Roma 🆚 Porto | Classe de Dybala no adeus do dragão à Europa

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M artín Anselmi sofreu a sua primeira derrota ao leme do Porto e os “dragões” viram-se eliminados da Liga Europa ao perderem por 3-2 com a Roma no Stadio Olimpico. Num jogo de grandes golos, os “azuis-e-brancos” até marcaram primeiro, com Samu a facturar pela primeira vez em 2025, num fantástico remate acrobático. Contudo, a Roma virou o marcador em pouco tempo, com dois lances de enorme classe de Paulo Dybala, que bisou e levou a turma italiana em vantagem para o intervalo. A abrir o segundo tempo Eustaquio foi expulso, mas mesmo reduzido a dez o Porto ainda ameaçou o empate, com Samu a acertar no poste. Só que, já perto do fim, Pisilli sentenciou o destino da eliminatória com o terceiro golo da turma da casa, de nada valendo aos “dragões” um autogolo de Rensch em cima do apito final.

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Classe de Dybala e expulsão de Eustaquio decisivas

O primeiro tempo foi tranquilo de parte a parte, com a Roma a conseguir dois cabeceamentos que não ameaçaram Diogo Costa, e aos poucos o Porto até foi crescendo no jogo, com mais posse, e acabou mesmo por marcar, no único remate que fez na direcção da baliza no encontro, num grande gesto técnico de Samu. Só que a Roma também marcou nos dois primeiros remates que teve no alvo, com Dybala a mostrar toda a sua qualidade técnica e a bisar. Abalado com a cambalhota no marcador, o Porto até podia ter voltado a sofrer antes do intervalo, com os italianos a terminarem o primeiro tempo com muito mais remates e o dobro das acções na grande área contrária.

Se a vida estava difícil para o Porto ao intervalo, mais difícil ficou com a expulsão de Eustaquio após desentendimento com Paredes. A Roma tomou por completo conta do jogo (acabou com 57% de posse de bola), mas em contra-ataque Samu ainda chegou a aparecer isolado, só que, pressionado, atirou ao poste e foi mesmo a equipa da casa a fazer valer a pressão e a chegar ao terceiro golo, numa das inúmeras acções na área adversária, praticamente acabando com as dúvidas. O Porto não baixou os braços e até reduziu à beira do fim, graças a um autogolo, mas foi demasiado tarde.

[ A Roma esteve mais subida no terreno ]

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O Jogo em 5 Factos

1. Poucos cruzamentos

O Porto acabou o encontro com apenas quatro cruzamentos, o seu mínimo da temporada nesta Liga Europa. Ainda não tinha feito menos de oito num jogo e a sua média até aqui era de 14,3 por encontro.

2. Duelos pelo ar foram escassos, mas com vantagem da Roma

Não se jogou muito pelo ar no Stadio Olimpico. O encontro teve apenas 12 duelos aéreos e a Roma levou a melhor de forma clara, quer nos defensivos (ganhando 67%), quer nos ofensivos (ganhando 83%).

3. Portistas fortes no desarme

Perante a pressão crescente da Roma, a partir do momento em que se viu em desvantagem e sobretudo depois da expulsão de Eustáquio, a defesa do Porto respondeu com um total de 21 desarmes, igualando o seu máximo da época na competição.

4. Dragões pouco eficazes no drible

O Porto só foi bem-sucedido em três dos 14 dribles tentados ao longo do encontro pelos seus jogadores. A Roma esteve melhor nesse capítulo, com dez dribles completados em 23 tentados.

5. Pior rating médio da época na Liga Europa

O rating médio por jogador de 4.9 foi, de longe, o pior logrado pelos jogadores dos “dragões” nesta Liga Europa, atestando uma noite pouco feliz em Roma. Ainda não tinham tido nenhum jogo abaixo dos 5.7.

MVP GoalPoint: Paulo Dybala 👑

Marcou dois golos que atestam toda a categoria que lhe reconhecem (em lances que tinham, respectivamente, 0.61 e 0,02 de xG), participou na jogada do terceiro e ainda criou duas ocasiões flagrantes, sendo também o jogador que mais dribles completou no encontro (três, em sete tentados).

Outros Ratings 🔺🔻

Destaques do Roma

Zeki Çelik 7.4

O defesa turco esteve forte nos duelos, ganhando oito em 12, e foi um dos jogadores que mais desarmes efectuou na partida (5), um deles preponderante, como último homem. Avançando várias vezes no terreno com bola pela direita, ainda criou uma grande oportunidade de golo no ataque.

Angeliño 7.2

O ala esquerdo espanhol esteve muito em jogo (segundo com mais acções na partida, com 77) e segundo que mais passes recebeu, 46) e deu muitas dores de cabeça à defesa do Porto pelo seu flanco. Uma assistência para golo num total de cinco passes para remate, três cruzamentos com o destino certo em oito tentados, seis duelos ganhos em dez e quatro acções defensivas no meio-campo contrário (máximo do jogo).

Destaques do Porto

Otávio Ataíde 6.4

Foi o jogador com melhor nota do Porto num jogo em que o rating dos jogadores do Porto não foi nada famoso. Ninguém em campo realizou mais acções defensivas do que ele (14), entre elas seis alívios, quatro desarmes, três remates bloqueados e dois cortes decisivos como último homem, ganhando ainda seis duelos em 11 travados (ganhou cinco dos seis que travou com Dybala).

Fábio Vieira 5.8

Foi dele a assistência para o golo de Samu, numa jogada de insistência em que começou por ver um remate interceptado. Foi o jogador do Porto que mais bolas recuperou (6) e só falhou cinco passes, acertando quatro dos cinco longos que tentou. Não esteve, contudo, feliz no drible, perdendo a bola nos dois que tentou.

Alan Varela 5.6

Não falhou nenhum dos 32 passes que tentou (dois deles longos), mas apenas dois foram progressivos. Esteve bem nos duelos, ganhando sete em oito e fez ainda cinco desarmes.

Nehuén Pérez 5.6

Perdeu dois dos três duelos aéreos defensivos que travou, compensando com cinco alívios num total de dez acções defensivas.

Samu 5.3

Voltou aos golos (e com um golaço) depois de oito jogos sem marcar, mas atirou uma bola ao poste na grande oportunidade de que dispôs a meio do segundo tempo. Ao seu estilo, recebeu um total de 13 passes progressivos, mas só ganhou três duelos em 12 travados.

Gonçalo Borges 4.7

Saltou do banco aos 55 minutos, a tempo de ser o jogador do Porto com mais conduções progressivas (três) e o que mais metros progrediu com bola (110), estando na origem do segundo golo dos “dragões”, ao cair do pano.

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