Benfica 🆚 Sporting | “Dobradinha” para leão que nunca desiste

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Oano do “leão”. Após conseguir o bicampeonato, o Sporting conquistou a sua 18ª Taça de Portugal, ao bater o Benfica na final do Jamor, após prolongamento. A partida este longe de ser bem jogada, sem intensidade e muito táctica. os “encarnados” marcaram primeiro e, quando se preparavam para festejar, os de Alvalade empataram de penálti, no último lance do tempo regulamentar. No tempo extra, os comandados de Rui Borges ditaram leis. 

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“Águia” esqueceu-se de “lavar os cestos”

Que primeira parte tão sem sal. As duas equipas nunca se precipitaram, entraram e saíram em estudo mútuo, num jogo táctico, sem intensidade. O Sporting começou melhor, o Benfica reagiu e criou os melhores lances, incluindo um remate de Pavlidis ao poste, aos 20 minutos. Muito pouco.

O arranque do segundo tempo foi a antítese do primeiro. O Benfica marcou logo aos 49 minutos, num remate de fora da área de Kökçü, e no minuto seguinte foi Bruma a ampliar, mas o tento foi anulado por uma falta de Carreras momentos antes. O Sporting reagiu de pronto e assumiu a iniciativa, mas a partir daqui as “águias” optaram por parar o ritmo de jogo, e conseguiram-no. O jogo passou a ter muitas interrupções e voltou a ser aborrecido e sem emoção.

Belotti, recém-entrado, esteve perto do segundo, numa grande defesa de Rui Silva. QUando o Benfica preparava a festa, no último lance do jogo, Renato Sanches fez falta sobre Gyökeres na área. Penálti que o sueco converteu, levando o jogo para prolongamento. E logo nos primeiros minutos, Conrad Harder, de cabeça, deu a “dobradinha ao Sporting.

[ Benfica mais subido na pressão, mas de nada lhe valeu ]

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O Jogo em 5 Factos

1. “Leão” mais perigoso

É verdade que o Sporting beneficiou de uma grande penalidade, que representa 0,79, mas no final o que conta são os números. O “leão” terminou com 2,42 Golos Esperados (xG), contra somente 0,86 do Benfica.

2. Melhores ocasiões para os de Alvalade

O Benfica esteve perto de conquistar a Taça, mas feitas as contas, o Sporting foi mais perigoso. Basta olhar para as ocasiões flagrantes criadas para o perceber. Ao todo foram cinco para os “leões” e só uma para as “águias”.

[ Três das cinco ocasiões flagrantes do Sporting deram golo ]

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3. Defesa sólida do “leão” mantém “águia” à margem

O Sporting rematou mais do que o Benfica. Foram 19 disparos contra 14. Ainda assim, o “leão” não precisou tanto de rematar de longe. Enquanto os “encarnados” esbarraram na solidez defensiva leonina, com sete remates de fora da área em 14, os “verdes-e-brancos” só precisaram de atirar cinco vezes de longa distância.

4. Muita pressão com poucos resultados

O Benfica pressionou mais do que o Sporting. A formação benfiquista realizou 21 acções defensivas no meio-campo contrário, contra apenas nove do Sporting.

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5. Benfica muito faltoso

O jogo foi de muita luta, mas o Benfica levou essa ideia um pouco mais longe. Os “encarnados” acumularam 25 faltas, mais 11 que os “leões”.

MVP GoalPoint: Rui Silva 👑

O Sporting pode ter sido mais perigoso, mas quando o Benfica cresceu e se aproximou do último terço, quem brilhou foi o guardião do Sporting. Rui Silva terminou como MVP, com sete defesas, uma a travar ocasião flagrante, e evitou 0,5 golos (defesas – xSaves).

Outros Ratings 🔺🔻

Destaques do Benfica

Samuel Soares 7.3

A presença de Samuel Soares na equipa inicial do Benfica causou surpresa. Contudo, o jovem guardião de 22 anos esteve tranquilo, mostrou personalidade e foi o melhor dos “encarnados”. Fez sete defesas, seis a remates na sua área, e travou duas ocasiões flagrantes.

Tomás Araújo 7.1

Bom jogo do lateral benfiquista. Tomás ganhou oito de 11 duelos, só falhou um de 21 passes, completou as duas tentativas de drible e acumulou 13 acções defensivas

Orkun Kökçü 7.1

O turco foi o autor do golo do Benfica, e que excelente golo foi, num remate colocado de fora da área. O médio enquadrou os seus dois remates.

Florentino 6.5

Muito bem o “trinco” do Benfica, em especial no capítulo defensivo. Além de ter ganho dois de três duelos aéreos defensivos, registou o máximo de recuperações de posse (13), venceu 13 dos 20 duelos individuais que disputou e assinou o máximo de acções defensivas, nada menos do que 14, com destaque para seis desarmes e quatro acções defensivas no meio-campo contrário (ambos valores mais altos).

Destaques do Sporting

Conrad Harder 8.0

O dinamarquês entrou apenas aos 75 minutos, mas arrasou. Além do golo que marcou, que consumou a reviravolta, o jovem atacante fez ainda uma assistência e criou duas ocasiões flagrantes.

Viktor Gyökeres 7.5

O sueco pode ter sido menos exuberante do que eu outros jogos, mas voltou a ser decisivo. Foi sobre ele cometida a grande penalidade que o próprio converteu no empate. Gyökeres foi o mais rematador do encontro, com cinco disparos, três enquadrados, fez três passes para finalização, recebeu incríveis 24 passes progressivos e sofreu quatro faltas. Desperdiçou uma ocasião flagrante.

Francisco Trincão 6.8

Lá foi Trincão com a bola no derradeiro minuto, a rasgar a equipa benfiquista, antes de servir Gyökeres, travado em falta na área. Bom jogo do extremo leonino, que fez o terceiro tento dos “leões”, enquadrou dois de quatro remates e completou duas de três tentativas de drible. Desperdiçou, igualmente, uma ocasião flagrante.

Gonçalo Inácio 6.5

O defesa foi um autêntico muro. Excelente no passe como sempre, com o máximo de completos (73) e tentados (80), Inácio somou quatro passes super progressivos, registou o valor mais alto de acções com bola (102) e ainda oito alívios (máximo).

Pedro Gonçalves 6.3

“Pote” pode não ter sido decisivo, mas esteve em bom plano, tento acumulado o máximo de passes para finalização (4). Somou três remates.

Pedro Tudela
Pedro Tudelahttps://goalpoint.pt/
Profissional freelancer com mais de duas décadas de carreira no jornalismo desportivo, colaborou, entre outros media nacionais, com A Bola e o UEFA.com.