Porto 🆚 Santa Clara | Dragão chora ocasiões falhadas em catadupa

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Um excelente cabeceamento de Otávio evitou que o FC Porto somasse a quinta derrota consecutiva, fugindo àquela que seria a pior série de resultados da história do clube, mas não chegou para os “dragões” voltarem aos triunfos, num jogo em que Galeno desperdiçou duas grandes penalidades, a segundas das quais no último lance do encontro, defendida por Gabriel Batista, guarda-redes do Santa Clara. “Azuis-e-brancos” igualam o Benfica no segundo lugar, mas ficam a chorar o desperdício e continuam sem ganhar em 2025.

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Desperdício crescente impediu regresso aos triunfos

A primeira jogada do encontro podia ter ditado um jogo bem diferente, com um cruzamento rasteiro do regressado Martim Fernandes (que saiu lesionado pouco depois) a quase resultar num autogolo. Mas a verdade é que a meio da primeira parte ainda não havia qualquer remate às balizas, apesar do acentuado domínio do Porto. Os primeiros remates surgiram pouco depois, sem grande perigo, mas quem marcou foi o Santa Clara, na sequência de um canto, no único remate que fez na direcção da baliza. Deniz Gül atirou ao poste num “golo cantado” à beira do minuto 45 (lance com 66% de possibilidade de sucesso) e o Porto, apesar dos 72% de posse de bola, saiu (mais uma vez) a perder para o intervalo e com apenas nove acções dentro da área contrária.

A segunda parte foi de domínio total do Porto, com o Santa Clara a quase não conseguir sair do seu meio-campo (os açorianos não remataram no segundo tempo). Instalados no último terço, os “dragões” conquistaram uma primeira grande penalidade, mas nem assim o golo apareceu, com Galeno a atirar ao poste. Surgiu, sim, pouco depois, numa cabeçada de Otávio. De seguida, o Santa Clara ficou reduzido a dez, o FC Porto tentou tudo e beneficiou de nova grande penalidade ao cair do pano. Porém, Galeno voltou a não converter, desta feita permitindo a defesa de Gabriel Batista e errando também a recarga. Demasiado desperdício (apenas um golo em em 3,2 xG) resultou em empate.

[ Porto instalado no meio-campo açoriano ]

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O Jogo em 5 Factos

1. Seis grandes oportunidades, apenas um golo 

O Porto terminou o encontro com seis ocasiões claras de golo, mas apenas um marcado (e num cabeceamento que não era expectável que entrasse). Dos 3,2 xG do FC Porto ao longo do jogo, 2,96 xG nasceram de apenas três lances: o desvio de Gül ao poste com tudo para marcar e os dois penáltis – e recarga do segundo – de Galeno.

2. “Dragões” com pouco sucesso no drible

O Porto apenas teve sucesso em cinco dos 17 dribles tentados. Por comparação, o Santa Clara completou sete dos 13 que tentou.

3. Posse de bola avassaladora

O FC Porto terminou o encontro com 76% de posse de bola (chegou com 72% ao intervalo). Os “dragões” ainda não tinham tido uma tão alta percentagem de posse no campeonato até à data.

4. Três bolas nos ferros

Três foram os remates do FC Porto nos ferros neste encontro: um por Deniz Gül, outro num dos penáltis de Galeno e outro num disparo de longe de Tiago Djaló. Foi o segundo maior número de remates ao poste de uma equipa num jogo neste campeonato. O recorde pertence… ao Porto (quatro, contra o Farense, na jornada inaugural). Nenhuma outra equipa fez mais do que dois disparos aos ferros no mesmo jogo até agora.

5. Santa Clara com novo mínimo de passes 

Nunca nesta edição do campeonato uma equipa fez tão poucos passes como o Santa Clara este domingo no Estádio do Dragão (92). O anterior mínimo pertencia ao Casa Pia, na visita a Alvalade (94). 

MVP GoalPoint: Otávio 👑

Assinou um excelente golo, com um cabeceamento em arco a fazer um chapéu a Gabriel Batista, evitando nova derrota do FC Porto. Só falhou nove passes em mais de 90 tentados, recuperou dez vezes a posse de bola e ganhou todos os oito duelos que travou e foi dos jogadores que mais metros progrediu com bola.

Outros Ratings 🔺🔻

Destaques do Porto

Alan Varela 7.5

Foi o jogador com mais ações no encontro (118) e só falhou sete passes ao longo de todo o encontro, completando nove dos 12 longos que tentou. Fez a assistência para o golo de Otávio, somou oito acções defensivas (quatro das quais no meio-campo ofensivo) e ganhou 13 duelos em 16, embora tenha sido o jogador dos “dragões” que mais vezes perdeu a posse de bola (15).

Tiago Djaló 6.3

Manteve a titularidade depois do jogo da Liga Europa com o Olympiacos e, perante os poucos ataques e face à linha defensiva muito baixa do Santa Clara, aproveitou para subir no terreno, destacando-se sobretudo nesse capítulo: foi o jogador com mais conduções progressivas no encontro (quatro) e de longe o que mais metros avançou com o esférico (340), enviando uma bola ao poste numa dessas investidas.

João Mário 5.2

Entrou pouco depois do quarto-de-hora inicial para o lugar do lesionado Martim Fernandes e acabou por ser um dos jogadores do FC Porto que mais duelos travou, mas só ganhou três em 16, sendo por três vezes ultrapassado em drible. Tentou quatro cruzamentos, dois dos quais bem-sucedidos.

Gonçalo Borges 4.5

Apenas um cruzamento com o destino certo em seis tentados, uma ocasião flagrante desperdiçada e apenas quatro duelos ganhos em 14 travados, incluindo apenas um drible com êxito em quatro tentativas, numa noite de pouca inspiração nos 73 minutos que esteve em campo.

Deniz Gül 4.5

Ponta-de-lança titular na ausência de Samu (castigado), não marcou e atirou ao poste na ocasião flagrante de que dispôs e que parecia um “golo feito” (0,66 xG). Logrou cinco acções dentro da grande área do Santa Clara e recebeu sete passes progressivos, mas perdeu sete duelos em dez.

Galeno 4.2

Noite inglória do internacional brasileiro, que acabou o jogo a chorar depois de duas grandes penalidades desperdiçadas, num jogo em que foi quem mais rematou (quatro disparos enquadrados em sete) e quem mais acções com bola teve na grande área adversária, recebendo ainda dez passes progressivos. Bateu o recorde da Liga de ineficácia finalizadora, com -2,44 (golos – xGoals).

Destaques do Santa Clara

Gabriel Batista 7.4

Defendeu um penálti e viu outro esbarrar no poste, numa noite que certamente irá recordar. Contando com a grande penalidade defendida, totalizou seis defesas, quatro das quais a remates desferidos já dentro da sua grande área.

Sidney Lima 6.6

Foi o segundo jogador com mais ações defensivas no encontro (14), apenas superado pelas 15 do colega MT. Totalizou oito alívios, efectuou dois desarmes e duas intercepções, num jogo em que ganhou dez dos 13 duelos travados.

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