Já quase toda a gente esperava pelo triunfo do Sporting quando Danny Namaso, a passe de Samu, deu um ponto ao Porto e recompensou a formação da Invicta por uma segunda parte dominadora e de grande pressão. O Sporting controlo durante a primeira parte, marcou, mas na segunda raramente conseguiu sair e limitou-se a tentar evitar o empate dos “dragões” que surgiu quando poucos acreditavam.
![GoalPoint-2025-02-07-Porto-Sporting-Primeira-Liga-202425-Ratings](https://goalpoint.pt/wp-content/uploads/2025/02/GoalPoint-2025-02-07-Porto-Sporting-Primeira-Liga-202425-Ratings.jpg)
![GoalPoint-2025-02-07-Porto-Sporting-Primeira-Liga-202425-90m](https://goalpoint.pt/wp-content/uploads/2025/02/GoalPoint-2025-02-07-Porto-Sporting-Primeira-Liga-202425-90m.jpg)
![GoalPoint-2025-02-07-Porto-Sporting-Primeira-Liga-202425-xG](https://goalpoint.pt/wp-content/uploads/2025/02/GoalPoint-2025-02-07-Porto-Sporting-Primeira-Liga-202425-xG.jpg)
Intenso e nervoso
O jogo começou com uma toada mais pausada, com o Porto a tentar ver o que o Sporting fazia e o “leão” a trocar a bola com paciência, estivando mais o jogo pela esquerda, por Geovany Quenda. Sensivelmente a meio do primeiro tempo os “dragões” implementaram mais intensidade e causaram perigo, primeiro com Eustaquio (27′) a acertar com estrondo na barra e Samu, a seguir, a errar um pouco o chapéu a Rui Silva. Só que Quenda estava mesmo endiabrado e desenhou a jogada e a assistência aos 42 minutos para o golo de Fresneda. Na semana passada o espanhol havia marcado o seu primeiro golo a nível profissional e tomou-lhe o gosto.
Quase só teu Porto no segundo tempo. Anselmi corrigiu posicionamentos e os “dragões” passaram a pressionar intensamente, obrigando o Sporting a recuar no terreno e a assumir o “sofrimento” de segurar a vantagem, inclusive recuando o até então médio Debast para central. Os homens da casa apostavam bastante nos cruzamentos, mas raramente encontravam alguém na área e a defesa leonina ia resolvendo as questões. Muita bola, muitos remates dos portistas, mas remates enquadrados nem vê-los e isso ia-se reflectindo num xG que teimava em subir lentamente. Só que bem nos descontos, Samu desviou para Namaso e este definiu o empate. Até final, duas expulsões no Sporting, Matheus Reis e Diomande.
[ Porto em cima do “leão” na segunda parte ]
![GoalPoint-2025-02-07-Porto-Sporting-Primeira-Liga-202425-pass-network](https://goalpoint.pt/wp-content/uploads/2025/02/GoalPoint-2025-02-07-Porto-Sporting-Primeira-Liga-202425-pass-network.jpg)
O Jogo em 5 Factos
1. xG sustentam resultado
O Sporting foi mais forte na primeira parte, o Porto na segunda. Os dois ataques remataram até bastante, mas nem sempre com qualidade, com os “dragões” a enquadrarem somente dois disparos e os “leões” apenas três. No final, os Golos Esperados mostram um certo equilíbrio no perigo, com o Porto a registar 1,4 e o Sporting 1,0.
2. Muitos cruzamentos… para ninguém
A pressão do Porto na segunda parte assentou muito no jogo pelos corredores e nos cruzamentos. Ao todo os “dragões” realizaram 27, um abaixo do seu máximo no campeonato e muito acima da média de 13,8. O problema é que 24 desses 27 não encontraram correspondência em colegas de equipa, sendo o segundo valor mais elevado da prova.
[ Os 27 cruzamentos do Porto ]
![GoalPoint-2025-02-07-Porto-v-Sporting-HOME-crosses-default-line](https://goalpoint.pt/wp-content/uploads/2025/02/GoalPoint-2025-02-07-Porto-v-Sporting-HOME-crosses-default-line.png)
3. “Leão” com pouca saída
O Sporting sempre foi uma equipa com bastante facilidade em colocar passes progressivos, mas neste jogo, mesmo muito recuado, essa transição não saiu. Os “leões” registaram apenas 21 passes progressivos, bem abaixo da média de 47 por jogo até esta jornada. Rui Borges concordou no final, em conferência de imprensa, a dificuldade leonina nas transições.
