AO rubro! Assim está o Grupo E, após o triunfo deste sábado da Bélgica diante da Roménia. Todas as selecções somam os mesmos três pontos e vão entrar em cena na derradeira ronda com a calculadora nas mãos. Em Colónia, os “diabos vermelhos” belgas foram quase sempre superiores, mas não “mataram” o duelo e deixaram os romenos a sonhar com pelo menos um ponto. No período de maior incerteza, De Bruyne deu a estocada final do marcador que tinha aberto por um golo madrugador de Youri Tielemans. Zeno Debast, que deverá reforçar o plantel do Sporting, foi lançado por Tedesco aos 76’.
Duelo electrizante
Pressionados, os diabos entraram literalmente a vencer. O tento madrugador de Tielemans (aos 73 segundos) teve o condão de libertar a equipa, a Roménia ainda respondeu com um cabeceamento de Dragusin, mas o domínio belga foi intenso. Dodi Lukebakio à direita e Jérémy Doku à esquerda foram verdadeiras lanças e apenas os reflexos do guarda-redes Florin Niță impediram que o marcador fosse mais amplo. A segunda parte foi electrizante, a Bélgica tentava fechar as contas e a Roménia correr atrás do prejuízo. Sem materializar as diversas situações que criou, a turma belga foi alimentando as esperanças contrárias e não ganhou para o susto quando Dennis Man se isolou, valendo a defesa de Casteels. Já com Debast em cena, De Bruyne dissipou as dúvidas e garantiu a primeira vitória dos “diabos vermelhos” na prova.
[ Belgas mais pressionantes que romenos ]
O Jogo em 5 Factos
Pressão asfixiante – Boa primeira metade belga e essa contundência também tinha expressão nos números: 67% da posse de bola, 25 acções na área contrária, dez remates e sete acções defensivas no meio-campo contrário.
Super Jérémy Doku – Uma lança à solta. O extremo soltou o diabo no corpo e deixou a defesa contrária em sobressalto com dois remates, cinco passes para remate (máximo no duelo), apenas um passe falhado em 23 tentados, orquestrou quatro passes progressivos, 11 acções com a bola na área contrária (outro recorde no duelo), venceu cinco duelos, perdeu oito, foi eficaz em três dos nove dribles tentados, tendo ainda alcançado seis conduções progressivas – igualando o recorde que já pertencia – e cinco super progressivas, duas marcas que mais ninguém alcançou no encontro.
Todas marcaram – Com a finalização certeira de Tielemans, todas as selecções presentes neste EURO já marcaram pelo menos um golo na prova. Foi o terceiro tento mais madrugador da história da prova.
O azar de Lukaku – Autor da assistência que esteve na génese do golo inaugural, o avançado voltou a estar em foco e não foi por falta de tentativas que não marcou, pois foram cinco os remates (três enquadrados), tendo desperdiçado uma ocasião flagrante. Em duas jornadas já festejou o golo em três ocasiões, mas todos os lances foram posteriormente anulados.
Muro romeno – Florin Niță fez de tudo para segurar as pontas aos belgas com sete intervenções, seis a remates na sua grande área. Evitou 0,7 golos (defesas – xSaves).
MVP GoalPoint: Kevin De Bruyne 
O capitão liderou a redenção dos belgas com uma belíssima exibição. O craque preencheu a “performance” com cinco remates, um golo, seis passes progressivos, dez passes progressivos recebidos, 66 acções com a bola – seis das quais na área contrária, venceu 13 duelos (recorde no jogo), perdeu oito, foi eficaz em três dos quatro dribles que arriscou, acumulou 19 perdas da posse (máximo negativo), consentiu dois desarmes e alcançou as cinco acções defensivas. O MVP levou para o hotel um GoalPoint Rating de 8.2.
