Estendal da Memória : De Jardel a Kalinic, os goleadores que guardo no cofre

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Acosta, o Arguto. Jardel, o Predador. Liedson, o Felino. Meyong, o Sábio. Cissé, o Arrasador. Van Wolfswinkel, o Inteligente. Kalinic, o Técnico. Simeone, o Fogoso. Ao longo de mais de duas décadas e meia, já tive oportunidade de trabalhar com grandes goleadores, daqueles que marcam equipas, que deixam timbre em títulos.

Na arte de materializar o momento decisivo, Mário Jardel e Djibril Cissé, em particular, definiam partidas. Ambos não primavam pela fineza na relação com bola, mas a percepção dos lances, a leitura das acções era perfeita, detalhes que lhes permitiam eficácia na finalização.

Liedson, esse, foi dos grandes goleadores que passou por Portugal. Chegou discretamente, por pouco mais de dois milhões de euros, logo após a saída de Ricardo Quaresma e Cristiano Ronaldo do Sporting. Um atacante elástico, difícil de marcar, eficaz na concretização. Marcou uma era, pena que lhe tenha faltado o título de campeão em Alvalade, loa que alcançou no FC Porto.

De Itália e da Fiorentina, guardo memória de Nikola Kalinic e Giovanni Simeone. O croata primava por uma qualidade técnica notável, com momentos de excelência. Simeone faz justiça ao nome de família. Agressivo, é o primeiro defensor nas equipas onde milita. Foi campeão no Nápoles e agora brilha no Torino.


O “Estendal da Memória” é uma rubrica de histórias e memórias futebolísticas, da autoria de Carlos Freitas, que pode acompanhar também no instagram, com novas histórias todas as terças e sextas.

Carlos Freitas
Carlos Freitashttps://www.instagram.com/estendaldamemoria/
Diretor Desportivo, com passagens por Sporting CP, SC Braga, Panathinaikos, FC Metz, ACF Fiorentina, Vitória SC e RFC Seraing. Começou como jornalista, agora comenta no Canal 11 e nunca perdeu o gosto pela escrita e boas histórias.