[ Os 21 passes progressivos do Sporting ]
![GoalPoint-2025-02-07-Porto-v-Sporting-AWAY-passes-approach-line](https://goalpoint.pt/wp-content/uploads/2025/02/GoalPoint-2025-02-07-Porto-v-Sporting-AWAY-passes-approach-line.png)
4. Sporting mais forte nos duelos
Ao todo o jogo teve 129 duelos individuais. A disputa foi intensa, mas o Sporting foi claramente melhor neste aspecto, vencendo 77 (contra 52), novo máximo leonino na época.
[ A azul os 77 duelos ganhos pelo… Sporting ]
![GoalPoint-2025-02-07-Porto-v-Sporting-AWAY-duel-actions-point](https://goalpoint.pt/wp-content/uploads/2025/02/GoalPoint-2025-02-07-Porto-v-Sporting-AWAY-duel-actions-point.png)
5. Porto obriga Sporting a erguer muro
Não só o domínio portista na segunda parte obrigou o Sporting a registar o seu mínimo de posse de bola na época (44%), como também a fixar o máximo de remates bloqueados até esta jornada (8).
MVP GoalPoint: Maxi Araújo ![👑](https://goalpoint.pt/wp-content/plugins/compressed-emoji/images/svg/1f451.svg)
Por apenas uma centésima o lateral uruguaio arrecadou o destaque de MVP, mostrando estar a subir de forma no novo sistema leonino. Maxi fez dois passes para finalização, completou as duas tentativas de drible e acumulou dez acções defensivas, com destaque para três desames. Foi ainda o jogador mais carregado em falta (4). De negativo os três dribles consentidos.
Outros Ratings 🔺🔻
Destaques do Porto
Zé Pedro 6.2
O “patinho feio” da defesa do Porto mostrou que tem qualidade para ter mais minutos, ao ponto de ter tido mesmo o melhor rating do Porto. Zé Pedro fez seis passes progressivos e dois super progressivos e somou duas intercepções, dois bloqueios de remate e fez um corte decisivo. De negativo os três dribles consentidos no primeiro terço.
Eustaquio 6.0
O médio foi um dos mais esclarecidos do Porto e um dos mais combativos. Além de seis recuperações de posse, assinou quatro desarmes, duas intercepções e quatro acções defensivas no meio-campo contrário. Ainda na primeira parte acertou um belo remate na barra. Consentiu três dribles no primeiro terço
João Mário 6.0
O lateral portista esteve intenso e integrou-se bem nos lances ofensivos, carregando muito futebol para a frente. Dois dos três cruzamentos de bola corrida eficazes do Porto saíram dos pés de João Mário, que ainda somou o máximo de passes progressivos (9), completou três de quatro tentativas de drible e somou quatro conduções progressivas. Consentiu também três dribles no primeiro terço.
Namaso 6.0
O atacante entrou apenas aos 78 minutos, registou parcas dez acções com bola, mas numa delas, o seu único remate, fez golo.
Samu 5.8
O atacante voltou a ficar em branco, mas foi um dos mais rematadores do jogo, com quatro disparos, recebeu 11 passes progressivos e fez a assistência para o tento de Namaso.
Destaques do Sporting
Hjulmand 6.7
Belíssimo jogo do dinamarquês, que esteve em todo o lado a desmontar o futebol portista. Morten somou o máximo de desarmes do jogo (6), mas também de recuperações de posse, nada menos que 13, terceiro valor mais alto da Liga. Ganhou 11 de 13 duelos individuais.
Daniel Bragança 6.3
Ora como médio mais adiantado, qual segundo ponta-de-lança, para fazer pressão sobre os centrais portistas, ora descaindo para a direita e recuando para organizar jogo, Bragança manteve sempre a bitola alta. Além de ter ganho sete de nove duelos, somou três conduções progressivas e acumulou sete acções defensivas.
Fresneda 6.2
De dispensável a titular, de jovem que nunca tinha marcado a nível sénior a “goleador” em apenas dois jogos. O espanhol está a crescer, apesar de ter caído de produção no segundo tempo (ganhou somente quatro de 14 duelos). Fresneda fez o golo do Sporting, ganhou dois de três duelos aéreos defensivos, recuperou seis vezes a posse de bola e fez dois bloqueios de remate.
Gyökeres 6.0
O sueco entrou aos 69 minutos e agitou logo com o jogo. Dono de dois remates, um enquadrado, criou uma ocasião flagrante pouco depois de ser lançado na partida.
Geovany Quenda 5.5
O extremo fez uma primeira parte de grande nível, tendo dado grandes dores de cabeça pelo flanco esquerdo, de onde arrancou a assistência para o golo de Fresneda. Apesar de ter caído muito de produção no segundo tempo, terminou com três remates (uma ocasião flagrante desperdiçada), três passes para finalização e completou o máximo de dribles tentados (4 em 5). De negativo os cinco passes de risco falhados (valor mais alto).