos nas balizas adversárias. Apenas 1,63m, mas são poucos os que o conseguem travar ou agarrar.
Cristiano Ronaldo (Juventus)
Escreve história a cada jogo e somos uns privilegiados de assistir à carreira de um dos melhores jogadores de (e para) sempre deste desporto. Com CR7 qualquer equipa fica mais perto de vencer, dada a eterna insatisfação deste craque da cabeça aos pés.
Romelu Lukaku (Inter)
Um autêntico pesadelo para quem o defronta e está a caminho dos 300 golos na carreira. Representante dos recém-campeões nacionais e dos “diabos vermelhos” que lideram o ranking FIFA, faz estragos em qualquer defesa, sendo quase imparável quando embala nas transições e movimentações ofensivas.