Vitória SC 🆚 Benfica | Águia concludente mantém luta acesa no topo

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o Benfica não desarma e foi a Guimarães vencer um dos mais difíceis encontros até ao final da temporada. O Vitória teve mais jogo, atacou mais, mas teve pela frente um Trubin inspiradíssimo que foi travando tudo. Depois, como gostam de fazer fora de portas, as “águias” exploraram muito bem algumas das suas típicas transições rápidas e sentenciaram o jogo, com três golos sem resposta e um bis de Pavlidis. Esta foi apenas a segunda derrota do Vitória em casa esta temporada e a primeira de Luís Freire como treinador anfitrião após 24 jogos.

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O Jogo em 5 Factos

1. Vitória com “estrada” para correr

O Vitória teve muita iniciativa e durante quase todo o jogo encontrou espaços para progredir com a bola no terreno, em especial na primeira metade. Ao intervalo os vimaranenses já registavam quatro conduções super progressivas e terminaram com cinco, máximo da equipa na prova.

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2. Pouca posse benfiquista

Até este jogo o Benfica havia fixado o seu mínimo de posse de bola em 40% e nesta partida, onde sentiu dificuldades perante o Vitória, terminou com apenas 42%, uma das diversas variáveis em que os homens da Luz estiveram discretos neste desafio, sendo consequência ou não da estratégia.

3. Mínimo de acções

Outra dessas variáveis foi o número de acções com bola. O Benfica faz, em média, 712 acções por jogo, neste não passou das 476, novo valor mais baixo da equipa na competição.

4. Vitória melhor nos duelos

Um dos detalhes em que os minhotos foram melhores foi os duelos individuais. A turma de Guimarães ganhou 51, mais 14 que o Benfica, que registou o seu valor mais baixo na Liga (menos dez que o anterior mínimo, que era 47).

5. Poucos desarmes sofridos

Esta é uma estatística que atesta o bom jogo vitoriano, apesar da derrota pesada. Os vitorianos apenas permitiram três desarmes completos, , novo mínimo da equipa na prova.

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MVP GoalPoint: Anatoliy Trubin 👑

A vitória benfiquista foi clara, mas as dificuldades dos lisboetas foram bastantes ao longo do jogo, obrigando o guarda-redes ucraniano a um punhado de grandes defesas, algumas delas das melhores do campeonato. Trubin acabou como melhor em campo, com registo de seis defesas, cinco a remates na sua grande área, evitando um golo “feito” (defesas – xSaves).

Outros Ratings 🔺🔻

Destaques do Vitória

Telmo Arcanjo 6.0

O brasileiro é o grande desequilibrador do Vitória e voltou a ser dos mais perigosos. Arcanjo registou o máximo de passes para finalização (4), completou duas de três tentativas de drible e somou quatro conduções progressivas, mas a nota não é mais alta porque falhou uma ocasião flagrante.

Filipe Relvas 5.9

O central esteve perto de marcar, vendo Trubin realizar uma grande defesa, e depois esteve muito bem nos duelos, tendo ganho oito dos dez que disputou, incluindo os cinco aéreos.

Destaques do Benfica

Pavlidis 7.5

Mais dois golos do avançado grego, desta feita ambos “de encostar”, mas a verdade é que marca há quatro jogos seguidos na Liga. Pavlidis enquadrou os dois remates que fez, somou dois passes para finalização, mas pecou pelo ar, vencendo apenas dois dos oito duelos aéreos ofensivos que disputou.

Carreras 6.8

Grande golo do espanhol do Benfica, que ultrapassou Miguel Maga com categoria, antes de arrancar um pontapé fortíssimo. Carreras completou as três tentativas de drible, mas esteve menos bem com quatro perdas de posse no terço defensivo.

Florentino 6.5

Tacticamente irrepreensível, no posicionamento, na leitura defensiva e ofensiva dos acontecimentos. O médio só não tem melhor nota porque esteve ausente de acções ofensivas (remates ou passes para remate), mas terminou com o máximo de recuperações de posse (8), desarmes (4) e de intercepções (4).

Otamendi 6.3

Muito atento o capitão do Benfica. Otamendi ganhou dois de quatro duelos aéreos defensivos e registou três intercepções.

Kökçü 5.9

O médio turco esteve menos exuberante do que nos últimos jogos, muito por culpa da estratégia mais de expectativa e luta dos “encarnados”. Orkun enquadrou os dois remates que fez, mas desperdiçou uma ocasião flagrante, lance que acabou por ditar o 1-0 de Pavlidis.

Andreas Schjelderup 5.8

O norueguês entrou aos 53 minutos para o lugar do lesionado Di María e foi a tempo de obrigar Bruno Varela a uma excelente defesa e de realizar uma assistência, para o golo de Carreras.

Kerem Aktürkoğlu 5.5

No remate ou no último passe, o turco esteve menos bem. Ainda assim criou uma ocasião flagrante em dois passes para finalização, recebeu oito passes progressivos (máximo), somou cinco acções com bola na área contrária e duas conduções super progressivas. De negativo os quatro mais controlos de bola.

Pedro Tudela
Pedro Tudelahttps://goalpoint.pt/
Profissional freelancer com mais de duas décadas de carreira no jornalismo desportivo, colaborou, entre outros media nacionais, com A Bola e o UEFA.com.